Fora de Pauta

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Redação

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  1. http://www.thyssens.com/01chr

    http://www.thyssens.com/01chrono/images/matin191040_000.jpg

    1940 – A IMPRENSA VENAL DE PARIS A SERVIÇO DOS ALEMÃES – Um dos episódios mais vergonhosas da derrota e ocupação da França pelos alemães em 1940 foi o papel da imprensa de Paris subornada desde 1938 pela Embaixada alemã para servir a interesses do Terceiro Reich.

    Os alemães indicaram como seu Embaixador  em Paris em 1936 um excelente diplomata, Otto Abetz, culto, sofisticado, admirador da cultura francesa, com a função de aliciar o empresariado, a aristocracia de sangue e do dinheiro, parte da intelectualidade, o mundo da moda e a imprensa para serem aliados da Alemanha quando chegasse a hora da guerra.

    Abetz tinha charme, elegancia, parecia mais francês que alemão e conquistou a sociedade parisiense, naquela fase  posterior ao governo da Frente Popular, uma coalizaão de partidos de esquerda que chegou ao governo em 1936, chefaida por Leon Blum, o Front Populaire era uma especie de PT, tinha varias alas, umas radicais e outros moderadas, mas todas de esquerda, uma de suas bandeiras era a semana de 40 horas que transformou em lei.

    A elite tinha horror à Frente e a Blum, as chamdas “200 familias” nucleo do empreariado que controlava a economia francesa, os grandes bancos, ferrovias, empresas de navegação, o Comité des Forges, cartel do aço, a França era uma potencia economica embora com um regime politico caotico desfe o fim do governo Poincaré na decada de 20. Essa elite

    via os alemães e o nazismo como aliados contra os vermelhos. Abetz não perdia uma noite, jantares majestosos, tertulias literarias, vernissages, palestras, em um bem preparado trabalho de convencimento dos salões de Paris para a causa alemã, vistos os nazistas como salvadores da elite contra os vermelhos de Blum. Nesse periodo (1936-1939) decorria a Guerra Civil Espanhola, a Republica de esquerda contra as forças nacionalistas do General Francisco Franco, mais um ingrediente a mostrar o risco que corria a França ao ter um governo de esquerda, que só a Alemanha podia por abaixo.

    Abetz dispunha de fundos ilimitados, dinheiro não era problema e dinheiro era algo que os jornalistas franceses adoravam.

    Não foi nada dificil aliciar cerca de 12 jornais à causa alemã, com o tradicional LE MATIN à frente. È claro que o publico não

    sabia nada sobre a  “mesada” que a Embaixada alemã pagava aos jornais, eram fundos secretos que chegavam por malas diplomaticas em dinheiro vivo, não deixava rastros. O diretor de LE MATIN, Maurice Bunau Varilla era um nome muito conhecido na imprensa francesa e o Le Matin passou a defender cada vez mais abertamente a causa nazista.

    O periodo de “”colaboration”” da alta sociedade francesa com os alemães entre 1940-1944 já está por demais narrado em centenas de livros, grandes nomes do empresariado como Renault e da moda, como Chanel, eram colaboradores da Alemanha, alguns famosos artistas de cinema, musica, teatro tambem se deixaram envolver pelos alemães.

    Na economia o tecnocrata Paoul Baudin, da Banque de L Índochine´(hoje grupo Suez) operava em plena coordenação com os alemães mantendo a economia funcionando a serviço do esforço de guerra alemão.

    Os alemães na França se comportavam de modo muito diferente da Europa do Leste, Hutler deu ordens expressas para serem corteses, esperarem nas filas dos teatros e restaurantes, pagarem sem discutir as contas, a França era uma colonia de ferias, resort, para a oficialidade descansar das batalhas na frente russa, os oficiais adoravam por causa da vida parisiense, depois levavam para as esposas na Alemanha vestidos, meias e perfumes que não existiam em casa.

    O papel da midia foi o mais vergonhoso, eram abertamente pro-alemães até 1944, tanto na França ocupada (norte) como na França não ocupada (a França de Vichy).  Os editoriais caprichavam na exaltação do papel salvador da Alemanha contra o império do mal, a URSS. A festa acabou em junho de 1944, com a invasão da Normandia pelos aliados, que chegaram a Paris em agosto, dando um fim à colaboração.  Os “colabôs” ou fugiram da França ou foram presos, mais de 10.000 foram executados mas muitos se esconderam e escaparam, vindo à tona depois de 1950 quando o ambiente esfriou. O episodio da ocupação alemã da França não teve similar em outros paises invadidos pelos nazistas, a venalidade de alguns franceses impressionava até os alemães, como se vê nos filmes SEÇÃO ESPECIAL DE JUSTIÇA, de Costa Gravas e DIPLOMAZIE, excelente pelicula de 2015 sobre a rendição de Paris em agosto de 1944.

    O episodio da “”colaboration” caiu tão mal na auto-estima francesa que no inconsciente coletivo francês tentou-se apaga-lo após o fim da Segunda Guerra mas nos ultimos vinte anos historiadores tem documentado a extensão impressionante da colaboração nos dois setores e o envolvimento de certos grandes nomes ficou cada vez mais claro.

    O papel da imprensa venal de Paris onde grandes jornais foram aliciados é um dos mais documentados.

    Metodo parecido foi adotado no Brasil pela Embaixada alemã que financiava um jornal de nome  MEIO DIA, no Rio de Janeiro, que chegou a ter razoavel circulação e defendia a causa nazista, fechado logo que o Brasil rompeu relações com a Alemanha em janeiro de 1942 e expulsou o Embaixador Karl Ritter.

    Os episodios do submundo da imprensa costumam se esconder ao maximo para não manchar a reputação moralista da midia, um de seus galardões pelo mundo afora, é preciso muita pesquisa para desencavar esse tipo de estorias.

     

  2. GOLPES

                No golpe de 2016, como em todos os golpes, manifestam-se interesses poderosos e outros pequenos e mesquinhos.

                Há os interesses dos Estados Unidos: o petróleo, as construtoras, a energia nuclear, a geopolítica. Esse é o dominante.

                Há o interesse dos escroques da política para tomar o Estado e roubar mais.

                Há coisinhas mesquinhas e diminutas como a raivinha atual dos médicos brasileiros, porque o governo feriu seus interesses egoístas de oligopólio da medicina, de monopólio do “Ato Médico”.

                E muitos outros. Entre eles um dos mais vis, que os brasileiros terão de enfrentar, se ainda quiserem no futuro se tornar uma nação: a hegemonia da economia de São Paulo sobre o resto do país. Vejamos:

                A FIESP está na linha de frente do golpe. O que ela ganharia com isso? Lógico, algum superesquerdista vai repetir o chavão: “é a burguesia maior, são os interesses da burguesia”. Sim, mas foi muito bem tratada pelo Governo Lula, todo mundo ganhou muito dinheiro. Que mais poderia ser a causa do ódio da FIESP?

                Vamos lembrar que uma das acusações lançadas com ódio contra o Presidente Lula é de que “vendeu” uma Medida Provisória que estendia às Regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste incentivos para que as fábricas de automóveis lá se instalassem e produzissem.

                Parece que estender a atividade econômica industrial a outras partes do Brasil não é muito agradável à elite econômica de São Paulo. Talvez esteja por aí um dos motivos do ódio da FIESP e da Associação Comercial de São Paulo.  

                O resto do Brasil devia ter isso bem claro na hora de escolher um Presidente e na hora de apoiar um golpe comandado pela elite paulista.

  3. O jornal da BAND de ontem

    O jornal da BAND de ontem superiou, e muito, o JN.

    Logo no ínicio foram reapresentadas as falas grampeadas de Dilma com Lula, seguindo-se a fala de Celso de Mello, no sentido de esculhamabar com Lula. Com a continuidade do jornal, nenhuma imagem das manifestações de sexta-feira, mas o enaltecimento às de domingo. Aí, mais reprodução das falas de Dilma e Lula. 

    O tempo todo o jornal fez a campanha pró-impeachment, descaradamente. 

  4. Rede Globo – dados do balanço 2015
    Nassif, A Globo divulgou suas demonstrações financeiras de 2015 (popularmente “balanço”) na última sexta-feira (18/03) porém sem a transparência necessária. Trata-se, como sempre, de uma seleção daquilo que deve ser publicado. Pois bem, nesse balanço publicado estão faltando as NOTAS EXPLICATIVAS COMPLETAS que detalham cada número do balanço e resultado e que permitem entender as operações realizadas e onde ocorreram as principais variações entre um ano e outro. Essa prática da Globo de divulgar informações incompletas é de longa data. Devemos cobrar da Globo a transparência na divulgação dos seus resultados pois se trata de uma concessão pública. Queremos que a Globo divulgue no seu site as demonstrações financeiras com NOTAS EXPLICATIVAS COMPLETAS. Seguem exemplos de balanços de empresas com informações completas para termos uma referência de quanto de informação é omitida pela Globo: Ambev (notas explicativas a partir da página 58)http://ri.ambev.com.br/download_arquivos.asp?id_arquivo=99EA71EC-2168-4081-8CF2-8C8709A52193 Abril http://grupoabril1.abrilm.com.br/ABRILCOMUNICA114.DEZ.pdf Vivo (notas explicativas a partir da página 80) http://telefonica.mediagroup.com.br/pt/Download/1274_DFP_2015_-_TELEFONICA_BRASIL_S.A..pdf Segue o link para acessar o balanço (incompleto) de 2015 e o site da Globo com os balanços disponíveis (todos incompletos): http://www.valor.com.br/valor-ri/empresa?empresa=1185692&nome=globohttps://globoir.globo.com/listresultados.aspx?idCanal=s2wNrrevAJy+A7YKUmau4Q== 

  5. Mas o pedalinho é quem vai ser responsabilizado

    PARA:
    Casa Grande.
    UDN.
    PSDB.
    Com CÓPIA:
    FHC Foch 51, José Serra Trensalão, Geraldo Alckmin Merenda, Aécio Neves de Lichtenstein

    Miniatura

     

  6. O mundo com os olhos voltados

    O mundo com os olhos voltados para o Brasil e sua democracia ameaçada…

    Sérgio Moro ao interceptar e divulgar as conversas da Presidente Dilma, cometeu seu maior erro.

    Ciente de que a grande imprensa o respaldaria e que este fato desgastaria o governo Dilma e o ex-presidente Lula (através das versões da imprensa, uma vez que o conteúdo é juridicamente irrelevante), o que de fato ocorreu, Moro, em sua ânsia persecutória, cometeu um grande erro de estratégia.

    É que, em nenhum lugar do mundo, se concebe que o governante maior seja espionado e tenha suas conversas divulgadas de acordo com a vontade do interceptador (no caso, um juiz de primeira instância).

    O mundo amanheceu perplexo, até mesmo o Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, famoso por sua conhecida militância contra o governo, num primeiro momento não acreditou que isto tivesse acontecido… Sintomático, no entanto,  é que depois que soube ser verdade, apesar de num primeiro momento, perplexo, ter se calado, logo a seguir demonstrou toda sua contrariedade:

    Marco Aurélio Mello: Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiros de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado e foi objeto, inclusive, de reportagem no exterior. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional. O avanço pressupõe a observância irrestrita do que está escrito na lei de regência da matéria. Dizer que interessa ao público em geral conhecer o teor de gravações sigilosas não se sustenta. O público também está submetido à legislação. (http://www.sul21.com.br/jornal/moro-simplesmente-deixou-de-lado-a-lei-isso-esta-escancarado/).

    Sergio Moro, não contava neste caso com o repúdio da imprensa mundial – e das consequencias disso -, a qual, se tinha alguma dúvida de que as manobras politicas eram orquestradas por forças com vistas a aplicar um golpe de Estado no Brasil, deixou de ter.

    Se antes estas ações eram ainda vistas como fruto da correlação de forças políticas em confronto, era porque ainda não se haviam apontado elementos incontestes que indicassem, sem sombra de dúvidas, a existência de tal movimento antidemocrático, isto em razão da blindagem patrocinada pela grande imprensa brasileira, mas, a partir deste momento, por impositivo, houve o reconhecimento acerca da efetiva existência destes movimentos golpistas.

    É que, a brutalidade e antijuridicdade da interceptação das comunicações da Presidente do Brasil, ocorrendo dentro de um regime democrático, tem um apelo forte demais no imaginário político internacional, o que não deixa margem para segundas interpretações, por mais elaboradas que sejam.

    Assim, eis que, de repente, são interceptadas as comunicações da Presidente do Brasil e justamente pelo Juiz que esta sendo acusado como sendo instrumento de tais manobras golpistas.

    E tudo isso ocorrendo sob o apoio velado da imprensa (tida como o maior partido de oposição), que usa dos mais diversos subterfúgios para justificar tal ato.

    Ocorre que, repito, este fato, violação do sigilo das comunicações da Presidente Dilma, não se presta a interpretações outras, ele por si só revela mais que qualquer análise politica, e o mais interessante, mostra a verdadeira cara da imprensa e das forças políticas que estão articulando a quebra da normalidade democrática.

    Então, dentro deste contexto, acontece o impensável (para eles que não vem nada além de seu umbigo), a imprensa mundial, atônita, passa a ter seus olhos voltados para o Brasil e, ciente de ter sido vilmente enganada, passa a ver claramente a tentativa de golpe contra a democracia e reage, ainda de forma tímida, enviando seus correspondentes ao Brasil.

    Um deles, o jornalista e advogado norte-americano  Glenn Greenwald, em reportagem, expressa todo este panorama, e a reversão do foco da mídia mundial, frente as contradições flagrantes entre a versão da imprensa brasileira e os fatos, imponderáveis sob qualquer ótica, em um país que seja efetivamente democrático.

    AS MÚLTIPLAS E IMPRESSIONANTES crises que assombram o Brasil agora atraem substancialmente a atenção da mídia internacional. O que é compreensível, já que o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo e a oitava economia do mundo. Sua segunda maior cidade, o Rio de Janeiro, é a sede das Olimpíadas deste ano. Porém, boa parte dessa cobertura internacional é repetidora do discurso que vem das fontes midiáticas homogeneizadas, antidemocráticas e mantidas por oligarquias no Brasil e, como tal, essa informação é enviesada, pouco precisa e incompleta, especialmente quando vem daqueles profissionais com pouca familiaridade com o país (mas há vários repórteres internacionais que trabalham no Brasil fazendo um ótimo trabalho).

    O esforço para remover Dilma e seu partido do poder lembram mais uma clara luta antidemocrática por poder do que um movimento genuíno contra a corrupção. E pior, foi armado, projetado e alimentado por várias forças que estão enfiadas até o pescoço em escândalos políticos, e que representam os interesses dos mais ricos e mais poderosos segmentos sociais e sua frustração pela falta de habilidade em derrotar o PT democraticamente.

    Em outras palavras, tudo isso parece historicamente familiar, particularmente para a América Latina, onde governos de esquerda democraticamente eleitos tem sido repetidamente removidos do poder por meios não legais ou democráticos. De muitas maneiras, o PT e Dilma não são vítimas que despertam simpatia. Grandes segmentos da população estão genuinamente irritados com ambos por várias razões legítimas. Mas os pecados deles não justificam os pecados dos seus antigos inimigos políticos, e certamente não tornam a subversão da democracia brasileira algo a ser celebrado.( https://theintercept.com/2016/03/18/o-brasil-esta-sendo-engolido-pela-corrupcao-da-classe-dominante-e-por-uma-perigosa-subversao-da-democracia/)

    Agora, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, e estes liberais de plantão que diziam ser democráticos, se vem emparedados frente a realidade fascista das ideias que eles estavam a apoiar, não há mais margem para omissões, e suas posições de neutralidade passam a ser vistas como elas verdadeiramente são, ou seja,  francamente golpistas.

    A importância impactante de tais atos, pode ser medida pela superveniente  manifestação intensa da intelectualidade brasileira, a qual, ate então, estava relativamente afastada dos acontecimentos.

    A partir desta ocorrência, foram forçados a tomarem posições concretas e, desta forma, a partir de então, começamos a ver, novamente, personalidades importantes da vida nacional, advogados, juristas, escritores, atores, intervindo de forma incisiva contra esta onda conservadora e antidemocrática.

    Nesta mesma linha, reação sintomática, decorrente da repercussão de tais fatos, são as manifestações de brasileiros em várias cidades do mundo em apoio a democracia.

    Sérgio Moro, com seu gesto tresloucado, rompeu o bloqueio midiático realizado pela imprensa brasileira.

  7. MARCO AURÉLIO MELLO, DO STF: MORO COMETEU CRIME

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/221933/Marco-Aur%C3%A9lio-Mello-do-STF-Moro-cometeu-crime.htm

    :

    Em entrevista ao portal Sul 21, publicada neste domingo, ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, fez as mais duras críticas já registradas ao juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato; “Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiros de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado. Dizer que interessa ao público em geral conhecer o teor de gravações sigilosas não se sustenta”, afirmou; ele também disse que o STF é a última trincheira da cidadania, afirmou que o ministro Teori Zavascki – e não Gilmar Mendes – é o relator das ações contra o ex-presidente Lula e fez um alerta: “Não podemos incendiar o País”

    Nas últimas semanas, Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, tem erguido a voz contra o que considera ser um perigoso movimento de atropelo da ordem jurídica no país. Em recentes manifestações, Marco Aurélio criticou a flexibilização do princípio da não culpabilidade, e a liberação para a Receita Federal do acesso direto aos dados bancários de qualquer cidadão brasileiro. Na semana passada, o ministro criticou a conduta do juiz Sérgio Moro, no episódio do vazamento do conteúdo das interceptações telefônicas, envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff.

    Em entrevista concedida por telefone ao Sul21, Marco Aurélio fala sobre esses episódios e critica a conduta de Sérgio Moro: “Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiro de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional”, adverte.

    Sul21: Considerando os acontecimentos dos últimos dias, como o senhor definiria a atual situação política do Brasil? Na sua avaliação, há uma ameaça de ruptura constitucional ou de ruptura social?

    Marco Aurélio Mello: A situação chegou a um patamar inimaginável. Eu penso que nós precisamos deixar as instituições funcionarem segundo o figurino legal, porque fora da lei não há salvação. Aí vigora o critério de plantão e teremos só insegurança jurídica. As instituições vêm funcionando, com alguns pecadilhos, mas vêm funcionando. Não vejo uma ameaça de ruptura. O que eu receio é o problema das manifestações de rua. Mas aí nós contamos com uma polícia repressiva, que é a polícia militar, no caso de conflitos entre os segmentos que defendem o impeachment e os segmentos que apoiam o governo. Só receio a eclosão de conflitos de rua.

    Sul21: Algumas decisões do juiz Sérgio Moro vêm sendo objeto de polêmica, como esta mais recente das interceptações telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff. Como o senhor avalia estas decisões?

    Marco Aurélio Mello: Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiros de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado e foi objeto, inclusive, de reportagem no exterior. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional. O avanço pressupõe a observância irrestrita do que está escrito na lei de regência da matéria. Dizer que interessa ao público em geral conhecer o teor de gravações sigilosas não se sustenta. O público também está submetido à legislação.

    Sul21: Na sua opinião, essas pressões midiáticas e de setores da chamada opinião pública vêm de certo modo contaminando algumas decisões judiciais?

    Marco Aurélio Mello: Os fatos foram se acumulando. Nós tivemos a divulgação, para mim imprópria, do objeto da delação do senador Delcídio Amaral e agora, por último, tivemos a divulgação também da interceptação telefônica, com vários diálogos da presidente, do ex-presidente Lula, do presidente do Partido dos Trabalhadores com o ministro Jacques Wagner. Isso é muito ruim pois implica colocar lenha na fogueira e não se avança assim, de cambulhada.

    Sul21: Os ministros do Supremo, para além do que é debatido durante as sessões no plenário, têm conversado entre si sobre a situação política do país?

    Marco Aurélio Mello: Não. Nós temos uma tradição de não comentar sobre processos, nem de processos que está sob a relatoria de um dos integrantes nem a situação política do país. Cada qual tem a sua concepção e aguarda o momento de seu pronunciar, se houver um conflito de posições. Já se disse que o Supremo é composto por onze ilhas. Acho bom que seja assim, que guardemos no nosso convívio uma certa cerimônia. O sistema americano é diferente. Lá, quando chega uma controvérsia, os juízes trocam memorandos entre si. Aqui nós atuamos em sessão pública, que inclusive é veiculada pela TV Justiça, de uma forma totalmente diferente.

    Sul21: A Constituição de 1988 incorporou um espírito garantista de direitos. Na sua avaliação, esse espírito estaria sob ameaça no Brasil?

    Marco Aurélio Mello: Toda vez que se atropela o que está previsto em uma norma, nós temos a colocação em plano secundário de liberdades constitucionais. Isso ocorreu, continuo dizendo, com a flexibilização do princípio da não culpabilidade e ocorreu também quando se admitiu, depois de decisão tomada há cerca de cinco antes, que a Receita Federal, que é parte na relação jurídica tributária, pode ter acesso direto aos dados bancários.

    Sul21: A expressão “ativismo jurídico” vem circulando muito na mídia brasileira e nos debates sobre a conjuntura atual. Qual sua opinião sobre essa expressão?

    Marco Aurélio Mello: A atuação do Judiciário brasileiro é vinculada ao direito positivo, que é o direito aprovado pela casa legislativa ou pelas casas legislativas. Não cabe atuar à margem da lei. À margem da lei não há salvação. Se for assim, vinga que critério? Não o critério normativo, da norma a qual estamos submetidos pelo princípio da legalidade. Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Se o que vale é o critério subjetivo do julgador, isso gera uma insegurança muito grande.

    Sul21: Esse ativismo jurídico vem acontecendo em um nível preocupante, na sua opinião?

    Marco Aurélio Mello: Há um afã muito grande de se buscar correção de rumos. Mas a correção de rumos pressupõe a observância das regras jurídicas. Eu, por exemplo, nunca vi tanta delação premiada, essa postura de co-réu querendo colaborar com o Judiciário. Eu nunca vi tanta prisão preventiva como nós temos no Brasil em geral. A população carcerária provisória chegou praticamente ao mesmo patamar da definitiva, em que pese a existência do princípio da não culpabilidade. Tem alguma coisa errada. Não é por aí que nós avançaremos e chegaremos ao Brasil sonhado.

    Sul21: Como deve ser o encaminhamento da série de ações enviadas ao Supremo contestando a posse do ex-presidente Lula como ministro?

    Marco Aurélio Mello: Eu recebi uma ação cautelar e neguei seguimento, pois havia um defeito instrumental. Nem cheguei a entrar no mérito. Nós temos agora pendentes no Supremo seis mandados de segurança com o ministro Gilmar Mendes e duas ações de descumprimento de preceito fundamental com o ministro Teori Zavaski, além de outras ações que tem se veiculado que existem e que estariam aguardando distribuição. Como também temos cerca de 20 ações populares em andamento.

    No tocante aos mandados de segurança, a competência quanto à medida de urgência liminar é do relator. Não é julgamento definitivo. Quanto à arguição de descumprimento de preceito fundamental, muito embora a atribuição seja do pleno, este não estando reunido – só teremos sessão agora no dia 28 de março – o relator é quem atua ad referendum do plenário.

    Temos que esperar as próximas horas. A situação se agravou muito com os últimos episódios envolvendo a delação do senador Delcídio e a divulgação das interceptações telefônicas. Não podemos incendiar o país.

    Sul21: O STF deverá ter um papel fundamental para que isso não ocorra…

    Marco Aurélio Mello: Sim. É a última trincheira da cidadania. Quando o Supremo falha, você não tem a quem recorrer. Por isso é que precisamos ter uma compenetração maior, recebendo não só a legislação e as regras da Constituição Federal, que precisam ser um pouco mais amadas pelos brasileiros, como também os fatos envolvidos.

     

     

  8. Juventude se rebela contra a Globo

    POR QUE JOGAMOS TINTA VERMELHA NA REDE GLOBO?

    :

    http://www.brasil247.com/pt/247/sergipe247/221947/Por-que-jogamos-tinta-vermelha-na-Rede-Globo.htm

    “Nós, do Levante Popular da Juventude, deixamos marcado na faixada da TV Sergipe o recado de que não esquecemos o que a Rede Globo e suas filiais fizeram durante a ditadura e que não permitiremos que isto se repita”, diz o texto de Laryssa Sampaio, do LPJ; “Derramamos tinta vermelha simbolizando o sangue de todas e todos aqueles que lutaram e morreram contra a ditadura e em defesa da democracia e de uma outra sociedade”; a entidade critica o golpe contra o governo Dilma e afirma que a juventude tem o papel de denunciar quem são os “inimigos” do povo

    Por Laryssa Sampaio, do Levante Popular da Juventude Sergipe

    Não faz muito tempo, o Brasil sofreu um golpe e enfrentou anos da ditadura civil e militar iniciada em 1964. Nesse período, a Rede Globo surgiu como projeto de comunicação de massa que tinha como objetivo divulgar as mensagem ideológicas dos militares em troca do suporte para construir seu império. Nos últimos dias, às vésperas de completar 31 anos que vencemos a ditadura e retornamos à democracia, uma nova ameaça de golpe já é orquestrada. Os tempos são outros, alguns atores são os mesmos.

    Naquele período, a Rede Globo não só ocultou informações sobre a violência cometida pelos militares como também contribuiu com as centenas de sessões de tortura, o desaparecimento de diversos militantes e a morte de todas e todos aqueles que foram executados por lutar pela democracia. Atualmente, o império da comunicação que se tornou o Grupo Globo opera para criar um clima ainda maior de instabilidade política, principalmente frente às movimentações do juiz Sérgio Moro que tem ultrapassam limites legais durante a condução da operação Lava Jato.

    Nos últimos dias temos vivido um momento decisivo na história do país e a juventude tem o papel de denunciar quem são nossos inimigos. Por isso, no dia 18 de março, durante as manifestações que ocorreram em todo o Brasil em defesa da democracia e contra o golpe, o Levante Popular da Juventude junto a mais de 30 mil pessoas marcharam em direção às portas da filiada da Rede Globo no estado, a TV Sergipe.

    Nós, do Levante Popular da Juventude, deixamos marcado na faixada da TV Sergipe o recado de que não esquecemos o que a Rede Globo e suas filiais fizeram durante a ditadura e que não permitiremos que isto se repita. Escrevemos no símbolo da TV Sergipe “Inimigo da democracia” e derramamos tinta vermelha simbolizando o sangue de todas e todos aqueles que lutaram e morreram contra a ditadura e em defesa da democracia e de uma outra sociedade.

    Da mesma forma que essas lutadoras e lutadores do povo que nos inspiram, nós reafirmamos nosso compromisso com a luta do povo brasileiro e nossa disposição em dar nossas vidas para a construção de uma democracia mais ampla e mais profunda, que seja de fato popular e resolva os problemas estruturais do nosso povo. Ao contrário da saída antidemocrática que a Rede Globo e setores de direita apontam como solução para a crise política, econômica e social que vivemos, nós levantamos a bandeira do Brasil e a bandeira da Reforma Política, através de uma Constituinte Popular.

     

     

  9. Casos de agressão por uso de

    Casos de agressão por uso de vermelho se multiplicam; por que autoridades se calam?

    http://outraspalavras.net/alceucastilho/2016/03/19/casos-de-agressao-por-uso-de-vermelho-se-multiplicam-por-que-autoridades-se-calam/

    Publicado em 19 de março de 2016

    rubrofobia

    Intolerância tipicamente fascista ganha vista grossa de políticos e operadores do Direito; blog reuniu dez casos, entre prováveis centenas ou milhares pelo país

    Por Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)

    1 Fortaleza. Sexta-feira. Produtor é vítima de agressão por usar boné vermelho. O boné era de um time americano de baseball. Mas pensaram que era do PT. O produtor Marcelo Street chegou a ouvir: “Você não é brasileiro?”

    2) São Paulo. Quarta-feira. Warley Alves é hostilizado por estar com um boné vermelho onde estava escrito: “Zona sul“.

    3) Curitiba. Quinta-feira. Manifestantes agridem rapaz e ateiam fogo em camiseta do Che. O relato é do El País Brasil:

    Em Curitiba, um casal foi agredido porque vestia camisetas vermelhas, o que provocou a ira dos manifestantes anti-Dilma, que se caracterizaram por vestir roupas verde e amarela. A camiseta do rapaz, que tinha uma imagem de Che Guevara estampada, foi arrancada do seu corpo e, depois, incendiada. O rapaz tomou socos e chutes dos presentes.

    4 e 5) Rio e Londrina (PR). Mais relatos do El País:

    Enquanto isso, no Rio de Janeiro, seis policiais tiveram que escoltar um senhor vestindo vermelho até um táxi, após uma multidão tentar agredi-lo, lhe desejar a morte e encurralá-lo, aos gritos de “filho da puta”, informa Maria Martín. Em Londrina, no Paraná, um estudante da Universidade Estadual de Londrina também teve de ser escoltado pela polícia quando tentava passar por uma calçada de camiseta vermelha.

    6) São Paulo. Quinta-feira. Casal é agredido por defender rapaz vestido de vermelho. Vídeo mostra o publicitário Vinícius Vasconcellos fugindo, após levar chutes e tapas, e o casal sendo agredido; ele com soco, ela com tapa. O casal também participava do protesto antigoverno.

    FelipeLarozza-vice

    Publicitário agredido na paulista. (Foto: Felipe Larozza/ Vice)

    7) São Paulo. Quarta-feira. Mulher se refugia com bebê em supermercado. Conforme o relato da blogueira Matê da Luz, que estava na fila quando entrou uma mãe com um bebê de colo. “Vestia uma camiseta vermelha. O bebê chorava muito. Ela pediu abrigo ao segurança do mercado, ‘moço, estou sendo praticamente apedrejada na rua, estou com medo por causa do nenê’”. A moça atrás de Matê decidiu dar sua opinião: “Claro, né, ela é louca, petista andando pela rua com nenê de colo, tá pedindo pra apanhar”.

    8) São Paulo. Quarta-feira. Uma bicicleta vermelha é utilizada como um dos argumentos para agressão a um casal que “parecia petista“. Isadora Schutte ouviu a seguinte frase: “A bicicleta é vermelha, vai pra Cuba!”

    9) São Paulo. Quinta-feira. A professora Teresa andava pela ciclovia da Avenida Faria Lima. Um carro encostou ao seu lado, no sinal, e o motorista começou a gritar desaforos, apenas porque sua bicicleta era vermelha. E continuou andando emparelhado, após o sinal abrir. À noite, situação idêntica. Um carro passou raspando nela. Depois o motorista parou e começou a segui-la, “enlouquecido, xingando a bike vermelha“.

    10) Brasília. Hoje. Jornalista é intimidada por usar vestidinho vermelho. Vanessa Campos estava neste sábado em um café na asa norte:

    Sentadinha esperando meu expresso, vem um senhor me falar baixinho, com a chave do carro na mão, de terno bem cortado, “tá procurando o que aqui?”. Pensei que era assédio, ia me propor, sei lá, um sexo selvagem. Respondi: café. Ele riu, de um jeito que não sei como descrever, mas que me deixou gelada. “Não, você veio procurar confusão mas não se preocupe, você e seus ~compas~ vão achar logo mais”, e foi saindo. Não sei o que me deu, sou sempre muito calma, mas levantei e comecei a berrar, no meio de todo mundo: seu golpista escroto, não temos medo! 

    Há outros tantos casos de agressão porque as pessoas discordaram dos manifestantes, não aderiram a palavras de ordem, ou porque “pareciam petistas”. O fascismo se alastra.

    Mas as notícias são isoladas. Onde estão os defensores da liberdade de expressão?

    Por que tanta gente se cala?

    PS: Mais um caso relevante: De roupinha vermelha, bebê e mãe sofrem agressão: “Disse que ia me dar um tiro”
    PS2: Na página do Facebook do Outras Palavras, Marcos Lemmon relata: “Quinta recente eu vi, na Avenida Paulista, a ronda motorizada apontar arma para dois adolescentes que estavam de bermuda vermelha. Depois perceberam que era uniforme escolar”.
    PS3: Em Belo Horizonte, uma mulher de vermelho e turbante atravessava a rua na faixa de pedestres. Em uma caminhonete Hilux, um homem avançou em cima dela. Com o sinal fechado: “Morra, sua comunista macumbeira”. Uma jovem a puxou, e ela caiu na calçada. Depois, escreveu: “Que Exu proteja nossos caminhos, e que a Caboclada nos guie as mãos e a visão, para apontar a flecha que finca certeira”.

  10. Corrupção

    Prenderam mais um executivo da Petrobrás, ótimo! Quero saber quando um representante da Globo corrupta vai ser preso?

                                                

    Mais um executivo da Petrobrás foi preso, Raul Schmidt Junior, ligado ao diretor da área internacional da companhia, o também preso Jorge Zelada. A sociedade precisa saber que o Sindicato dos Petroleiros do Rio, muito antes da Lava Jato, já denunciava a maioria desses diretores e executivos presos. Enterros simbólicos em frente à sede da Petrobrás e nas unidades, escracho na residência dos diretores, bem como denúncias enviadas à PF e ao Ministério Público. Não houve qualquer resposta desses órgãos, muito pelo contrário, pois ao invés de punir os denunciados, ameaçavam a nós, os diretores que denunciávamos. Chegamos a ser proibidos pela Justiça de falar ao microfone o nome de alguns desses, inclusive de colocar o nome deles no boletim.

    O ex-presidente do Sindipetro/Caxias, Nilson Cesário, por fazer denúncias de corrupção à PF ao MP e a justiça contra os dirigentes da Petrobrás/Reduc, foi condenado e teve que pagar com sextas básicas para não ser preso.

    Enquanto os sindicalistas petroleiros são punidos pela justiça, o juiz Sérgio Moro, que chefia a Lava Jato, recebeu prêmio da Globo como gente que faz a diferença.

    A verdade é que, se antes ninguém se interessava pela corrupção na companhia, e agora a mídia só fala nisso, é por um sórdido e único motivo: querem destruir a imagem da Petrobrás para entregá-la.

    Escândalos como o da merenda nas escolas e do metrô de São Paulo, e outros maiores que o da Petrobrás como o Zelotes e o Swssleaks, que além da Globo envolve a Band, Folha, Grupo RBS, Editora Abril responsável pela Veja, Jovem Pan, entre outras empresas de comunicação. Nessas corrupções ninguém fala, investiga e ninguém vai preso.    

    Lógico que a Globo está por trás dessa campanha difamatória contra a Petrobrás. Na gestão de FHC a privatização era viabilizada assim: por um lado a mídia, principalmente a Globo, destruía a imagem da empresa, e por outro o governo congelava as tarifas e a empresa assim não podia investir para se modernizar. Pronto, estava pronta para ser entregue! Fizeram isso com a Vale, que acabou vendida a preço negativo.

    A Globo, no governo de FHC, já tentava privatizar a Petrobrás, fazendo campanha na mídia, comparando a Petrobrás a um paquiderme e chamando os petroleiros de marajás. E ainda hoje, a Globo faz campanha intensa e diária contra a Petrobrás chegou ao extremo de dizer em editorial que o  pré-sal pode ser patrimônio inútil.

    Todos os brasileiros honestos concordam com o combate a corrupção, e que ela seja investigada em todas as empresas, inclusive na Petrobrás, e que prendam todos os corruptos e corruptores. Aliás, isso só esta acontecendo nos governos do PT.  

    Agora focar a corrupção somente na Petrobrás é uma forma de destruir a companhia que mais investe no Brasil. A Petrobrás responde por 13% do PIB brasileiro; com os impostos que paga financia de 60% a 80% da obras no país, são milhões de empregos. E além de abastecer ininterruptamente de derivados de petróleo há 61 anos; os petroleiros e a Petrobrás desenvolveram tecnologia inédita no mundo que propiciou a descoberta do pré-sal.  Com essa descoberta, a Petrobrás acumula reservas de mais de 100 bi de barris petróleo, o que garante o abastecimento do país no mínimo nos próximos 50 anos. O pré-sal já produz mais de um milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer junto todo o Mercosul. Considerando o barril a U$ 40, temos um tesouro de U$ 4 trilhões, essa empresa está longe de estar falida. Mas isso tudo a mídia não diz!

    A mídia  quer passar a ideia de que a corrupção começou e só existe na Petrobrás e nega a contribuição que seus trabalhadores e a companhia prestam ao Brasil, isso tudo para destruí-la. A Petrobrás, para divulgar na mídia a conquista pela terceira vez do premio OCT, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo, teve que pagar, entretanto notícias negativas contra a companhia são divulgadas a todo instante. E a Globo sempre está à frente das denúncias contra a companhia, com o objetivo único de facilitar a entrega de nossa Petrobrás  aos gringos;

    A Globo que manipula a opinião pública contra a Petrobrás é a mesma que está envolvida no Swssileaks, com contas na Suíça para lavagem de dinheiro; que sonegou o Imposto de Renda da Copa do mundo de 2002; que é a principal suspeita de corrupção no escândalo da Fifa, já que foi monopolista das transmissões esportivas, inclusive o seu principal sócio, a TV TEM de São Paulo, é réu confesso no processo; a Globo apoiou e cresceu à sombra da ditadura e usou por 21 anos sem pagar o satélite da Embratel e foi contra a campanha das “Diretas Já!”

    Quando a Globo vai ter um dirigente corrupto preso?

     

    Rio de Janeiro, 21 de março de 2016 

    Autor: Emanuel Cancella, – OAB/RJ 75 300              

    End: Praia do Flamengo nº 100, apto. 905, CEP 22210-030;               

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     

     

      

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