A Grande Crise

“R$ 10 milhões por Lira”, diz Delegado Waldir sobre esquema de compra de votos

Jornal GGN – Banido do clubinho bolsonarista após dizer em áudio que iria ‘implodir o presidente’, Delegado Waldir volta à cena e cobra R$ 26 milhões por seu voto a favor da Reforma da Previdência. Diz ainda que ‘o governo me deve, porque fez um compromisso’.

O deputado do PSL foi mais longe e entregou em detalhes como o Bolsolão funciona, esquema de compra de votos no Congresso Nacional por meio do famigerado ‘orçamento secreto’.

Delegado Waldir foi do núcleo duro de Bolsanaro dentro do Congresso e agora resolveu entregar o esquema. Em entrevista a Guilherme Mazieiro, do The Intercept Brasil, disse que o governo pagou R$ 10 milhões em emendas por deputado para a eleição do presidente da Câmara, Arthur Lira, e R$ 20 milhões por voto para aprovar a Reforma da Previdência.

O deputado disso que não era comum, que teria acontecido em três ocasiões: eleição do Lira (para a presidência da Câmara), Reforma da Previdência e em mais uma votação que não soube precisar. Por Lira o valor foi de R$ 10 milhões e na reforma da Previdência, R$ 20 milhões.

Delegado ainda fazia parte da base do governo na Câmara quando as negociatas em torno dessas pautas começaram.

Mas por ter se indisposto com a chefia, o deputado não chegou a usufruir do dinheiro, sendo excluído das negociações após áudio vazado em que ele prometeu ‘implodir o presidente’. Além da ameaça de implosão, o deputado chamou o presidente de vagabundo. Isso bastou para ser excluído do grupo.

Mas ele entende que o governo ainda lhe deve, pois votou a favor da reforma da Previdência orquestrado por Paulo Guedes, que detonou o sistema previdenciário brasileiro.

Ele diz que não recebeu, tanto ele quanto um grupo de dissidentes. Então entende que o governo lhe deve, pois um compromisso foi firmado. Ele quer receber os R$ 26 milhões para investir, segundo ele, em educação em escolas municipais de Goiás. Segundo ele, estava dando R$ 12 mil por escola. Somente R$ 800 mil foram empenhados dos R$ 26 milhões. E outros R$ 20 milhões seriam destinados a maquinário agrícola.

O Delegado deputado detalhou como funciona o esquema de corrupção montado por Bolsonaro e garante que Lira e Pacheco comandam a verba da União. Diz que os ministérios não têm recursos, quem tem são Lira e Pacheco, sendo os concentradores da distribuição de emendas extraordinárias oriundas do orçamento secreto, e isso os torna superpoderosos.

Leia a reportagem no The Intercept Brasil.

Redação

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