Doze previsões sobre o próximo domingo. Ou não, por Wagner Iglecias

Doze previsões sobre o próximo domingo. Ou não, por Wagner Iglecias

1- Setores da imprensa entusiastas da criação de lei que regulamenta seu ramo de negócio e proíbe a concentração de vários meios de comunicação nas mãos de um único proprietário, como já é adotado em potências comunistas como os EUA e a Inglaterra, incentivarão os cidadãos indignados com a corrupção a saírem às ruas.

2- Desde cedo batalhões de repórteres estarão a postos em várias cidades do país fazendo entradas ao vivo para informar ao respeitável público tudo sobre o dia de “exercício da cidadania” e “festa da democracia”.

3- Jogos dos campeonatos estaduais de futebol, sempre disputados nas tardes de domingo, serão adiantados para o costumeiro e tradicional horário das dez da manhã para não atrapalharem a manifestação.

4- Muita gente boa (não confundir com os auto-intitulados “homens de bem”) sairá às ruas, movida pelo sentimento sincero de querer um país mais decente. E mais: achando que está fazendo História. O governo e as esquerdas, como têm feito há anos, enaltecerão estes brasileiros e prestarão enorme atenção às suas opiniões.

5- Outros manifestantes, porém, sairão às ruas com a pauta seletiva de sempre: combate à corrupção sim, mas desde que seja a de um certo partido. E só. De ingênuos não têm absolutamente nada e sabem que estão fazendo POLÍTICA. Se conseguirem fazer História, aí então estarão no paraíso. E sabem que quanto mais baterem no PT, mais fácil de vê-lo longe do poder. E também mais fácil de mandarem pra longe os programas de transferência de renda, o aumento real do salário mínimo, as cotas para minorias nas universidades, a PEC das domésticas, a importação de médicos cubanos, as parcerias com os países ditos bolivarianos, os acordos com os BRICS, os direitos trabalhistas e outras políticas que entendem como verdadeiras aberrações.

6- Dilma será saudada pela multidão. Não bastasse o grito de VTNC, importado dos estádios de futebol por gente que tem um vasto histórico de participação política, serão novamente ouvidos os afagos “vaca”, “vadia”, “vagabunda”, “puta” e “sapatão”. Tudo no campo da sexualidade. Freud explica. Explica?

7- Menções às doenças de Lula e Zé Dirceu também serão feitas. E lamentadas profundamente.

8- Qualquer pessoa que, desavisadamente ou nem tanto, cruzar os manifestantes vestindo camiseta vermelha será calorosamente recepcionada.

9- Bandeiras penduradas em janelas de casas ou prédios que façam a mínima menção a países governados pela esquerda despertarão gritos emocionados por parte dos manifestantes. Muitos imediatamente passarão a entoar a “Internacional Socialista”. De pé, ó vítimas da fome…

10- Paulo Freire, um dos maiores educadores já produzidos na História do Brasil, também será lembrado. E da maneira mais desrespeitosa possível. Logo ele, que se tivesse nascido nos EUA, na França, na Inglaterra ou na Rússia seria considerado um herói nacional. Mas nas manifestações da direita será acusado de ser o mentor de um terrível projeto de lavagem cerebral direcionada a crianças, jovens e adolescentes por parte de professores comunistas que constituem a imensa maioria dos profissionais que atuam nas escolas e universidades deste país. “Lavagem cerebral” e “constituem a imensa maioria” (ironia mode on máximo neste texto e pausa para rir).

11- Embora minoritários, haverá manifestantes defendendo a substituição deste governo por uma junta militar. Falarão em “intervenção militar constitucional”. Ou em golpe militar, puro e simples. Alguns marcharão até quartéis e tentarão convencer recrutas de dezenove anos de idade a levarem para seus generais o recado de que “o país não aguenta mais”.

10- Horas depois de tudo terminado a presidente e alguns ministros de seu núcleo político darão declarações protocolares à imprensa, enaltecendo a importância do “exercício da cidadania”, base da democracia.

Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  • 13 previsão

     13 previsão

     

    Esqueça todas as anteriores.

     

    Dia 12 é a estréia da quinta temporada de "Game of Thrones".

    Os coxinhas vão ficar na frente de TV revendo as temporadas passadas, aguardando a estréia dos novos episódios.

    • Engraçado como a Política de GoT

      Traz uma semelhança com a nossa atual conjuntura:

      PT: Baratheon/Stark

      PMDB: Lannister (alguém tem dúvida?)

      PSOL: Karstark

      PSD: Tyrell

      PDT: Tully

      PROS: Reed

      SDD: Bolton

      PSB: Frey

      PSDB: seria Targaryen, mas não consigo imaginar a Daenerys como direitista...

      DEM: Connington

      PTB: Martell

      PP: Greyjoy

      PCdoB: Arryn

      PV: Redwyne (será?)

      Rede: Fossoway da Maçã Verde

      (são os que eu lembro das semelhanças, quem se habilita a ajudar?)

      P.S.: Ah, aparentemente o Cunha é o Mindinho; e o Requião poderia ser o Tyrion.

       

      • O Cunha sem dúvida quer ser o

        O Cunha sem dúvida quer ser o Mindinho quando crescer. Mas falta muita estrada ainda...

        E os Tully são bem melhores do que o PDT; não me lembro de nenhum Tully remotamente parecido com Cristovam o Monotemático, Reguffe o Autoproclamadamente Probo ou Taques o Dispensável.

        Já o PT parece mais Dondarrion do que Stark ou Baratheon. Mas isso pode ser viés de petista.

        • E o Lula é o Beric? Se for, a

          E o Lula é o Beric? Se for, a Dilma é a Stoneheart. LOL

           

          Óbvio que não encaixa direito em alguns (os Targaryen e o PSDB, por exemplo hehe). Mas a semelhança é interessante...

          E estou pegando leve com o PDT, tem gente ali dentro que faria o Velho Briza arrepiar os cabelos da nuca... O Velho do Choque, por exemplo...

          • A Khaleesi nunca seria do

            A Khaleesi nunca seria do PSDB. Ela mandaria é um belo "dracarys" para Aécio e sua turma.

          • Nem ela, nem o Aegon V, muito menos o Rhaegar

            É mais pela derrubada no governo de Westeros que eu associo os Targaryen ao PSDB...

            Mas o Viserys e o Aerys Louco passam muito bem por tucanos LOL...

  • Aqui no RS vai ter jogo do Grêmio às 16 horas de domingo.

    Os manifestantes gremistas e colorados vão pra rua ou vão torcer ou secar?

  • Saída do R. A. da direção do PSB é herança maldita do Eduardo

    O GOLPE BRANCO DO PARLAMENTARISMO DE FATO

     

     

     

     

     

    ROBERTO AMARAL

    10 DE ABRIL DE 2015 ÀS 06:34

    Os presidentes da Câmara e do Senado se autoproclamaram primeiros-ministros, contra a vontade das urnas

    Antes da crise que está nos jornais, há a Crise da Política (assim com P maiúsculo para significar a grande política, a política maior, a política geral), pano de fundo de tudo o mais – das crises econômicas, até -, mãe das crises institucionais, que levam à ingovernabilidade. Num determinado momento, navegando por mares que se autocomunicam, as crises também se autocontaminam de tal sorte que passam a constituir um só fenômeno.

    Penso que entre o céu e a terra há algo além do reajuste-não reajuste fiscal e as sondagens de opinião.
     

    Sob a crise geral da política, sob a crise da democracia representativa, sob a crise de valores que contamina as instituições, vivemos a fadiga do ‘presidencialismo de coalizão’, que já nos deu o que tinha de dar e, convenhamos, nos deu muito pouco de bom. Ele próprio é fruto (mas também agente) da degeneração dos partidos, transformados em verdadeiros valhacoutos nos quais impera o desamor à causa pública, respeitadas as ressalvas que o protocolo recomenda, mas que o eleitorado, todavia, parece sequer notar, de tão sutis. A uni-los, e fazendo de cada um espécie de um mesmo gênero, a ausência de projeto programático, esmagado pela sobrecarga de interesses pessoais que não conhece limites. É a busca do poder pelo poder, sem qualquer compromisso público, vício que se agrava eleição após eleição, porque se há partidos que disputam eleições, há aqueles que só cuidam de formar maiorias parlamentares, catados seus integrantes segundo as regras de um verdadeiro mercado persa, e finalmente unificada em face do poder de chantagem adquirido, chantagem, tanto mais forte quanto o presidente mais carece de apoio no Congresso. Em muitos casos é essa maioria que impõe o caráter do governo, obrigado, assim, a governar em desacordo com a vontade eleitoral.

    Tal sistema oferece ao presidente apenas duas alternativas – compor ou cair–, pois é impossível governar sem maioria. Essa é a lição de todos os governos desde o regime de 1946, cujos exemplos mais paradigmáticos são oferecidos pelas tragédias políticas de Jânio Quadros e Fernando Collor.

    Esse presidencialismo caboclo tem origem em uma das muitas distorções de nosso regime político, o descompasso entre a vontade que elege o chefe do Executivo e aquela outra que compõe as casas legislativas, pondo muitas vezes governadores e presidentes da República na contingência de, por meio de coalizões partidárias sem argamassa política ou mesmo ética, compor maiorias artificiais e caras para poder governar. Isso, ou renunciar à governança, embora mantendo-se à frente do governo, com a caneta impotente.

    Esse é o jogo, grave para a economia, pernicioso para a política e perigoso para a democracia, vivido presentemente pelo País. Ouso afirmar que não se trata, mais, tão-só, de desencontro fisiológico e político de partidos na base governista, frágil politicamente (conquanto cara) e tão numerosa quanto infiel. Não se trata mesmo de distonia entre Congresso e Executivo, mas, clara como a luz do sol, assistimos à disputa por um poder que não prevê co-propriedade. Corrompendo as fontes do presidencialismo constitucional, o Congresso intenta também fazer-se governante, articula a pauta político-administrativa do Executivo e interfere na organização do Estado. Mas é co-governante com o escopo de dificultar a ação do poder central legítimo, enquanto, desleixado de suas funções constitucionais precípuas, enseja ao STF a permanência em sua faina de legislador ordinário, rompendo assim com os limites de sua competência e transformando em mera mixórdia a separação e independência dos poderes.

    Essas considerações dizem-me que vivemos em um ‘parlamentarismo de fato’, como aliás, relembro, era o parlamentarismo consensual do Império, sem previsão constitucional.

    Há entre ambos, porém, uma distância qualitativa. A legitimar o primeiro havia o consenso das forças políticas e os dois Bragança e a aprovação do que era nossa sociedade de então.

    No caso presente, a consolidação desse ‘parlamentarismo’ de fancaria é o resultado de um ‘golpe de Estado branco’ no qual os presidentes das duas casas legislativas se auto-outorgaram o posto e as funções de primeiro-ministro, que exercem em condomínio, contra o recentíssimo pronunciamento da soberania popular que por maioria absoluta reelegeu a presidente Dilma, segundo as regras do presidencialismo. Dessa distorção, aliás, aproveitam-se as forças atrasadas do Congresso para impor ao governo e à sociedade a agenda conservadora derrotada nas eleições de 2014, hegemonizada pelo fundamentalismo evangélico mais retrógrado (consabidamente na contra-mão da alma nacional): redução da maioridade penal, aumento do limite das penas, criminalização do aborto, discriminação homofóbica. O principal partido da coalizão parlamentar, que ocupa ministérios e preside as duas casas do Congresso e no entanto atua em aliança com a oposição, anuncia suas ‘teses de governo’: a cretinice da independência formal do Banco Central, combatida na campanha eleitoral pela presidente eleita; revisão das regras do pré-sal que presentemente protegem a Petrobras e o interesse da indústria nacional; revisão do Mercosul, deslocamento para o Norte da vitoriosa política Sul-Sul com a renúncia de nosso papel hoje proeminente no Hemisfério; admissibilidade da Alca, esvaziamento dos Brics; aprovação de aumento de despesas que anulam os efeitos dos cortes do governo; interferência na escolha dos ministros do STF (prioridade constitucional do Presidente da República com referendo do Senado); imposição de prazo para a presidente negociar as dívidas dos Estados etc.

    A tal distorção chamo de parlamentarização de fato (na qual apostam cabeças coroadas do PMDB). Pode ser uma alternativa institucional à crise submeter a presidente, mas pode ser, também, a mudança de qualidade, para pior, da crise política, contaminando a institucionalidade.

    O parlamentarismo no Brasil republicano – derrotado esmagadoramente em dois plebiscitos, jamais foi um sistema de governo, mas, sempre, uma tentativa de golpe contra a manifestação presidencialista e soberana do eleitorado. Medida tradicionalmente brandida pela velha UDN, toda vez que perdia uma eleição presidencial, e perdia todas. Em 1961, em praticamente uma só noite, um Congresso sem legitimidade, mas acuado pelas Forças Armadas, transformou o presidencialismo em parlamentarismo. Era a consagração do golpe mediado por Tancredo Neves e San Tiago Dantas com os chefes militares insubordinados, para assegurar a posse de João Goulart. Um plebiscito, anos mais tarde, faria a República voltar para o leito natural do presidencialismo. Aliás, a tradição golpista do Congresso vem de antes. Na madrugada de 11 de novembro de 1955, para assegurar a posse de Juscelino Kubitschek, de novo estimulado em seus brios pelas baionetas das forças armadas (agora legalistas) sem a mínima base constitucional, declarou incapazes de exercer a presidência, seguidamente, o presidente Café Filho e o vice, Carlos Luz, para dar posse ao presidente do Senado Federal, o sr. Nereu Ramos.

    Na velha tradição golpista do velho udenismo, o presidente do PPS, dizem os jornais, já articula uma emenda constitucional visando à implantação do parlamentarismo, passado o atual quadriênio. Jejuno em direito constitucional, ele se esquece de que o plebiscito de 1993 transformou o presidencialismo em causa pétrea, sob a atual Constituição.

    Se conseguimos, com tanto sacrifício passado, o que se pode chamar de consolidação da democracia brasileira, devemos ter cuidado e caminhar devagar com o andor, que o santo pode ser de barro.

    Esta crise, deste governo, pode repetir-se com força igual ou ainda maior em futuras administrações, e não será desatada com uma simples reforma eleitoral, cuja necessidade não está em discussão. Quando tratarmos de uma reforma política, que importa em reforma constitucional, é imperioso considerar como necessária antiga proposta de Leonel Brizola de as eleições presidenciais se realizarem no mesmo ano, como agora, e como tem sido desde sempre, mas doravante observando intervalo de um mês entre uma (a eleição do presidente) e outra (a eleição dos deputados e senadores), de sorte que o eleitorado seja chamado a escolher o Congresso já conhecendo o novo presidente da República e suas propostas.

     

     

    • Sr. Roberto Amaral.

      Não adianta nada mesmo. O poder ou a perspectiva dele sobe à cabeça de todos. Seu partido, na busca louca pelo poder, abandonou justamente o partido que teve enorme importância para que um de seus componentes pudesse sonhar com este puder". O componente em questão, percebendo a candidatura da Presidente à reeleição, não teve a paciência de aguardar 2018, e foi com tudo ao "pote", tal era a sua sede. Não se importando com qual partido se aliaria, mas criticando o PT por isto, saiu desembestado à procura de novos "amigos" e logicamente por muito dinheiro, pois que eleição é algo mt caro. Conseguiu bastante mesmo , até um avião, não por vaquinhas de partidarios, mas por vaquinha de empresários. Mas , não era para ser ele o eleito.

      Porém a sêde continuava e então o partido reuniu 2 viúvas e retornou à luta. Afinal tinha tb banqueiros ao seu lado e isto não se despreza, não é ? Com o nome do futuro ministro da fazenda como bandeira, conseguiu muitos outros adeptos, sem falar na nova candidata c/ sua carinha de boa moça, da floresta, o que levou à conquista de jovens .

      Mas ela encontrou uma pedra no caminho: um pastor. E tudo veio abaixo.

      Mas o que eu gostaria de lhe dizer mesmo, é que o seu partido foi um dos maiores colaboradores de tudo isto que está ai. PT saudações.

  • Depois de tanta manipulação

    Depois de tanta manipulação já vi coxinha virá ex-coxinha. Mesmo que a mídia golpista tente, essa manifestação já tem o mesmo peso da outra. Parte da população que participou viu que se tratava de uns poucos alienados, golpista e coxinhas falando asneiras. o Brasil é muito maior e melhor do que eles...

  • Posso estar paranóico mas a

    Posso estar paranóico mas a chamada nova fase da lava a jato desencadeada no dia de hoje parece ter como um dos objetivos esquentar a coxinhada para a manifestação programada para dia 12.

  • Marchar pelo que?

    Vou assistir de camarote, se não for um fiasco, em face da acelerada mudança na conjuntura, cúmplices e idiotizados marcharem por FHC, Aécio, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Ronaldo Caiado, Agripino Maia, etc...

    Em favor dos evasores da Lista do HSBC e dos sonegadores pegos na Operação Zelotes!...

    Patético ao extremo!....

     

  • Eu fiz uma previsão antes da

    Eu fiz uma previsão antes da manifestação anterior que se concretizou inteiramente, então vou repetí-la para a manifestação do próximo dia 12 (domingo):

    "No próximo domingo, o Brasil vai parar. Escolas, bancos, repartições públicas, boa parte do comércio e índústria não vai funcionar. Diversos serviços também não funcionarão, apenas os essenciais. E, pasmem, não teremos nem Jornal Nacional."

    • uma certeza

      O "buteco" prá lá de infecto que me proporciona boas gargalhadas, amizades e cerveja gelada (no inverno) estará aberto.

      Do tira gosto, coxinha de pura farinha de trigo, dura e insossa, nem lembranças.

  • Vermelho Não, Ditadura Sim
    Se eu for de vermelho serei expulso.
    Se eu for com uma faixa pedindo intervenção militar, serei bem recebido.

      • Já está tomando banho de

        Já está tomando banho de canequinha. Quando a terceirização começar a valer, vai perder o emprego também. E não adianta se mandar pra Miami, por que eles não te aceitam lá nem pra lavar penico.

        • Oneide, ex-Aliança, já é um

          Oneide, ex-Aliança, já é um troll terceirizado. Só espero que a empresa "prestadora de serviços" o reloque para outro blog. Já deu né, Nassif? 

  • O que dizer sobre o Brasil?

    Estudo fora do pais e outro dia me pergutaram o que estava acontecendo no Brasil (com relacao as manifestacoes).... Minha resposta instantanea foi, que as pessoas estavam revoltadas com o governo e com a corrupcao, mas a verdade eh que dificil de explicar para um estrangeiro que a ignorancia e a raiva plantada ao longo de anos cresceu e floresceu na forma de alienacao, manipulcao e intolerancia.

    Nao eh para rir, as manifestacoes de odio que se ve nesses protestos, e o que mais estraga o dia, eh saber que a maioria dessas pessoas acham que a corrupcao esta restrita a politica e pior ainda em um grupo especifico e nao conseguem ver que as pequenas coisas, como nao declarar o excesso de cota na bagagem, ou tentar bular o imposto de renda as incluem no grupo de corruptos.

    ...Concordo que esse governo que temos eh uma aberracao politica e que nao eh bom ter as mesmas pessoas governando por tanto tempo, mas usar isso para justificar demonstracoes (as vezes facistas) de gente que confunde atitude com odio....

    Porem... tambem nao da para dizer que a intolerancia eh exclusiva do Brasil, ja floresceu em muitos paises avancados ao longo da historia e continua sendo a melhor ferramenta dos oportunistas para conseguirem impor o poder por meio do odio.

     

     

  • Com ou sem coalização, o que

    Com ou sem coalização, o que faz com que o comportamento da maioria dos políticos é a falta de cobrança da população.

    Penso que ficou enraizado na cabeça do povo que executivo, judiciário e legislativo são tocados por estrangeiros, daí sendo necessário apenas escolher um nome nas eleicões bienais e dane-se o resto.

    Quem poderia modificar esse quadro, ajudando fortemente a formar cidadãos, tem, justamente, o comporamento oposto, de gerar alienação, para manter seus privilégios.

    Taí a mídia nativa remando contra o Brasil pelo menos desde a década de 50.

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