Não estamos sós, por José Muladeiro

Por José Muladeiro

Não estamos sós, os que no Blog GGN insistentemente temos apontado a leniência do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no trato com a Polícia Federal, organismo sob sua tutela direta.

Ações que esgarçam o estado de direito, que ferem a cidadania, que afrontam a Carta Magna de 88, são cometidas sem que o Ministro da Justiça tome providências políticas e legais para coibí-las.

Sua omissão está custando caro ao próprio governo, que parece não se dar conta do que vem acontecendo. A atitude do ministro está longe de ser somente uma incapacidade pessoal de agir, e isto foi claramente revelado por seu discurso quando da posse dos 600 novos policiais federais. A este respeito ver meus comentários em A Refundacao da República brasileira, neste blog.

Recentemente tomei conhecimento de um documento de um grupo de importantes militantes do PT que fazem as mesmas críticas que fazemos aqui no Blog GGN. Isto mostra que não estamos sozinhos e que se no PT há pessoas acobertando a inação política do ministro da justiça, também há os que o criticam. São críticas que não se dão em público, mas que são ventiladas aqui e acolá. Fazer críticas públicas, não significa ser contra o governo. São críticas pontuais que visam não o combate ao governo, mas apontar erros, que se corrigidos, serão importantes na sua própria defesa e continuidade.

Quem é contra estas críticas, talvez o seja porque pensa que tudo está bem, e que seria impossível para o governo e em particular para o ministro, agir de outra maneira. Em recente artigo neste blog, André Araújo, abordou a situação e foi enfático em demonstrar que não está tudo bem e que podemos estar próximo de um fim trágico.

Sinceramente, espero que André Araújo esteja errado em seu prognóstico, e que a Presidenta Dilma Roussef ainda tenha tempo de tomar as medidas capazes de apontar um novo rumo a seu governo, a começar pela troca de ministro da justiça.

Abaixo eu reproduzo parte do texto que tomei conhecimento, no qual realcei algumas partes em negrito.

Início da citação:

……   A crise da democracia brasileira vivida neste ano de 2015 em torno aos desdobramentos da Operação Lava-Jato e Zelotes envolve três temas fundamentais: a presença ainda forte e central da corrupção no Estado brasileiro, mesmo após os grandes e inéditos avanços no combate à corrupção protagonizados durante os governos Lula e Dilma; o aprofundamento de uma dinâmica de instrumentalização de setores do poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal que ameaça os próprios fundamentos constitucionais da democracia brasileira; uma nova rodada de legitimação do anti-petismo mais virulento, vinculando-o cada vez mais à prática da corrupção.

O primeiro tema é fundamental e exige uma resposta de conjunta da tradição da esquerda socialista democrática brasileira. Na sua ausência, a bandeira do combate à corrupção é, sinistra e cinicamente, adotada pelos neoliberais e pela direita mais corruptos, no sentido anti-republicano mais profundo de privatização do patrimônio, serviços e programas públicos. A luta hegemônica da esquerda socialista na democracia brasileira estará condicionada cada vez mais a uma resposta de conjunto a este tema. O que tem se proposto, a partir deste diagnóstico, é que a esquerda lidere, junto com as entidades democráticas e os movimentos sociais, um pacto republicano para por fim à corrupção sistêmica no Brasil.

Tal pacto deveria ser concebido em um sentido supra-partidário e conferindo protagonismo a lideranças e entidades que têm toda uma história de luta contra a corrupção. Ele envolveria uma elaboração legitimada publicamente e envolveria planos e metas de ataque à corrupção em vários planos integrados: consolidação e regulação do fim do financiamento empresarial de partidos e eleições, aumentando o rigor da fiscalização, regulando o teto e as condições das contribuições não empresariais, criando o instituto da penalização do caixa 2; nacionalizando para estados e municípios as práticas e procedimentos conquistados no plano federal de combate à corrupção; aprovando e aprimorando as leis enviadas pela presidenta Dilma ao Congresso Nacional, fechando o cerco da impunidade; construindo uma nova regulação de conjunto para a prática de lobby e enfrentando de modo decisivo os circuitos financeiros e de sonegação de impostos que alimentam a economia ilegal e fraudulenta das grandes corporações e empresas, nacionais e internacionais.

A segunda linha de resposta, já em seus fundamentos construída de modo muito representativo nas tradições democráticas do direito brasileiro e da ciência política, é a crítica ao encaminhamento politizado, viesado, instrumentalizado, violador de vários princípios constitucionais e do devido processo legal, da Operação Lava-Jato. É fundamental fazer esta disputa democrática porque este processo de judicialização visa a ferir e retirar poder soberano da própria democracia. A legitimação da crítica pública à Operação Lava-Jato deve ser seguida de uma serie de iniciativas e procedimentos – em relação às arbitrariedades do juiz Moro, de setores do Ministério Público e da própria Polícia Federal – que garantam um método democrático e republicano de combate à corrupção, ao contrário da postura em geral omissa e acrítica do Ministério da Justiça. Não se trata, de modo algum, que o Ministério da Justiça interfira no rumo das investigações mas que zele com rigor pelos procedimentos que respeitem a isonomia de tratamento, o devido processo legal, a presunção da inocência, a investigação e afastamento dos responsáveis pelos vazamentos seletivos etc. Trata-se de exigir mais rigor e menos arbítrio, investigação plena e não seletiva, procedimentalização segundo princípios constitucionais e de acordo com o devido processo legal, publicidade democrática e não instrumentalização midiática de informações e vazamentos.

Fim da citação

Redação

Redação

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  • Narciso Alvarenga Monteiro de

    Narciso Alvarenga Monteiro de Castro: “Não me surpreenderei se Dilma deixar o PT”

    publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 13:09

     

    Nilton Monteiro falou a verdade. CPMI que tinha Delcídio e Cardozo trabalhou para desacreditá-lo

    ACORDÃO: O COMEÇO DO FIM DO GOVERNO DILMA OU O FIM DO GOVERNO QUE NUNCA COMEÇOU?

    Narciso Alvarenga Monteiro de Castro*

    A votação de ontem no Senado pôs a nu a fragilidade do governo Dilma ao aceitar acordo para a entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras, como havia prometido José Serra à Chevron.

    A participação decisiva de Renan Calheiros, a abstenção do novo líder no Senado, Humberto Costa… tudo leva à conclusão de Lindbergh Farias: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a sua vã filosofia”.

    Ou como diria o Príncipe honesto, na mesma peça de William Shakespeare, “há algo de podre no Reino da Dinamarca”, ao se ver cercado por desonestos e abutres.

    Tais divagações a respeito da maior derrota progressista dos últimos anos, me levam a outras indagações, talvez ao maior enigma do governo Dilma, a presença do ministro José Eduardo Cardozo na estratégica pasta da Justiça.

    Imune a todas as críticas, parece gozar da confiança irrestrita da presidenta. Os círculos progressistas já se cansaram de malhar o aparentemente sonolento colaborador de Dilma (Cardozzzzzo), que parece aqueles bonecos de “joão bobo”, você lhe dá um soco e ele volta a ficar em pé novamente.

    Integrantes da Polícia Federal já o apelidaram de “Eduardo Carbozo”, se referindo obviamente ao palhaço conhecido — e tudo fica por isso mesmo.

    Mas eu tenho uma nova tese. A minha tese é de que o indigitado ministro não é nada parvo. Ao contrário, é muito esperto e faz exatamente o que quer e o que a presidenta quer. E a polícia faz exatamente o que o ministro quer. E a presidenta faz o que quer fazer.

    Aqui, e com a votação citada, chega-se à maior distanciação entre o governo e o PT. Há tempos, falei das diferenças entre o PT, o governo e governo do PT. Nunca dantes tais diferenças estiveram tão nítidas como hoje.

    Mas voltando ao ministro, desconfia-se que tenha ficado ressentido com Lula, o chefe maior do PT, pois sempre agasalhou pretensões de ser indicado a ministro do STF, pois se enxerga como grande jurista.

    Várias vagas foram preenchidas e Cardozo não foi indicado.

    Já Dilma preferiu deixá-lo mais próximo. Também já se falou que ficou descontente quando Lula ungiu Haddad como seu preferido (vitorioso) à Prefeitura de São Paulo.

    Também se comenta das estripulias do então advogado Cardozo, incluindo seu cliente mais conhecido, o notório Daniel Dantas, esse mesmo do Opportunity…

    Então, José Eduardo Cardozo, a esfinge (decifra-me ou te devoro), no meu entender, seria um petista, tipo Delcídio do Amaral, aquele que já foi chamado o maior peesedebista (PSDB) do PT, inclusive foi nomeado por FHC para a Petrobrás, quando integrava o PSDB. Tenho fundadas razões para tal comparação, uma vez que por esses dias andei lendo o relatório da CPMI dos Correios.

    Lembram-se, 2005, da chamada CPI do Fim do Mundo? Foi controlada pela oposição exatamente no Senado e “descascou” o PT, o então marqueteiro Duda Mendonça (que havia trabalhado para o PSDB nas campanhas de Eduardo Azeredo, aquele do Mensalão do PSDB, condenado recentemente).

    Pois bem, o relatório é composto de três volumes e mais de 1.700 laudas, não é coisa para iniciante.

    O presidente da CPMI era exatamente Delcídio do Amaral (PT) e o relator Osmar Serraglio (PMDB). A CPMI teve participação ativa do então deputado José Eduardo Cardozo, que ajudou a “descascar” as contas e campanhas do PT, a descobrir a famosa conta Dusseldorf no exterior. Veja como o mundo dá voltas e retorna ao mesmo lugar! O marqueteiro da vez agora é João Santana, acossado pela Polícia Federal de quem? José Eduardo Cardozo!

    Em 2005, se vivia, como hoje, um clima robespieriano, com pescoços sendo cortados ou ameaçados de corte. Veja o tom (falso) moralista no final do relatório, escrito por Serraglio e Delcídio (então arauto do moralismo rasteiro, vejam só, hoje recém-saído da cadeia):

    O Brasil vive, com a presente CPI, mais um momento histórico importante para o seu amadurecimento político. Outras CPIs marcaram, em passado recente, circunstâncias desse amadurecimento e expressaram a contribuição que o Congresso Nacional pode e deve oferecer…

    Então, este mesmo Congresso Nacional, demonstrando sua sensibilidade aos clamores da sociedade, e sua identidade com o interesse nacional, exibiu o erro em que se incorria. Um indesejado, mas necessário processo de impeachment se impôs. Nesta outra página histórica, a ilusão de que a cidadania devesse ou pudesse delegar as atribuições indispensáveis à redenção nacional a um agrupamento político determinado é destruída pela lógica imperativa dos fatos. Nenhum grupo ideológico, isoladamente, irá redimir a sociedade brasileira.

    Não, nós não riremos da honra, nem zombaremos da honestidade. O País que merecemos, que nossos filhos esperam de nós herdar, é o que passamos a desenhar com essa virada de página, evidenciando nosso inconformismo com o malbaratamento dos suados recursos de nossa sofrida gente. Ressaltamos, na Introdução deste Relatório Final, e julgamos necessário repetir em seu momento final: Sem moralidade administrativa, os recursos destinados à educação são desviados, e seguiremos um País de iletrados. (Relatório, vol. III, pg. 1715 e ss).

    Coloquei em destaque a pretensão de parafrasear o grande jurista Rui Barbosa, que em discurso no Senado no ano de 1914 disse a célebre frase, tantas vezes repetida, mas nunca com a desfaçatez mencionada:

    De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

    Esta mesma CPMI, que em 2005 teve a covardia de mencionar a Lista de Furnas apenas para tentar desacreditá-la, constando apenas as versões da oposição, que tentavam desqualificar o lobista Nilton Monteiro.

    Mais tarde ficou comprovado que as denúncias de Monteiro sobre o mensalão do PSDB eram verdadeiras, que a Lista era verdadeira, como também que uma verdadeira Máfia armou contra tal personagem, contra o deputado Rogério Correia. Prenderam jornalistas, advogados e calaram a imprensa.

    E para quem leu com cuidado a histórica sentença (de 141 laudas) da ilustre e corajosa Magistrada Melissa Pinheiro Costa Lage Giovanardi, viu que:

    É necessário que seja dada credibilidade às declarações de NILTON MONTEIRO, haja vista que diversas de suas afirmações foram confirmadas pelas testemunhas. (p. 110).

    E também que:

    Enfim, diante de todo o conjunto probatório que fora exposto, não restam dúvidas de que o acusado EDUARDO BRANDÃO DE AZEREDO, para disputar a reeleição ao cargo de Governador do Estado de Minas Gerais, no ano de 1998, criou uma estrutura político-financeira a fim de legitimar, lavar, os vultuosos recursos que seriam utilizados durante a campanha. Criou-se uma organização criminosa complexa, com divisão de tarefas aprofundada, de forma metódica e duradoura. (p.134).

    Por isso, ganha credibilidade a tese de Lindbergh Farias, que falou em traição, ao se referir ao espúrio acordo que entregou o pré-sal no Senado, reflexo direto da ação de destruição da Petrobrás, levado a termo pela Lava-Jato. Aqui, já não remanescem dúvidas sobre a intenção de Dilma de manter Cardozo no governo.

    Não me surpreenderia se nos próximos dias Dilma seguisse Marta e deixasse o PT. Ou se o PT deixasse o governo.

    *É juiz de Direito em Minas Gerais

  • O poder enobrece e às vezes

    O poder enobrece e às vezes até agiganta grandes líderes, como Mandela e Lula.  Outras vezes, escancara o mau caratismo, como o de FHC https://andradetalis.wordpress.com/2016/01/01/fhc-trocou-a-telemig-por-sexo-no-palacio-das-mangabeiras/ e Zé Eduardo Cardoso, como o uso do MJ e de sua sedução p chegar ao Supremo.

    Também o poder expõe a mediocridade e soberba, como Dilma, achar que tem o direito de usar o Cargo que ocupa p encontrar o amor de sua vida e o resto que se f...... 

  • Precisa-se de Líderes

    Celso Amorim p/ o MInistério da Justiça.

    Abra-se mão da Defesa p/ alguém indicado por Picciani ou Ciro.

     

    Aliás, gostaria de ter podido votar em Ciro em 2014. Tomara Lula preserve seu legado e apoie Ciro incondicionalmente.

    Jacques Wagner, Mantega, estes todos podem ser ministros de Ciro, talvez já pensados...

     

    Está na hora do PT voltar p/ a "Sala de Justiça", voltar a planejar...

    Deixe-se o tempo de Haddad amadurecer...

  •  
    ... E a Globo distende

     

    ... E a Globo distende ainda mais "a área de cobertura do terrorismo"!
    Cuidado, GGN!
    Pasme, o conspícuo blogue 'O Cafezinho' foi notificado extrajudicialmente pela Departamento de Censura das organizações criminosas Globo!
    É a pura verdade!
    Confira!

    ***

    Globo, assustada com denúncias, tenta negar propriedade de “triplex” em Paraty

    26/02/2016 Miguel do Rosário

    O grupo todo poderoso, pertencente à família mais rica do país, e que construiu o seu império à sombra protetora e cúmplice de um regime totalitário, perdeu sua fleuma habitual e começou a ameaçar blogs.
    Sinal de medo, de insegurança, e de que farejou perigo no ar!
    Pelo jeito, estamos na trilha certa!
    (...)
    Nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, recebo por email uma Notificação Extrajudicial da Globo, a qual reproduzo abaixo. Continuo em seguida.
    (...)
    Pelo exposto, fica V.Sa. NOTIFICADO para que retire imediatamente a menção à Globo do título e do organograma constante da url apontada nesta notificação ou qualquer outro post que reproduza a informação inverídica, sob pena de adoção das medidas legais cabíveis.
    Atenciosamente,
    PP. M. (...) G. (...)
    OAB/RJ (...)

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.ocafezinho.com/2016/02/26/globo-assustada-com-denuncias-tenta-negar-propriedade-de-triplex-em-paraty/#comment-169663

     

    ... Dileto(a) (e)leitor(a),agora, imaginemos, o alvoroço que o *PIMG produziria caso,  por exemplo, os advogados do [eterno] presidente Lula encaminhassem notificação extrajudicial às organizações (sic) Globo exigindo [exigindo!] que fossem retiradas todas as matérias atinentes ao glorioso (idem sic) Sítio de Atibaia do barquinho de lata da dona Marisa Letícia...*PIMG (Partido da Imprensa Mafiosa &$ Golpista)Que fuzuê não seria, hein?Que carnaval a 'PORCA-tarefa' da Operação 'Lava [DEMoTucano a] Jato' produziria! *** Daqui a pouco - quando as pernas curtas das mentiras dos Marín(ho) expuserem a depilação [Risos] - a Globo irá manifestar-se à nação estarrecida:"Paulinha Marín(ho) &$ o restante da nossa 'famiglia' são, apenas, 'frequentadores' assíduos da Mansão [antiecológica!] Triplex de Paraty - área repleta de 'laranjal,por sinal!" EM TEMPO:o jornalista Paulo Henrique Amorim está coberto de razão:"A Globo sequestrou o Brasil, inclua-se o Poder Judiciário."

  • Grande Esclarecimento....

    ... a partir das citações do Ministro. Meu sincero agradecimento ao José Muladeiro esse artigo e o citado (link) foram esclarecedores.

    Eu na minha inocência, julgava que o Cardoso fosse simplesmente um pateta, mas não. Ele NÃO é incompetente, NÃO é atrapalhado, NÃO é uma pessoa rasa de pensamentos. Tudo o ele faz é bem tramado e segue uma lógica própria. 

    De fato ele tem tido um sucesso impressionante, sem obstáculos. Seu discurso é tão eloquente que convence nossa Presidenta.

    Um mestre em arruinar a República, liquidar instituições e debilitar o país.

    Ele não é leniente. É tão ativo e competente como Sergio Moro. 

    De Política, Justiça e de Brasil ele não entende nada.

     

    • Servem ao mesmo senhor; equivalem-se.

      ai...ai..aii  Discordo totalmente da sua afirmação quando - ao equipar o zé com o moro - diz que: "De Política, Justiça e de Brasil ele não entende nada." Santa ingenuidade. Eles conhecem sim, e por dentro...

      Photios, tanto o zé quanto moro[isso mesmo, nomes em minúscula] entendem, sim, de política, justiça e Brasil, tanto que ao avançarem o sinal e, por isso mesmo, acabaram tornando-se reféns e andam "pianinho", tiveram de se sujeitar a servir como "soldadinhos" para fazer o "serviço" sujo do "projeto" de desmonte e derrubada de um governo legitimamente eleito. Por que digo isso? Ora, ora.... pano rápido e sem ir muito longe - o zé era "adevogado" do Daniel Dantass, aquele do Banco Opportunity[operação Banqueiro/Operação Satiagraha(1)., lembra-se dela?]; e moro era o juiz da maioria dos processos do caso Banestado que resultou em absolvição geral e irrestrita aos destinatários do dinheiro desviado(maioria políticos do psdb) e também para os operdadores dos desvios e evasão de divisas[os doleiros da delaçao da época que, por acaso, maioria está aí enredado também na lava jato(2)].

      Essa gente sabe muitíssimobem que em matéria de "política, justiça e Brasil" vige a regra/lei seguinte: "quem tem o dinheiro manda na política e, por consequência, manda no Brasil, simples assim. Só que nessa relaçao entre poder e dinheiro leva muita das vezes ao avanço do sinal e/ou a ultrapassar limites [lembara-se da expressão:"estamos no limite da irresposnabilidade"??], entao, aí é que nasce para essas pessoas certas "obrigações"[o que muitos chamam de rabo-preso] para aceitar participar de certas "operaçoes" ou "projetos". Mas tenha em mente que essa corrupçao de bastdor é incentivada exatamente para possibilitar ter nas maos os "peões/soldadinhos/linha-de-frente, para botar no jogo, lançar mão quando necessário. Os patrocinadores, os verdadeiros "players" desse jogo estão noutras terras, eles não tem mandato nem voto, só money, muito money, mas protegem as naçoes-chave que jogam prá eles[as 7 irmãs]. Na verdade mesmo, a coisa tem a ver é com linhagem, sangue...e isso é um grande babado porque é complexo e longo..

      Dilma está cercada por uma gente muito sinistra...e ela, claro, sabe melhor do que ninguém disso. Só para refrescar a memória dos comentaristas quanto a importancia - para o bem ou para o mal - da figura do ministro à frente da pasta da justiça - Márcio THomas Bastos[que o inferno o tenha], foi ministro de FHc e depois mantido por Lula quando assumiu em 2002. Pois bem,no caso Banestado[maior investigaçao criminal no Brasil(de 1966 à2002) aonde apurou-se que 124 bilboes de dólares foram desviados do país, "O DELEGADO CASTILHO[resposnsável pela investigação], NO INÍCIO DO GOVERNO LULA, POR ORDEM DO MINISTRO DA JUSTIÇA MÁRCIO THOMÁS BASTOS(3) FOI AFASTADO DAS INVESTIGAÇÕES, E OUTRO DELEGADO ASSUMIU A PRESIDÊNCIA DO INQUÉRITO. COM ISSO, O RASTREAMENTO  DO DINHEIRO NO EXTERIOR FOI INTERROMPIDO E NUNCA MAIS RETOMADO.  Esse ministro da "justiça" Marcio Thomas Bastos, como se sabe, foi um dos apanhados na Operação[Castelo de Areia]com remessa ilegal para o exterior [...] e nomeou vários ministros do Supremo, na era trabalhista(4).

      Um ministro sem passado nebuloso, nacionalista, sério e leal nao permitiria os abusos do Moro, do mpf, cnmp, pgr...Jamais. O zé combina com moro e os dois tem tudo a ver com a lava jato.

      Se voce não cercar a justiça do país não haverá chance de colocá-lo de cabeça prá baixo, submeter o seu governo[quando nao derruba-lo] para tomá-lo de assalto. É disso que eu estou falando. A manutenção do Zé na pasta da justiça é providencial...Ninguém o tira de lá, esqueça..

      notas: 

      (1) -  https://jornalggn.com.br/noticia/a-operacao-banqueiro-e-como-se-uniram-as-duas-maiores-fabricas-de-dossies-da-republica;  

      ( 2) - [transcrição] -  http://www.robertorequiao.com.br/discurso-do-senador-requiao-sobre-o-caso-banestado/; [vídeo do disurso] - https://www.youtube.com/watch?v=STrxqSA0p8E

      ( 3) - )https://jornalggn.com.br/noticia/o-legado-de-marcio-thomaz-bastos-para-a-policia-federal-por-marcelo-auler

      ( 4) - http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/12/07/castelo-de-areia-barroso-esvazia-a-lava-jato

  • Antes estivéssemos sós...

    Antes estivéssemos sós!...

    Estamos em companhia de Cardozo,

    o ominoso.

    E nem sabemos nós

    se é pior o Cardozo omissivo

    ou o comissivo.

  • Ministro da Justiçã

    A Dilma ainda não nomeou seu ministro da Justiça, este ministério continua vago.

    Sugiro ROBERTO REQUIÃO

  • Narciso Alvarenga Monteiro

    Narciso Alvarenga Monteiro Viana em artigo no Viomundo, diz que tem uma nova tese em relação ao ultra republicano Cardozo. Segundo Narciso, " o indigitado ministro não é nada parvo. Ao contrário, é muito esperto e faz o que quer e o que a presidenta quer. A PF faz exatamente o que o ministro quer. E a presidenta faz o que quer".  Analisando a tese do Narciso, não se pode desprezar alguns fatos. O Cardozo ao fim do governo Lula andava ressentido com o PT porque fora preterido em indicação para vaga no STF. A Dilma, por sua vez,  também andava aborrecida com críticas de alas do PT com relação à politica econômica de seu governo,  o que ficou patente nessa barganha do pré-sal com a oposição. Melhor dizendo nesse assalto a mão armada aos recursos para educação e saúde. Digo oposição, porque Renan e Jucá podem ser tudo, menos base aliada. A bancada do PT ficou feito marido traído: o último a saber.

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