Organizações científicas defendem fortalecer sistema público para enfrentar Covid-19

Movimentos sociais lançaram o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19, um documento com propostas e que busca traçar o contexto da pandemia no Brasil

Jornal GGN – Organizações científicas da saúde e movimentos sociais lançaram, nesta sexta-feira (03), o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19, um documento que busca traçar o contexto da pandemia no Brasil, incluindo informações científicas, e analisa o papel do SUS, da Ciência e Tecnologia (C&T) e do Sistema de Proteção Social, frente às populações vulnerabilizadas.

“Com o descontrole da pandemia de Covid-19 no país, o Estado brasileiro tem por dever constitucional propor políticas e coordenar ações emergenciais de enfrentamento baseadas em evidências científicas e fortalecendo o SUS. É preciso que nossas instituições, toda a comunidade científica, os parlamentares e os movimentos sociais se mobilizem e atuem no sentido de pressionar os governos para que possamos enfrentar esta crise e defender a vida de todas e todos os brasileiros. Este plano é um instrumento para aumentar o debate com toda a sociedade e cobrar dos governos que cumpram o seu papel no controlar esta pandemia e suas graves consequências”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo.

Acompanhe o debate com o lançamento:

 

Da Associação de Médicas e Médicos pela Democracia

Com conhecimentos científicos em interface e ação coletiva, o Brasil tem como vencer a pandemia

Nesta sexta-feira, dia 3 de julho, entidades e organizações científicas da saúde e sociedade civil apresentaram o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19 em ato virtual com a presença dos Presidentes das Frentes Parlamentares

Na semana em que o Brasil ultrapassa 60 mil óbitos e o Executivo dá tímidas e lentas respostas a problemas já anunciados desde o início da pandemia, faz-se ainda mais importante uma ação efetiva e integrada das diversas esferas públicas no combate ao SARS-CoV-2.

Numa realidade marcada pela desigualdade social como a brasileira, essa resposta precisa ser uma estratégia abrangente, com várias medidas já conhecidas e que valorizem a interface dos conhecimentos e ação coletiva, como apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em coletiva realizada em 1º de julho. Estratégias fragmentadas e erráticas vão fazer o problema se prolongar.

No sentido de dar suas melhores contribuições a esse desafio, organizações científicas da saúde e sociedade civil que já haviam iniciado uma grande articulação na Marcha Pela Vida junto com demais organizações elaboraram o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19 – PEP-Covid-19, como nova contribuição da Frente Pela Vida. O documento amplo já está disponível em https://frentepelavida.org.br/

Com 10 partes, o documento traça um amplo arco de compreensão da pandemia como fenômeno, discute aspectos biomoleculares e clínicos; traz o Panorama Epidemiológico; analisa o papel do SUS, da Ciência e Tecnologia (C&T) e do Sistema de Proteção Social; e tece uma especial atenção às populações vulnerabilizadas e aos Direitos Humanos.

O Ato: A partir das 10 horas desta sexta-feira, dia 03, especialistas que redigiram o documento, juntamente com presidentes das entidades signatárias e lideranças da sociedade civil, vão fazer uma rápida apresentação do documento e destacar as principais das 60 recomendações detalhadas, e entregar os documentos aos Presidentes das Frentes Parlamentares. O sumário executivo e as recomendações serão encaminhados à imprensa após a apresentação. A transmissão pode ser assistida pela TV Abrasco pelo link e também na página da Frente pela Vida.

“Com o descontrole da pandemia de Covid-19 no país, o Estado brasileiro tem por dever constitucional propor políticas e coordenar ações emergenciais de enfrentamento baseadas em evidências científicas e fortalecendo o SUS. É preciso que nossas instituições, toda a comunidade científica, os parlamentares e os movimentos sociais se mobilizem e atuem no sentido de pressionar os governos para que possamos enfrentar esta crise e defender a vida de todas e todos os brasileiros. Este plano é um instrumento para aumentar o debate com toda a sociedade e cobrar dos governos que cumpram o seu papel no controlar esta pandemia e suas graves consequências”, diz Gulnar Azevedo, presidente da Abrasco.

Quem assina o PEP-Covid-19: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO); Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES); Associação Brasileira Rede Unida (Rede Unida); Associação Brasileira de Economia em Saúde (ABrES); Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn); Sociedade Brasileira de Virologia (SBV); Sociedade Brasileira de Bioética (SBB); Conselho Nacional de Saúde (CNS); Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT); Rede de Médicas e Médicos Populares (RMMP); Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD).

 

Redação

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