Jornal GGN – Em consequência dos embates sobre a concessão de uso emergencial da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, o laboratório brasileiro União Química – responsável pela exportação do imunizante – deve entregar as primeiras doses da vacina para os governadores brasileiros e só depois as contratadas pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são do colunista Guilherme Amado, no site da Época.
A vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya da Rússia, vem enfrentando resistência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber a autorização de uso emergencial no país. Segundo a reguladora, há incertezas e “pontos críticos” na avaliação do imunizante.
De acordo com a coluna, no entanto, governadores do Nordeste suspeitam que a Agência está atrasando a autorização para que Bolsonaro “não passe um novo constrangimento de chegar ao país uma nova imunização pelas mãos dos governos estaduais e não pela do presidente”.
Em resposta à suposta tentativa do governo federal, o laboratório já teria decidido que, quando houver autorização, primeiro serão entregues as vacinas para os governadores e só depois as 10 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde, em março.
Neste cenário, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última terça-feira, 13, que a Anvisa analise ainda este mês o pedido do governo do Maranhão para importação excepcional da vacina russa.
Segundo a decisão, caso a agência não tome uma decisão sobre o tema nesse período, o estado estará automaticamente autorizado a importar o imunizante e distribuí-lo à população.
Vale lembrar que ao menos outros 12 governos estaduais também já pediram à Anvisa aval para importar o imunizante.
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