Cidadania

Estudo destaca impacto do Bolsa Família na primeira infância

A pobreza entre os brasileiros na primeira infância cai de 80% para 6% por conta do Bolsa Família, segundo pesquisa elaborada entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

Antes de receber o benefício, quatro a cada cinco crianças de até seis anos (80%) estavam em famílias com renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. A transferência de renda proporcionada pelo programa fez com que a incidência caísse para menos de dois dígitos. Na região Centro-Oeste, chegou a 3,5%.

Na ausência do benefício, quase uma a cada quatro crianças brasileiras na primeira infância, 24%, estaria em situação de pobreza. Com o novo Bolsa Família, o número cai para 13%.

Uma das constatações é de que há maior concentração de crianças de 0 a 6 anos em famílias de baixa renda do que na média da população. No Brasil, 8,9% da população está nesta faixa etária, enquanto no Cadastro Único ela representa 15,9% dos inscritos.

Foram consideradas as famílias de baixa renda (renda mensal familiar per capita de até meio salário-mínimo, equivalente a R$ 660 à época), e com cadastro atualizado em outubro de 2023.

Desse modo, o cruzamento dos dados do Censo 2022 com o levantamento no CadÚnico também mostra que 55,4% de todas as crianças na primeira infância estão entre as famílias mais pobres do País.

A pesquisa avalia o impacto dos aumentos do benefício na primeira infância, isto é, da gestação aos 6 anos. Com a volta do Bolsa Família, as famílias passaram a receber R$ 150 para cada criança de zero a seis anos, o chamado Benefício da Primeira Infância (BPI), e outros R$ 50 para gestantes, nutrizes e crianças e adolescentes de sete a 18 anos incompletos, o Benefício Variável Familiar (BVF).

Foram consideradas as famílias de baixa renda (renda mensal familiar per capita de até meio salário-mínimo, equivalente a R$ 660 à época), e com cadastro atualizado em outubro de 2023.

Desse modo, o cruzamento dos dados do Censo 2022 com o levantamento no CadÚnico também mostra que 55,4% de todas as crianças na primeira infância estão entre as famílias mais pobres do País.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  • Sem alterar as estruturas de desigualdade que criam tais demandas sociais, é como enxugar gelo.

    Os programas de renda mínima têm o acerto de atacar as emergências, mas não conseguem estabelecer patamares de ascensão social que previnam o retorno a miséria, assim que são retiradas das agendas de governo, como aconteceu entre 2016 e 2022.

    E atacar desigualdade é tributar ricos.

    Para começar.

    Bem, não vejo essa possibilidade no horizonte né Haddad, temos que achar um modo justo de tributar as obscenas super fortunas, né?

    Algo como pedir ao tigre que vire vegetariano ou coma só uma ou duas galinhas por dia, ao invés de arrancar-lhe os dentes

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