Brasilianas.org discute a nova etapa da república no país

Conflito entre os poderes sugere necessidade de autoavaliação dos próximos passos da democracia
Antonio Cruz/ABr
A república é uma estrutura política em que um chefe de Estado é eleito pela maioria do povo ou por seus representantes, é o sistema mais consolidado no ocidente, mas que ainda passa por conflitos que exigem a ampliação da participação democrática, em diversas partes do mundo.
No Brasil os historiadores deram o nome de Nova República o período que se segue após a ditadura militar (1964-1985) e a criação da Constituição Federal de 1988. Os conflitos políticos recentes entre os poderes do sistema democrático brasileiro e a propagação do uso das redes sociais como ferramenta de articulação política de grupos civis sugerem que hoje a república brasileira passa por mais um momento de autoavaliação. Para debater esse tema, o apresentador Luis Nassif recebe hoje (23), a partir das 20h, no programa Brasilianas.org (TV Brasil), o cientista social Roberto Grün, o historiador Ronaldo Costa Couto e o colunista do Jornal GGN, Andre Araujo. Não perca!
Participe encaminhando perguntas que poderão ser selecionadas ao vivo. Clique aqui.
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Redação

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  • A crise política, ética e de valores

    Quando essas crises se entrelaçam, tem-se a necessidade de trabalhar aas estruturas mais profundas da sociedade, que passam pela formação política, o sistema educacional, de saúde, através das reformas estruturais (tributária, social e agrária), que caminhem na pwerspectiva de construir um novo padrão civilizatório.

     

    Eis aí a questão central das crises que atravessam o país, cujos desafios são permanentes e exigem de cada cidadão o envolvimento profundo na reconstrução do país, aproundando o sistema democrático, através da implementação da DEMOCRACIA PARTICIPATIVA........

  • O superavit primário

    O problema da Dilma é fazer o Brasil pagar o Superavit primário.

    Este Superavit primário é uma exigência neoliberal.

    O que a ilustre trinca, junto com o apresentador comentarista, acha de rompermos com o nefasto neoliberalismo e darmos um cambeque no Superavit primário?

    Mentes curiosas querem vossas opiniões. 

     

    Depois do fim do Brasil, Empiricus prevê dez anos de recessão

    Sócio da Empiricus, a polêmica casa de análise, o economista Felipe Miranda
    diz que estamos às vésperas de uma crise global e País não escapará ileso

    17/03/2015

    Por: Márcio JULIBONI

    <http://www.istoedinheiro.com.br/resources/jpg/4/9/1409676946094.jpg?keepThi
    s=true&TB_iframe=true&height=480&width=720> Bandeira do Brasil pintada em
    muro

    Parece título de filme apocalíptico, mas, depois de “O Fim do Brasil”,
    enfrentaremos “Dez Anos de Recessão”. A avaliação é do economista Felipe
    Miranda, sócio da Empiricus, a casa de análises independente que causou
    urticárias nos militantes mais aguerridos do PT, durante a campanha
    eleitoral de 2014. Em junho daquele ano, Miranda lançou a primeira versão da
    análise “O Fim do Brasil”, em que previa que o modelo desenvolvimentista
    adotado após 2008 levaria o País à crise. Processado pelo partido da
    presidente – e então candidata à reeleição – Dilma Rousseff, Miranda foi
    inocentado pela Justiça e viu a crise chegar a números piores que as suas
    previsões. Agora, ele afirma que estamos diante de uma década de carestia.

    Em um vídeo veiculado no site da Empiricus e no YouTube, Miranda afirma que
    a maior bolha de ativos financeiros da história global está prestes a
    estourar. Ela foi criada pela ação dos bancos centrais de todo o mundo, após
    a crise de 2008. No afã de estimular as economias locais, as autoridades
    monetárias injetaram maciças doses de dinheiro no sistema, a taxas de juros
    muito baixas – ou até mesmo, zeradas. Segundo Miranda, cerca de US$ 12
    trilhões entraram em circulação desde aquele ano, para evitar que a crise
    financeira se aprofundasse.

    “Os preços inflados estão na raiz do problema”, diz o economista. Por trás
    da sofisticação dos jargões e das contas, o raciocínio é simples. Se há
    muito dinheiro em circulação, o crédito fica mais acessível e mais barato.
    As pessoas começam a se endividar para consumir. A demanda eleva os preços –
    de carros a imóveis, passando por qualquer coisa. No mercado financeiro e de
    capitais, ocorre o mesmo. Bancos e investidores continuam tendo acesso a
    crédito farto e barato. O dinheiro é usado para comprar ações, títulos de
    dívida de países e empresas, imóveis.

    Bolhas

    A bolha se forma, quando o valor desses bens e investimentos se descola da
    realidade. Como medir isso? Um exemplo é comparar o preço das ações com o
    quanto as empresas lucram. Segundo Miranda, o S&P 500, um dos principais
    indicadores da Bolsa de Nova York, mostra a maior distância entre o valor
    das ações que compõem o índice e o retorno que as empresas geram, desde
    2008.

    Outro exemplo é a capacidade de pagamento dos bancos centrais. Somente o
    Federal Reserve, dos Estados Unidos, tem obrigações de US$ 4,3 trilhões em
    títulos de dívida circulando pelo mercado. O problema é que seus ativos (a
    soma dos bens que possui) totalizam apenas US$ 56 bilhões. Antes da crise de
    2008, o nível de alavancagem do Fed era de 22 para 1. Agora, está em 77 para
    1. Isso significa que, para cada 1 dólar de capital próprio, o banco central
    americano possui 77 dólares em dívidas contraídas. De prático, apenas parte
    dos investidores desconfiarem que o Fed não terá condições de pagar seus
    compromissos e decidirem antecipar a cobrança para se garantir, o banco
    quebra.

    A China também é destaque, entre as preocupações de Miranda. A economia
    chinesa vem desacelerando e muitos apontam que o país vive uma “fraude do
    crescimento”. O motivo seria o impulso artificial da construção civil. Antes
    da crise, em 2008, a construção respondia por 17% do PIB dos Estados Unidos.
    Na China atual, o porcentual é de 50%. Além disso, às vésperas do estouro da
    crise das hipotecas americanas, um cidadão demorava, em média, 4,3 anos para
    quitar sua casa. Para os chineses, esse tempo é de 18 anos. Traduzindo: a
    construção tem mais peso, com dívidas mais longas, no Oriente.

    Nas sombras

    Além de tudo, grande parte do dinheiro que gira a economia chinesa passa
    pelo que os especialistas chamam de “shadow banks”, ou bancos obscuros.
    Trata-se de instituições fora do sistema financeiro regulamentado, uma
    espécie de agiotas mais sofisticados. Estima-se que, em 2012, 69% do PIB do
    país fosse movimentado por esses mecanismos paralelos. Isso torna difícil,
    por exemplo, mensurar o real impacto de uma desaceleração na economia local.

    E o que tudo isso tem a ver com uma possível nova década perdida para o
    Brasil? Miranda afirma, no vídeo, que o estouro da bolha de ativos gerada
    pelos bancos centrais vai gerar uma “crise sem precedentes em esfera
    global”, com o “colapso generalizado” do sistema financeiro. O estouro seria
    traduzido pela reavaliação do preço desses investimentos. Ou seja: se o
    mercado entender que os governos não têm condições de honrar os títulos que
    venderam, o preço desses papéis vai despencar, arrastando todos os outros.

    Os efeitos globais dessa desconfiança serão a queda de cerca de 50% no valor
    das ações em todo o mundo; a insolvência de bancos; o desmantelamento da
    Zona do Euro; o estouro das bolhas de crédito e imobiliária na China; uma
    crise de capacidade de pagamento de dívidas de diversos países; a
    pulverização das moedas de nações emergentes e o fim do fluxo de capitais
    para essas regiões.

    Brasil

    Haveria vários canais de contaminação do Brasil. O primeiro é que a China é,
    atualmente, nossa maior parceira comercial, respondendo por 20% das
    exportações. O segundo é que dependemos de capital externo para financiar
    projetos importantes no País, como obras de infraestrutura e o pré-sal. Por
    isso, Miranda afirma que os dez anos de recessão serão antecedidos por
    alguns sinais: a) forte desvalorização do dólar, que pode bater em R$ 4; b)
    perda do grau de investimento do Brasil; c) aumento dos juros pagos pelo
    Brasil para captar dinheiro; d) forte queda no valor das ações; e) aumento
    do desemprego; f) queda dos salários e deterioração dos indicadores de
    distribuição de renda. “Os avanços sociais conquistados desde os anos 90
    estarão em risco”, afirma, no vídeo.

    Os prognósticos não são agradáveis e já despertam críticas de militantes
    políticos em redes sociais. O ponto, porém, é que, até aqui, Miranda acertou
    suas projeções, apesar do terremoto que causou com “O Fim do Brasil”. Em
    junho do ano passado, quando o publicou, o economista previa uma alta do
    dólar para R$ 2,60, a queda do superávit primário para cerca de 1% do PIB e
    um crescimento da economia da ordem de 1,3% para 2014. A realidade, porém,
    mostrou-se bem mais sombria: a moeda americana fechou cotada a R$ 3,246
    nesta segunda-feira 16. As contas do governo fecharam com um rombo (déficit
    primário) de 0,63%, o primeiro em mais de dez anos; e já há quem projete uma
    queda do PIB do ano passado, a ser divulgado no fim de março.

    Em entrevista à DINHEIRO, em janeiro, Miranda afirmou que a deterioração do
    cenário “foi pior do que imaginava”. Antigamente, dizia-se que um resfriado
    na economia global gerava uma pneumonia no Brasil. Com a economia
    enfraquecida, o risco de cair de cama novamente está cada vez maior. Diante
    da nova previsão de uma década perdida, a maior preocupação é de que,
    novamente, a realidade seja pior do que as estimativas.

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