Bancada evangélica quer perdão total a dívida de igrejas e fim de impostos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Câmara
 
 
Jornal GGN – É destaque na coluna de Mônica Bergamo, nesta segunda (24), que a Câmara deve derrubar uma emenda ao Refis (programa de renegociação de dívidas com o governo) elaborada pela bancada evangélica, que dispensa igrejas de pagar impostos sobre remessas ao exterior.
 
Segundo a colunista, “no limite”, a emenda ainda prevê a possibilidade até mesmo de devolução de impostos já pagos, sendo considerada um “exagero” em termos de privilégios pelo próprio governo, apesar da preocupação em agradar a bancada.
 
Hoje, igrejas com atividades fora do Brasil – a maioria, em países na África e Europa – pagam 25% de Imposto de renda e 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financieras) quando os valores são “de caráter missionário ou evangelizador”.
 
Além da emenda da isenção, a bancada apresentou outro dispositivo que ainda livra não só dos impostos, mas também do pagamento de contribuições, além de terem de ser perdoadas por todas as dívidas do passado.
 
“Há uma estimativa de que pelo menos 12 delas [igrejas] caíram na malha final, algumas com multas superiores a R$ 50 milhões. Se o Refis for aprovado [com as emendas da bancada evangélica], serão todas perdoadas”, apontou Bergamo.
 
A jornalista ainda lembrou que , em 2015, quando Eduardo Cunha presidia a Câmara, uma lei foi aprovada para que igrejas deixassem de pagar contribuições sobre a remuneração dos pastores, as chamadas prevendas. “Mas havia divergências e a Receita continua autuando as organizações religiosas”, acrescentou.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. Chamar o bicho pelo nome.

    Mas havia divergências e a Receita continua autuando as organizações religiosas”, acrescentou.Não seria,organizações criminosas?

    1. Bela paráfrase!!

      Parafraseando os “bandidos escondidos atrás das togas” de Eliana Calmon!! Tutti buona gente!! Ma tutti ladri!! Os pastores vendem as leis de Deus e os juízes as leis dos homens! Tudo a mesma sopa, como diria o Mino Carta.

  2. E quando surgirá a lei para

    E quando surgirá a lei para impedir que exploradores de igrejas se elejam para o legislativo? A continuar assim, só haverá exploradores de igrejas eleitos. Esse é um problema muito sério.

  3. Justo

    Justo. Temer não perdoou a divida do Itaú? Perdoa das igrejas. Perdoa do PCC. Perdoa a minha. Perdoa de todo mundo.

     

    Somos todos filhos de Deus.

  4. Comentário.

    E as igrejas dessa espécie crescem não apenas em poder religioso, mas em poder político e econômico.

    São tão prejudiciais quanto o Estado Islâmico.

  5. Os evangélicos são mais ou

    Os evangélicos são mais ou menos 25% da população brasileira, mas os líderes deles já estão se comportando como se fossem os únicos donos do Estado.

    Não só isto, eles apresentam projetos de Lei para controlar a consciência, a liberdade político/ideológica e a vida cotidiana de toda a população brasileira.

    Em algum momento estes deputados/pastores provocarão uma guerra religiosa.

    Pequena perda direi quando eles começarem a ser exterminados. 

     

  6. “Quem é malandro não dah vidinha boa a ninguém…”

    E tanta gente sem quase ter o que comer neste momento dificil e paga dizimo e da oferta para certos pastores encherem os bolsos, offshore, casa em Maimi, etc. Se esse povo soubesse o quanto esses dirigentes dessas igrejas não estão nem ai para deus, diabo, céu, inferno… 

  7. Uma eu tenho certeza:

    Uma eu tenho certeza: pastores de igrejas evangélicas são ateus. São mais ateus do que eu. Os caras estão cagando e andando para o tal deus deles. Até eu tenho um medinho de castigo divino, coisa encucada na minha mente na infância, mas esses caras estão se lixando, rs rs. 

  8. Sou pastor de uma comunidade
    Sou pastor de uma comunidade carente em São Paulo, igreja que tem recebido pessoas insatisfeitas com a ação do governo em muitos departamento, insatisfeitas pela falta de fé e amor ao próximo. Os comentários são relevantes pois existem muitos desse tipo, João capitulo 10. Porém existe uma benção em Abraão pai dos hebreus donde veio o JESUS JUDEU que nos cristãos adoramos. Se a população brasileira lessem mais a Bíblia e a história, vestiam que o voto de Osvaldo aranha em 1948 em favor de Israel valeria a pena em receber essa benção em suas vidas. O povo brasileiro não precisa de igreja, precisa de Jesus Cristo em suas vidas. Enquanto tivermos uma mente invejosa e materialista seremos roubados por esse tipo de pessoas e pelos nossos governantes. Pois o que notei e que os que fizeram esse tipo de comentários queriam mesmo eram estar nos seus lugares.

  9. Igrejas devem pagar impostos !

    Gostaria de ver um dia todas as igrejas de qualquer denominação pagarem impostos no Brasil.

    Mas acredito que isso não vai acontecer, porque o sistema de cobrança de impostos é caótico.

    Na Alemanha as pessoas são obrigadas a declararem em suas declarações de imposto de renda o quanto doaram para as suas respectivas igrejas. Assim, o governo pode saber de onde vem as doações recebidas e dessa forma controlar a lavagem de dinheiro.

    Isso seria extremamente fácil no Brasil, haja vista a eficiência da Receita Federal em cobrar tributos de cidadãos comuns. Mas além de declarar o valor doado, o dízimo, os fiéis devem também declarar qual a sua relilgião que pratica. Tenho certeza absoluta que o número de fiéis diminuiria bastante, o número de ateus cresceria.

    Essa não seria uma boa ideia para levar adiante ?

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