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Quaest: Mercado diz que política econômica está no rumo errado, mas reconhece força de Haddad e economia estável

A pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, feita pela Genial/Quaest e divulgada nesta quarta-feira (20), aponta para controvérsias dos executivos de bancos e financeiras.

Enquanto a aprovação do governo caiu [veja abaixo], a simpatia pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aumentou.

Em novembro, quando foi feita a pesquisa anterior sobre o tema, o ministro tinha 43% de aprovação e agora tem 50%. Além disso, 51% avaliam que Haddad está mais forte.

Já 71% acredita que política econômica está no rumo errado, mas a expectativa de piora na economia recuou de 55% para 32%, em comparação a novembro. Enquanto 47% avalia que a situação permanecerá como está. 

As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) mostram que 32% esperam que em 2024 o resultado fique acima do índice de 1,78% projetado pela pesquisa Focus, do Banco Central. Apenas 10% apostam em um PIB menor. 

No cenário de inflação, 46% esperam redução e 36% estabilidade.

Reprovação do governo puxada pelos casos Petrobras e Vale

Hoje, 64% do mercado reprova o governo Lula (PT), um aumento de 12 pontos percentuais, comparado com a pesquisa de novembro.

O “intervencionismo” na economia foi apontado por 50% dos entrevistados como o maior risco do governo Lula. Essa avaliação seria explicada pela opinião sobre os casos Petrobras e Vale. 

O mercado reprova por quase unanimidade, 97%, a decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários aos investidores; e terá reflexo negativo na Bolsa de Valores para 85%.

No entanto, o setor espera que a decisão seja revertida: 52% acreditam que a distribuição será feita ainda este ano, contra 29% que esperam a transformação desses recursos em investimentos. 

Já 89% dizem que uma interferência do governo na Vale reduziria investimentos estrangeiros no Brasil.

Um total de 57% disseram que as declarações de Lula sobre a Vale e Petrobras os fizeram mudar sua carteira de investimentos.

Enquanto 23% avalia que o maior risco pro governo seria o estouro da meta fiscal e 19% acredita que a perda de popularidade do presidente.

Sobre o levantamento

A Quaest fez 101 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 14 e 19 de março. As entrevistas foram feitas on-line, através da aplicação de questionários estruturados. 

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

View Comments

  • Desculpe-me mas não acho nada disso .
    Com sincronismo , a Quaest/ Globo /Faria Lima , aproveitam a " queda"
    do Lula ( espiem só) por causa da Saúde e da Nísia , um exemplo de
    Mulher , e não pelas altas constantes dos alimentos e impostos , a
    correção do IR , Combustíveis e baixos salários , que atinge à todos
    sem distinção , mas este trio muda o foco Haddad ,para preservá-lo
    e dizem " é a saúde estúpido" , da qual não se houve um pio !!!
    Por má ou má vontade calam-se todos !!!
    Fernando " Henrique" Haddad , que perdeu 3 Eleições em sequencia ,
    está apto para perder a 4ª seja de titular ou vestindo a carapuça
    da 3ª Via !!! Obs; não dou 1Hora para vermos o Pavão na G. News ,
    logo depois que o Barroso cumpra seu expediente na casa !!!

  • Na linha consagrada da inesquecível e lapidar, "Se a Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor", aplico ao resultado dessa crônica datada 'pesquisa', mais que anunciada, igual afiada sabedoria do eterno Leonel de Moura, substituindo Globo por Rentivampiristas, sempre canalhas mercadores da pátria, de plantão.

  • O único rumo certo para os rentistas é aquele que engorda suas riquezas em detrimento da miséria da população.

  • Artigo tosco e sem aderência ou relevância de raciocínio lógico. Como o acionista maioritário é intervencionista? Como explicar isso? Nas empresas privadas o maioritário quando toma uma decisão, ele é intervencionista, ou exercendo sua competência maioritária? O que aconteceu com as Americanas? Desde de quando uma pesquisa que se foca em perguntas de mercado, direcionadas para o mercado rentista, para produzir notícia para economistas de araque, podem ser a opinião da maioria da população, que aliás são os majoritários, sem essa de plantar notícia né gente, mais responsabilidade é bom, é questão de sensatez...Expõe o extrato da pesquisa, e a quem direcionou as perguntas, e qual a razão das respostas dos rentistas, seria muito mais honesto.

  • Nesta velha e rançosa briga só não se diz claramente os interesses em jogo: o "mercado" trabalha só com finança e suas exigências de lucro fácil e rápido.Qualquer governo que tenha pretensões de usar o dinheiro público para o bem público será duramente castigado. E não há novidades nesse embate. Ele vem de longe, décadas em que a dupla mercado/mídia venceu disparada. Não por outro motivo o Brasil se mantém atrasado, subdesenvolvido e exportador de alimentos. A indústria que se lançava foi atingida pela "concorrência", descaso de seus dirigentes e governamental.
    Para tanto basta conhecer a História do Brasil.
    A Siderúrgica Nacional e a Petrobrás foram lançadas sob o bombardeio e criminoso da mesma mídia que hoje ataca o governo federal.
    O suicídio de Vargas atrasou o projeto que hoje é dono absoluto do Brasil.
    O sócio majoritário intervir na empresa pública é notícia exceto no dia a dia de milhões de empresas particulares.
    Informes publicados em diversas plataformas com mentiras desbragadas são corriqueiras: o governo é gastador e tem que ser contido mas esquecem, deliberadamente, que 40% do orçamento federal vai para poucos "investidores" que nada investem em atividade real, só no rentismo inócuo e calcado em juros criminosos.
    O fato de o "mercado" ver em Haddad um bom ministro é preocupante.
    Enfim, o tampo passa, o tempo voa e o "mercado" continua numa boa . . .

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