“Eu sou um animal da iniciativa privada. Não me adaptarei à lentidão, à burocracia. Eu prefiro sair do governo do que me adaptar à essa lentidão do Estado”, disse o bilionário e demissionário da secretária de privatização, Salim Mattar.
E informou que vai “alavancar” institutos que propaguem ideias liberais no Brasil”.
Afirmou ainda que “Bolsonaro teve um gesto de grandeza ao aderir ao movimento privatista, citando como exemplo contrário a persistência do ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, de manter as ideias nacionalistas de manutenção das estatais”.
O substantivo utilizado pelo bilionário Mattar, teria sido um ato falho, um reconhecimento que o mercado privado é composto por animais, no qual os predadores se dão bem e vão eliminando os mais fracos? Ou foi como adjetivo, caracterizando a iniciativa privada como animalesca?
Nessa selva vale ser águia, leão, hiena, cobra, na ação privada da competição para a maximização dos lucros sem limites.
Os animais predadores são os que se alimentam de outros animais. Eles ocupam o topo da cadeia alimentar e por isso são encontrados em menor quantidade.
No Brasil eles representam apenas 1% da população e detêm mais de 30% de toda a riqueza nacional, sendo que apenas cinco deles, Jorge Paulo Lemman, Joseph Safra, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin, têm o equivalente a metade dessa riqueza.
O mundo da iniciativa privada é o mundo da corrupção consentida. Fui empresário por 10 anos. Minha empresa, CONSEMSO – Consultoria, Serviços, Métodos, Sistemas e Organização Ltda, prestou serviços para empresas públicas, estatais e privadas. Se na área pública AS REGRAS, chamadas pelo Mattar de burocracia, dificultam a corrupção, na arena privada é natural, seja como os 10% por fora, como o overprice ou sobrepreço, seja burlando a quantidade ou qualidade, sejam por via de licitações de cartas marcadas. Os departamentos de compras/material das empresas e as intendências das FAs são corrompidas. E o são porque há corruptores com estoque volumoso de recursos financeiros (jabá, propina).
Sobreviver nessa selva por muito tempo é asfixiante, mais cedo ou mais tarde ou adere ou sai, pois empresas concorrentes e empresas contratantes fazem de tudo para expulsar do mercado da ilusória livre concorrência aqueles que se comportam com ética e honestidade.
Nessa seara os “animais” do mercado são predadores do homem e da natureza. É a necropolítica do darwinismo social.
Na cadeia alimentar do mundo animal do capitalismo, Paulo Guedes, charlatão, embusteiro, ilusionista, entreguista e especulador, age como a hiena-malhada, a mais predadora e mais perigosa, uma caçadora eficiente, oportunista e extremamente agressiva, na destruição dos direitos sociais, trabalhistas e do patrimônio nacional.
A pressa do animal demissionário é para durante a pandemia privatizar a Caixa Econômica e o Banco Do Brasil.
É imperativo organizar a resistência já.
Francisco Celso Calmon é Administrador, Advogado; membro do canal Resistência Carbonária; Coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do ES; ex-coordenador nacional da RBMVJ.
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