Justiça determina prisão de policiais suspeitos de participar de chacina de Pau d’Arco

Foto: CNDH

Jornal GGN – No interior do Pará, a Justiça determinou a prisão temporária de treze policiais por suspeita de participação na chacina de Pau d’Arco, que deixou dez trabalhadores rurais mortas na fazenda Santa Lúcia, no sudeste do estado.

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público contra 11 policiais militares e dois civis, entre eles o coronel Carlos Kened Gonçalves de Souza. A chacina ocorreu em maio, quando 24 policiais foram cumprir mandados de prisão na fazenda.
No último sábado, Rosenildo Pereira de Almeida, líder do acampamento onde ocorreu o crime, foi executado ao sair de uma igreja. Ele havia deixado a comunidade que vivia com antigos ocupantes da fazenda porque estava recebendo ameaças, e a Polícia Federal investiga se o assassinato tem relação com a chacina.

Após a decisão judicial, policiais federais foram destacados para cumprir os mandados de prisão, sendo que oito PMs e um civil foram presos em Redenção, enquanto os outros foram detidos em Belém. Todos  foram levados para o Centro de Recuperação Especial Cel. Anastácio das Neves (Crecan), em Santa Izabel, na Região Metropolitana de Prisão.
O crime ocorreu no dia 24 de maio, quando os policiais foram à fazenda para cumprir mandados de prisão de suspeitos da morte do segurança Marcos Batista Ramos Montenegro, morto no dia 30 de abril.
O promotor Alfredo Martins de Amorim disse que o MP trabalha com evidências de execução, com a participação irregular de seguranças da fazenda na operação.
A respeito da prisão dos policiais, a Polícia Civil afirmou que trabalha com a Polícia Federal na investigação do caso que não se pronuncia sobre decisões judiciais. A Polícia Militar disse que as detenções temporários são parte da investigação e irá esperar o fim das apurações. As corregedorias da PM e da Civil também apuram a atuação dos oficiais na chacina.
Redação

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