Morte na Aduana chega à Câmara dos Deputados, por Marcelo Auler

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Paulão (PT-AL) proporá aos seus pares na CDHM acompanhar as investigações sobre a suspeita morte de Ademir Gonçalves da Costa, no posto da Receita Federal, em Foz do Iguaçu. Foto: Reprodução do laudo
Do blog de Marcelo Auler
Marcelo Auler
A investigação sobre a suspeita morte do paranaense Ademir Gonçalves Costa (39 anos), ocorrida em 28 de janeiro, na Aduana da Receita Federal, na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), poderá ganhar um novo fórum.

Nesta quinta-feira (13/07), ao tomar conhecimento do caso através da reportagem deste Blog – Morte na Aduana: cai o delegado. E agora MPF? -, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal, o deputado Paulão – Paulo Fernando dos Santos (PT-AL), convidou familiares de Ademir, o advogado que defende os interesses da  família. Almir dos Santos, e representantes dos movimentos de Direitos Humanos de Foz do Iguaçu a exporem aos membros da comissão detalhes do caso e as dificuldades para esclarecer as condições em que Ademir morreu.

Foram cerca de 30 minutos de conversa telefônica entre o parlamentar e o advogado, promovida pelo Blog. No final, o deputado considerou o caso grave:
“Estou chocado com as fotos que estão no laudo pericial independente. Passaremos a acompanhar o caso e verificar os procedimentos a serem tomados por nós. Entendo que a posição do delegado e da Procuradoria da República  estão equivocadas e temerosas. Elas violam os princípios dos Direitos Humanos e à Constituição da República que no seu artigo primeiro defende a dignidade da pessoa humana“, expôs Paulão.

Durante 30 minutos, o deputado Paulão conversou com seu conterrâneo de Alagoas, Almir Santos, que em Foz do Iguaçu defende o interesse dos familiares de Ademir Gonçalves da Costa. Fotos reproduções

A participação de familiares de Ademir, do advogado que defende os interesses deles e representantes dos movimentos dos Direitos Humanos de Fiz do Iguaçu na CDHM da Câmara ocorrerá logo após o recesso do parlamento, no início do mês de agosto.

Na conversa com o deputado, Santos informou expôs alguns receios ao deputado. Como narramos aqui no Blog, o juiz Edilberto Barbosa Clementino, da 5ª Vara Federal de Foz do Iguaçu (PR), determinou o prosseguimento das investigações com a substituição do delegado federal Renato Obikawa Kyosen que defendia o arquivamento do caso. Mas, segundo Santos, o chefe da Delegacia de Polícia Federal na cidade, delegado Fabiano Bordignon, indicou para presidir o inquérito um colega seu que está em férias.

Redação

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