Jornal GGN – Os bolsonaristas, aqueles seguidores fiéis de Jair Bolsonaro, que insistem em demonstrar irrestrita adesão aos impopulares posicionamentos do mandatário, são 15% da população adulta. A informação é do Instituto Datafolha, que quis buscar qual parcela da “população” o presidente se dirige em seus discursos e decisões.
Nos últimos dias 23 e 24 de junho, o Instituto consultou os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno do pleito de dois anos atrás. São a minoria de 15% dos entrevistados que, mesmo após impasses, polêmicas e decisões controversas ao longo destes dois anos de mandato, continuam avaliando o governo como “ótimo” ou “bom”.
É o grupo de apoio máximo do presidente que, apesar de serem minoritários, são a base ruidosa de apoio que até convencem o mandatário de que eles representam a opinião de todos os brasileiros. São em sua maioria mulheres (60%), brancos, com renda superior à média do restante da população (40% deles recebem pelo menos três salários mínimos), e concentram-se na região Sudeste.
Entre as perguntas feitas pelo Datafolha, são eles que defendem um pouco menos (70%) o sistema democrático do que os demais (75%), mais da metade nega a existência da ditadura militar, apesar de 37% deles concordarem que o regime deixou mais fatos negativos do que positivos.
Uma parcela também significativa (36%) concorda com o fechamento do Congresso e ainda mais (44%) do Supremo Tribunal Federal, instituições democráticas. Para o restante dos brasileiros, essa taxa fica em 14% e 16%, respectivamente. E 36% dos bolsonaristas acreditam que o governo tem o direito de censurar jornais, TV e rádio.
“Sem Congresso, sem STF, sem imprensa livre, sem direitos humanos para todos, é esse o país idealizado e buscado com muito barulho, propaganda, mentira e artifícios jurídicos, por parte dos adoradores do santo Messias Bolsonaro”, anotou a Folha, neste ponto.
E, obviamente, 97% de seus seguidores fiéis o consideram preparado e 99% competente e sincero. Contra menos de um terço da população inteira. As diferenças do que pensam este público com o restante dos brasileiros segue para as demais perguntas: 85% acham seu desempenho ótimo ou bom frente ao coronavírus, contra 18% dos demais; 93% acham que ele mais ajuda do que atrapalha, contra 24% dos demais.
Substituta de Sergio Moro, juíza admite erros no caso Tacla Duran, mas garante que não…
Incertezas políticas e internacionais estão por trás da disparada de preços do minério, diz professor…
A cada dia, ficamos esquecidos no dia anterior sem ter conseguido entender e ver o…
Exército aumentou o número de militares e opera hospital de campanha; Transportes se comprometeu a…
Escritor e membro do MPT, Ilan Fonseca propõe alternativas ao oligopólio que controla trabalhadores sem…
Barragem 14 de Julho, no interior do Rio Grande do Sul, rompe com as fortes…
View Comments
Mapearam os idiotas. Finalmente apareceu um numero crível. 15%!
Estas amebas estão restritas a evangélicos neopentecostais (mulheres aqui), militares e polícias.
Engraçado como a questão das classes sociais simplesmente desapareceu. A pesquisa trata de faixa de renda, mas não do tipo de ocupação.
Interessante como, nas eleições, homem branco constituiu a faixa principal do eleitorado, mas o núcleo duro atual consista em mulheres brancas.
Vou aproveitar o espaço. Um fenômeno marginal que tem ocorrido é um tipo de condescendência em relação a parcelas do bolsonarismo cujos membros fariam parte de grupos identitários. Como se vê em https://jornalggn.com.br/artigos/o-que-fanon-diria-ao-ex-ministro-da-educacao-decotteli-por-djefferson-amadeus/, e https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/27/opinion/1540592921_823943.html.
Havendo uma dicotomia puramente mecânica hetero-homo, branco-negro operando em circunstâncias específicas, o discurso perde seu sentido de compreensão da realidade.