Para Jessé de Souza, classe média é sadomasoquista ao apoiar elites

Da Gazeta do Povo

“A classe média é sadomasoquista”, afirma o sociólogo Jessé Souza
 
por José Carlos Fernandes
 
Os últimos seis meses foram de tormentas para o sociólogo potiguar Jessé Souza, 55 anos. Sua obra – até então festejada nos redutos acadêmicos – tem saído das estantes direto para as mãos daqueles que procuram uma explicação para o caos econômico e político em que se meteu o país. O que diz nem sempre agrada. Algumas polêmicas rendem réplicas e tréplicas nas páginas dos jornais, acrescidas de golpes baixos nas redes sociais e menções nas apaixonadas rinhas políticas da era Lava Jato. “Até agora, só me xingaram. Estou à espera de um debate de verdade”, provoca o autor de A tolice da inteligência brasileira, A ralé brasileira e de Os batalhadores brasileiros.
 
Entre suas teses que mexem com o juízo dos detratores está a de que o maior problema do Brasil não é a corrupção – como proclamam multidões em fúria, alguns decibéis acima do normal –, mas a desigualdade. Séculos de convivência com diferenças oceânicas entre ricos e pobres teriam naturalizado a violação de direitos mais básicos e o sistema de privilégios para o 1% de endinheirados. Nada de novo, não fosse o desdobramento de sua afirmação.

Para Souza, paralelo às redes de indignação o que pulsa é o desejo de desmanchar políticas sociais nascidas de diminuir as distâncias entre os brasileiros. Não vem de hoje. Foi assim com Vargas, com Jango e agora com Dilma. As classes médias, afirma, se rendem ao discurso moralizador sem perceber que estão sendo usadas pelos donos do capital. Julgando se diferenciar dos corruptos, nada mais estariam fazendo do que o jogo dos grupos que reivindicam um Estado que funcione a seu favor. Ao bater as panelas da moralidade, entende, os médios alimentam a ilusão de que estão mais próximos das elites, com as quais estabelecem um misto de admiração e ressentimento. “É uma relação sadomasoquista”, resume.

Jessé Souza – atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – esteve em Curitiba há duas semanas, para uma aula magna do curso de Direito da UFPR. As 200 cadeiras do auditório do Prédio Histórico foram insuficientes para as fileiras de interessados em ouvi-lo. A maioria teve de se contentar com telões. É tudo novo para o pesquisador, mas não inesperado. Ao longo de 20 anos, ele se entregou a uma tarefa quase insana– desmontar o olhar sobre o Brasil e os brasileiros cunhado por papas como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque e Raymundo Faoro, autores que a seu ver se prestam a reforçar, sem bases científicas, o sentimento de inferioridade nacional. Joga água fervendo em máximas como a do brasileiro cordial, dado a dar jeitinho em tudo e a levantar vantagem. “Essas ideias são construções que só servem para desencadear nosso complexo de vira-lata”.

Confira trechos de entrevista dada à Gazeta do Povo:

Como o senhor lida com as oposições raivosas a suas teses?

Foi difícil para mim no campo universitário, mas a rejeição, de algum modo, me deu força para continuar. Ainda não recebi nenhuma crítica argumentativa. Não houve debate. Ganhei foi xingamentos. Aguardo algo que seja de alto nível, o que o Brasil precisa muito nessa hora. Estamos diante de um ponto importante – saber como a questão da corrupção foi construída. Houve uma naturalização de que esse é o grande impasse do Brasil. Nosso complexo de vira-lata foi despertado.

Onde quer chegar?

Quero mostrar que é uma mentira o que os intelectuais e as ciências sociais dizem sobre o Brasil. Com raras exceções, o que afirmam é que o grande problema é a corrupção. Isso é uma manipulação. Nada prova que nosso país seja mais corrupto que os EUA. Minha tese: os intelectuais montaram uma tropa de choque para justificar a existência de menos de 1% de endinheirados, que mandam e desmandam na Nação. A corrupção existe em todo lugar, não é uma jabuticaba. O interesse em dramatizar o tema é um mecanismo dos mais ricos para imbecilizar a sociedade. Só as elites ganham nessa luta de classes invisível.

A Lava Jato seria a dramatização da corrupção…

A dramatização mais perfeita. Chamo de Nova República do Galeão, numa alusão à república montada no aeroporto [por oficiais da FAB, em 1954], acima da lei, acima da Constituição, criada em nome da limpeza do país, de conter o “Mar de Lama”…

No Brasil, existe um esquema do golpe, montado. Os componentes são os mesmos. A diferença do golpe que matou Getúlio Vargas e o que desencadeou o Golpe de 64 é que agora deixa de ser militar e se torna civil e jurídico. A função é a mesma – retirar o poder de qualquer partido que tenha alguma preocupação popular. Era o caso do Getúlio, do Jango, da Dilma.

O termo “golpe de direita” envelheceu?

Não usaria nesse caso categorias como direita ou esquerda. Diria que é um país em que meia dúzia de endinheirados mandam, compram parte do Congresso, põem a imprensa no bolso, fazem o que querem, como os grandes senhores de escravos. São espertos. Montaram uma tradição intelectual para legitimar esse modelo.

O tema da corrupção só entra em pauta no momento em que a elite econômica perde o controle do Estado. A classe média é a que mais se torna imbecil. É explorada por esse grupo e depois vai defendê-lo. Que diabos ganha? A classe média faz papel de tola. É explorada por juros, impostos, sai às ruas. Tem a ilusão de estar lutando pela moralidade, de ser mais decente.

É uma relação sadomasoquista, uma “gratificação substitutiva”, como diria Freud. Infantil, esse grupo imita os ricos, pelos quais tem ressentimento e admiração. É uma classe que se julga da Noruega. Preocupa-se com a morte das baleias, mas não se sensibiliza com a miséria a sua volta.

Se não é a corrupção, qual o nosso problema?

Nosso problema tem a ver com a classe de excluídos, que estudei em A ralé brasileira: quem é e como vive (2009). Uso o termo “ralé” para provocar e mostrar que a classe média que se diz guardiã da moralidade explora os excluídos. Usa-os para cuidar dos filhos, para comer pizza quentinha, matando dois motoboys por dia. Quero pôr a classe média no espelho: “Olhe o que você constrói, quem você abandona, bem você, que tira onda de campeão da moralidade”. A classe média vampiriza esses trabalhadores. É farisaica. E a imprensa é o braço principal dessa elite que nos dá sua dose de veneno midiático a cada dia. Dizemos que o problema é a corrupção, mas ao mesmo tempo mantemos uma das sociedades mais perversas e desiguais do planeta.

O senhor foi formado nas ideias de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda, Raymundo Faoro. Por que se estranhou com seus mestres?

Estudei esses autores com obsessão, dois-três anos cada um, quando estava na Alemanha, na década de 1990. Em especial o Gilberto Freyre. É o mais inteligente e o que mais me intrigou, por ser uma espécie de criador do Brasil moderno. Queria ter uma visão pessoal sobre o mundo e a sociedade brasileira. Até que me dei conta de que estava entrando na esparrela que o Freyre havia criado. Fiquei quase um mês paralisado. Meu projeto acabou ali. Só me restava fazer a crítica desse pessoal. Como os demais brasileiros, eu tinha sido educado para me ver como um povo vira-lata, emocional, que age pelo coração. Estava diante da chance de renovar e reinterpretar o Brasil.

Não somos tão filhos de Portugal quanto imaginamos…

Dizer isso faz parte do engodo. Virou senso comum. Algumas afirmações são ridículas, não existe outra palavra. Raymundo Faoro diz que a corrupção vem desde Portugal, mas não havia corrupção lá. Como o rei poderia roubar o que era dele? A noção de soberania popular, que nos permite falar em corrupção, começa dois séculos depois. A questão é que se acredita nisso. O que molda as pessoas são as instituições e a instituição principal do Brasil, a partir 1532, é a Escravidão – que não existia em Portugal. Os modelos de família, de Justiça, de política, de economia são montados pela Escravidão, aqui de maneira distinta de Portugal. Lá a Igreja era mais importante do que os senhores e limitava o poder senhorial. Já entre nós os senhores podiam tudo, o que se mantém até hoje, de alguma maneira.

Permita lembrar algo curioso – o que os operadores de telemarketing, uma das categorias que aparecem em suas pesquisas – têm a dizer sobre o Brasil?

Tratei desse grupo num livro específico [Os batalhadores brasileiros, 2012], ao estudar os que foram alçados de modo errôneo à chamada “nova classe média”. Queria compreendê-los. Percebi que estávamos diante de um fenômeno – o surgimento de uma nova classe trabalhadora, precária, a céu aberto, sem privilégio. O telemarketing tem a ver com as mudanças tecnológicas, com o desaparecimento de postos de emprego e com a exploração total do trabalhador. Os atendentes atuam em condições exaustivas. Retira-se tudo deles.

Como definiria o que chama de “nova classe trabalhadora”?

É pobre. A humilhação para essa gente é tão presente quanto a falta de dinheiro. É humilhada nos serviços públicos, mas também por nós. Mudamos de lado na rua quando os vemos. É um ser humano sem dignidade, esquecido, sem chances digna de enfrentar competição. O novo trabalhador foi montado para estar nessa situação. De positivo, a admirável resiliência. Com o pouco que lhe foi dado, dinamizou a economia, deu impulso ao desenvolvimento, como não acontecia havia 60 anos. Fico muito impressionado com a resposta que a população deu diante do pequeno estímulo que recebeu.

Nesse cenário, qual o papel das religiões evangélicas?

Importante. Esse povo não é só pobre, humilhado, visto de cima para baixo, sem chances… Tem a religião, que se confunde com a política e com a economia. As igrejas deram a esses pobres a autoestima. Fez deles irmãos de Jesus, filhos de Deus. O projeto lulista deu uma oportunidade a essas pessoas, mas a pregação evangélica também. Não se move a sociedade só por transferência de renda. A autoestima dada pelas religiões ajuda a reagir, a acreditar probabilidade de mudar no futuro. Nosso debate é limitado, muito centrado na renda e pouco na dimensão simbólica, justo a que determina como a gente reage.

Diz-se que na última década o desenvolvimento se deu à custa do consumo de carros pelos mais pobres, por exemplo, mas não da cultura. Concorda?

Diria duas coisas. Qual é o problema de os pobres começarem a consumir? Para pobres ou não, o consumo é parte importante da cidadania. Tem a ver com direitos. O acesso a bens de consumo torna a vida boa, agradável. Em segundo lugar, estudos do Ipea mostram que nos últimos dez anos modificou a maneira como as pessoas imaginam a vida. Vivemos uma pequena revolução, porque também aumentou o capital cultural, antes concentrado na classe média. Com mais consumo em geral, as famílias pobres expandiram seus horizontes. Investem mais em educação, passam a perceber o futuro, a pensar em como sair de onde estão.

 

Redação

30 Comentários

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  1. Sim e não. ..
    É isso também Mas o principal é que os COMUNISTAS(assim como os generais de cueca do lado de lá ) continuam impregnando o ideário das esquerdas com seus ideais. Notase várias iniciativas errôneas baseadas em ideais rejeitados nos Governos do PT.
    Cabe a própria esquerda estirpar do SEU discurso aquilo que foi rejeitado pelo Povo. Não é a direita que vai conseguir retirar a força estas idéias. Tem que ser trabalho interno e de gente inteligente.

    Parte da culpa, é sua! Não tire o corpo fora porque isso é coisa de coxinha.

  2. E o pior é que minhas

    E o pior é que minhas próprias conclusões se aproximam muito das do Jessé. No geral concordo com quase todas as críticas que faz a esses intelectuais que nos são empurrados goela abaixo nas universidades. E não há dúvida que nossa classe média é uma das coisas mais imbecis já criadas por Deus e colocadas sob este imenso céu azul.

  3. Contra sambas de uma nota só

    Da mesma forma que a desigualdade era e continua sendo um problema sério para a sociedade Brasileira, a corrupção ou, mais genericamente, o relativo desprezo do brasileiro pelas leis também o é. Não tem cabimento nenhum dizer que o nível de desrespeito às leis é o mesmo no Brasil e nos EUA – nem as pesquisas nem a percepção prática de quem conhece os dois países mostra isso. O Jessé tem um fetiche pelo tema da desigualdade, e de fato tem escrito análises valiosas sobre o tema. No entanto, “resolver” este problema não é garantia nenhuma de trazer o país ao estágio de desenvolvimento que todos queremos. Afinal, o que é melhor? Um país com baixo nível de desigualdade no estilo da Suécia ou de Cuba? 

    Por outro lado, o Jessé comete a já tradicional generalização irresponsável sobre a classe média, como se esta classe não se importasse com a miséria do país. Isso certamente é verdade em relação a alguns, mas um sociólogo deveria saber que, sem pesquisa, fica difícil fazer afirmações “no atacado” como essa.

    Por último, quem disse que a elite econômica perdeu o controle do Estado? Donos de empreiteiras e banqueiros (que racharam de ganhar dinheiro nos governos do PT) não são a “elite econômica”? O fato do governo do PT ter avançado em políticas sociais – o que é um fato inegável – não quer dizer, nem de longe, que a elite econômica saiu do poder nos últimos anos. O que ocorre hoje é, mais do que qualquer outra coisa, uma briga entre grupos políticos. Os que perderam as últimas eleições estão se aproveitando do absoluto fracasso do governo Dilma para tentar voltar ao poder. A corrupção é uma desculpa na medida em que não existe “recall” no sistema político brasileiro. Então, de novo, a situação de impasse que temos agora não tem nada a ver com a desigualdade – é apenas um sintoma do fracasso do modelo de “presidencialismo de coalizão” introduzido na Constituição de 1988.

    1. Comparar Cuba com a Suécia,

      Comparar Cuba com a Suécia, como se os mesmos tivessem tido as mesmas oportunidades de escolhas históricas, é um pouquinho demais, companheiro. A Suécia moderna evoluiu de uma forte, rica e orgulhosa monarquia expansionista ainda no século XIX, enquanto que Cuba evoluiu a partir de uma revolução da periferia do país, uma revolução dos pobres, dos favelados, ainda nq segunda metade do século XX. Sua elite e sua classe média fugiram para MIami levando toda a riqueza móvel do país e deixaram com o bairro pobre vitorioso apenas 14 médicos. Guevara, com eles, fez uma Faculdade de Medicina. Calma com os carros para que não sejam postos antes dos bois, companheiro. A vida na Cuba tropical pode ser muito mais interessante e feliz do que na gelada Suécia.

  4. Imbecilidades a parte
    Como sempre nao será publicado, porem darei a minha opinião. É uma imbecilidade do autor metafórizar uma suposta relação sadomasoquista. Ora, o estado explora a classe média com altos impostos e baixo retorno. Isto é um fato. Agora, quando as elites exploram a classe média cabe ao estado defendê-la. Imbecilidade é abaixar o pescoço para o estado e para o patrão, aceitando tudo o que lhes é proposto.

    1. Quero ver a classe média brasileira

      Quando, se o governo Dilma cair o que espero que não, vier um governo direitista que nos ameaça com cortas e reduzir salários, acabar com concursos públicos, sucatear universidades publicas, elevar a idade e reduzir ainda mais o valor da aposentadoria e  o supra sumo, tercerizar emprego. Quero ver a classe mérdia oca vendo o futuro dos seus filhos indo para a roça.

      1. Olha o preconceito com a

        Olha o preconceito com a “roça”! O principal setor superavitário da economia e que vem sustentando a bronca é o primário. Então, por gentileza, encontre outra comparação para ilustrar seus preconceitos…

  5. O Brasil

    Vamos precisar de muito tempo para que a tese de Jessé de Souza, apresentada em seu ultimo livro, seja realmente discutida. Precisaremos que outros acadêmicos se debrucem sobre suas constatações para que se faça um debate à altura das proposições do sociologo. Apesar do momento conturbado que vivemos socialmente, acho que o momento é esse mesmo para um livro tão importante quanto esse para ser lançado. Precisamos entender melhor nossa formação e a nação que formamos para podermos enfim nos liberar de tantas amarras e de tantos complexos.

  6. Para mim, o governo federal é

    Para mim, o governo federal é sadomasoquista de manter um pseudo-pensador-cientista de araque como esse a cargo da maior instituição de pesquisa socioeconômica do país, como se já não bastasse a quantidade de nulidades ocupantes de altos cargos nos ministérios por força do arranjo político necessário à governabilidade. Até hoje o maior feito acadêmico de Jessé Souza foi depreciar o pensamento de Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda e até Darcy Ribeiro, a quem ele chama de intelectuais subjugados pelo pensamento conservador ocidental (LOL), e pretender substituir os maiores intérpretes do Brasil por uma abordagem pseudomarxista pós-modernista periférica que nem a esquerda europeia reconhece como séria. E ao fazê-lo conseguiu a façanha de finalmente alcançar um consenso entre cientistas políticos da esquerda e da direita no Brasil, qual seja, o de que esse sujeito não entende absolutamente nada sobre nada neste país.

    1. De fato, agora entendo por
      De fato, agora entendo por que o Nassif bloqueia alguns dos seus comentários. Olha a quantidade de besteira que o cidadão comete numa só pastagem? Rodou, rodou, e não saiu do lugar. Não foi capaz de fazer nenhuma crítica aos pensamentos do Jessé, apenas juízos de valor, nenhuma referência pra essas conclusões idiotas. Provou que o Jessé estava certo, as pessoas não debatem com ele, apenas xingam

  7. Achei confuso os comentários

    Achei confuso os comentários dos senhores Marcos e Athos, quer dizer que o professor tem um “fetiche” pela desigualdade?

     

  8. jessé é instigante, defende o

    jessé é instigante, defende o projeto dos ´úlltimos anos…

    por isso, gosto do que escreveu e disse.;..

    chamar a classe média de tolinha nas atuais cifcunstancias de ódio –

    é preciso ter coragem…

  9. Nem perco mais tempo

    Nem perco mais tempo comentando porque sei que não será aprovado, há um claro preconceito aqui contra comentários que apresentam reflexões. Só vou então dizer o óbvio: esse cara é um embaraço até para quem concorda com ele, e é por isso que nem essa turma se dispõe a debater as “ideias” dele. Só dão estrelinhas e correm daqui.

    1. Mais um que não se propôs
      Mais um que não se propôs sequer a debater. Só não pode mentir, isso é feio. Jornal ggn apagando os comentários? Só com palavrões e muito abuso de caixa alta, e mesmo assim olhe lá. Você não engana ninguém. Já cansei de ler aqui críticas diretas ao Nassif. Me mostra um, apenas um blog que permita comentários tão diversos quanto este. Vai lá na veja pra postar um peido de contestação pra ver o que é bom pra tosse

  10. Excelente artigo

    Realmente, concordo com o artigo, os coxinhas se dedicam com sinceridade à ilusão que a midia implanta nas mentes deles, de maneira que nem vale discutir com um coxinha, decaído no fanatismo.

    Tudo o que este senhor falou é verdade. A classe media tem muito medo de não seguir a elite. São os mais explorados, pelo imposto de Renda, e se dedicam com afinco a serem capachos da elite, com requintes de prazer.

    O país vive uma esquizofrenia de direita de tal monta que tenho poucas esperanças de que este povo vá acordar um dia, para melhorar de vida.

  11. Outro aspecto da classe média

    Outro aspecto da classe média é a de que ela vai ser devorada pelo próximo governo de direita com a desculpa de que o PT deixou um estado quebrado. E vão se consolar com a simples idéia de que estavam com a razão. Vai entender? 

    Gosto da contraposição a esses autores citados,  em especial dessa noção de cordialidade e todo mito por trás, que “a Independência foi uma concessão de Portugal”, que “aqui nunca teve guerra” e outras bobagens que tentam impingir  um caráter  conformista e passivo ao brasileiro.

  12. Só tem uma coisa pior do que a classe média. . .

    Só tem uma coisa pior do que a classe média brasileira, pobres de direita. Como dizia o grande cantor e filósofo popular Tim Maia: “Um país onde cafetão se apaixona pela prostituta, traficante é viciado e pobre é de direita não pode dar certo nunca”.

  13. Esse é craque.

    Esse é craque. Não é nenhum PALERMA, não.

    É a desigualdade o maior problema nacional. Ponto.

    Na verdade verdadeira é essa a raiz de todos os problermas.Todos.

    Os bestas perguntadores não pediram pra ele falar de Celso Furtado, um Gigante.

    Ele já falou lá atras que o Brasil é assim: pra uma minoria imitar o padrão de vida – muito chique – lá de fora, a maioria é, deve e sempre foi empurrada pra indigência.

    Daí as frequentes crise cambiais e rixas distributivas…

    … Mas nos momentos de turbulências externas as coisas aqui sacodem tambem…

    Vamos ver.

    “No andar da carroça as abóboras se ajeitam”!

    Tem gente escrota que não quer deixar a corroça andar, é isso. Os ignorantões da classe média compradora de diploma são os mais escrotos.

    Mas o mais triste é ver os “batalhadores” se entregarem a essa imitagem besta por pura falta de narrrativa alternativa a que se apegar. Entraram naquela de “eu consegui por causa do meu talento e esforço pessoal” desconsiderando qualquer condicionante social…

    Outro dia, por exemplo, vi uma casal novinho, cheio de raivinha, reclamando, por causa do transito, de uns batedores da PE (Polícia do Exército) em frente ao Palacio Duque de Caxias (Prédio do antigo Ministério da Guerra, na Avenida Presidente Vargas, no Rio): “deve ser a fdp da Dilma f…ndo a gente até nisso!”

    Fazer o quê, foram perder a comunicação por W. O.!

  14. Cantilena política.

    A classe média ainda acredita (acredito) que ao não se deixar levar em política social, distribuindo ao pobre o direito de ter direito à vida, a moradia, a educação, enfim, o que já se sabe da cantilena política, que irá lhe faltar o recurso que sempre obteve do seu trabalho. Acorda classe média, fique feliz onde está e ajude a quem não tem o mínimo poder participar dessa riquíssimo país e se tornar, realmente, uma Nação. 

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