Flores em vida para o grande Nabor Pires Camargo

Roberto de Azevedo e Luciano Hortencio

O advogado e repórter do programa de Fausto Canova “Os Cantores do Rádio”,  Paulo Ramirez Santanna e o pesquisador musical Roberto de Azevedo, tiveram a feliz e louvável ideia de visitar o grande clarinetista e compositor NABOR PIRES CAMARGO. Fausto Canova achava que ele já tivesse falecido, porém, como Roberto tinha contatos profissionais em Indaiatuba, resolveu indagar e, para a alegria dos três, tiveram pleno êxito. O primeiro indagado era amigo do Nabor e informou que estava vivo, embora doente.

Em 22 de julho de 1995 Paulo Ramirez e Roberto de Azevedo tiveram o prazer de visitar e entrevistar o Grande Nabor, que já estava muito doente e alquebrado pela idade. Ele e Dona Cleonice estavam morando em Mococa, porém não estava bem adaptado. Suas primeiras palavras ao recebê-los foram “Entrem! A casa não e nossa, mas é como se fosse”.

Nabor estava triste pela morte de Ivany Ribeiro àquela semana. Sentia a perda de sua parceira em algumas composições e da amiga. Apesar disso, a entrevista foi muito boa. Dona Cleonice, mulher de Nabor (casaram na Igreja de Santa Cecília – São Paulo, em 1936), contribuiu muito para o clima de descontração e, ao final, escreveu a dedicatória do LP que foi presenteado a Roberto. Nota-se, pela foto, que esse já tinha grande dificuldade em assinar seu nome.

A entrevista foi ao ar no programa “Os Cantores do Rádio”, porém não foi gravada por Roberto de Azevedo, que estava em viagem fora do Brasil. De todo modo fica a certeza de que Nabor Pires Camargo recebeu flores em vida. Uma visita de cortesia para quem está velho e alquebrado é algo impagável. Os dois amigos tiveram a felicidade de proporcionar bons momentos ao clarinetista Nabor Pires Camargo.

A visita ficou documentada com as fotos que estão aqui anexadas. Ao Roberto de Azevedo nosso profundo agradecimento pelos dados e fotografias que disponibilizou e, sobretudo, por aceitar compartilhar esse Post.

luciano