Quaest: Mercado diz que política econômica está no rumo errado, mas reconhece força de Haddad e economia estável

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Maioria dos executivos reprovam “intervencionismo” do governo e diz que esse é o maior risco para Lula

A pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, feita pela Genial/Quaest e divulgada nesta quarta-feira (20), aponta para controvérsias dos executivos de bancos e financeiras.

Enquanto a aprovação do governo caiu [veja abaixo], a simpatia pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aumentou.

Em novembro, quando foi feita a pesquisa anterior sobre o tema, o ministro tinha 43% de aprovação e agora tem 50%. Além disso, 51% avaliam que Haddad está mais forte.

Já 71% acredita que política econômica está no rumo errado, mas a expectativa de piora na economia recuou de 55% para 32%, em comparação a novembro. Enquanto 47% avalia que a situação permanecerá como está. 

As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) mostram que 32% esperam que em 2024 o resultado fique acima do índice de 1,78% projetado pela pesquisa Focus, do Banco Central. Apenas 10% apostam em um PIB menor. 

No cenário de inflação, 46% esperam redução e 36% estabilidade.

Reprovação do governo puxada pelos casos Petrobras e Vale

Hoje, 64% do mercado reprova o governo Lula (PT), um aumento de 12 pontos percentuais, comparado com a pesquisa de novembro.

O “intervencionismo” na economia foi apontado por 50% dos entrevistados como o maior risco do governo Lula. Essa avaliação seria explicada pela opinião sobre os casos Petrobras e Vale. 

O mercado reprova por quase unanimidade, 97%, a decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários aos investidores; e terá reflexo negativo na Bolsa de Valores para 85%.

No entanto, o setor espera que a decisão seja revertida: 52% acreditam que a distribuição será feita ainda este ano, contra 29% que esperam a transformação desses recursos em investimentos. 

Já 89% dizem que uma interferência do governo na Vale reduziria investimentos estrangeiros no Brasil.

Um total de 57% disseram que as declarações de Lula sobre a Vale e Petrobras os fizeram mudar sua carteira de investimentos.

Enquanto 23% avalia que o maior risco pro governo seria o estouro da meta fiscal e 19% acredita que a perda de popularidade do presidente.

Sobre o levantamento

A Quaest fez 101 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 14 e 19 de março. As entrevistas foram feitas on-line, através da aplicação de questionários estruturados. 

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

5 Comentários

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  1. Desculpe-me mas não acho nada disso .
    Com sincronismo , a Quaest/ Globo /Faria Lima , aproveitam a ” queda”
    do Lula ( espiem só) por causa da Saúde e da Nísia , um exemplo de
    Mulher , e não pelas altas constantes dos alimentos e impostos , a
    correção do IR , Combustíveis e baixos salários , que atinge à todos
    sem distinção , mas este trio muda o foco Haddad ,para preservá-lo
    e dizem ” é a saúde estúpido” , da qual não se houve um pio !!!
    Por má ou má vontade calam-se todos !!!
    Fernando ” Henrique” Haddad , que perdeu 3 Eleições em sequencia ,
    está apto para perder a 4ª seja de titular ou vestindo a carapuça
    da 3ª Via !!! Obs; não dou 1Hora para vermos o Pavão na G. News ,
    logo depois que o Barroso cumpra seu expediente na casa !!!

  2. Na linha consagrada da inesquecível e lapidar, “Se a Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor”, aplico ao resultado dessa crônica datada ‘pesquisa’, mais que anunciada, igual afiada sabedoria do eterno Leonel de Moura, substituindo Globo por Rentivampiristas, sempre canalhas mercadores da pátria, de plantão.

  3. Artigo tosco e sem aderência ou relevância de raciocínio lógico. Como o acionista maioritário é intervencionista? Como explicar isso? Nas empresas privadas o maioritário quando toma uma decisão, ele é intervencionista, ou exercendo sua competência maioritária? O que aconteceu com as Americanas? Desde de quando uma pesquisa que se foca em perguntas de mercado, direcionadas para o mercado rentista, para produzir notícia para economistas de araque, podem ser a opinião da maioria da população, que aliás são os majoritários, sem essa de plantar notícia né gente, mais responsabilidade é bom, é questão de sensatez…Expõe o extrato da pesquisa, e a quem direcionou as perguntas, e qual a razão das respostas dos rentistas, seria muito mais honesto.

  4. Nesta velha e rançosa briga só não se diz claramente os interesses em jogo: o “mercado” trabalha só com finança e suas exigências de lucro fácil e rápido.Qualquer governo que tenha pretensões de usar o dinheiro público para o bem público será duramente castigado. E não há novidades nesse embate. Ele vem de longe, décadas em que a dupla mercado/mídia venceu disparada. Não por outro motivo o Brasil se mantém atrasado, subdesenvolvido e exportador de alimentos. A indústria que se lançava foi atingida pela “concorrência”, descaso de seus dirigentes e governamental.
    Para tanto basta conhecer a História do Brasil.
    A Siderúrgica Nacional e a Petrobrás foram lançadas sob o bombardeio e criminoso da mesma mídia que hoje ataca o governo federal.
    O suicídio de Vargas atrasou o projeto que hoje é dono absoluto do Brasil.
    O sócio majoritário intervir na empresa pública é notícia exceto no dia a dia de milhões de empresas particulares.
    Informes publicados em diversas plataformas com mentiras desbragadas são corriqueiras: o governo é gastador e tem que ser contido mas esquecem, deliberadamente, que 40% do orçamento federal vai para poucos “investidores” que nada investem em atividade real, só no rentismo inócuo e calcado em juros criminosos.
    O fato de o “mercado” ver em Haddad um bom ministro é preocupante.
    Enfim, o tampo passa, o tempo voa e o “mercado” continua numa boa . . .

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