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A crise energética da Argentina

Enviado por Igor Cornelsen

Caro Luis

A crise energética argentina é fruto da política do presidente Kirchner.

Ele congelou as tarifas de produção de energia, inclusive de produção de gás em US $ 1,4 por milhão de BTU em 2002. Ninguém mais investiu em prospecção de gás, em produção e transporte de energia elétrica. Esta é uma crise que tinha hora certa para acontecer se a Argentina tivesse algum crescimento econômico. Era só o raciocínio de dono de botequim.

Primeiro a Argentina, outrora exportadora de gás para o Brasil e Chile deu um calote nestes contratos, depois deu um calote nas empresas, não entrega gás no inverno, e mais para frente, mantida esta política, dará calote nos consumidores residenciais. Por incrível que pareça importa gás da Bolívia pagando US $ 5 por milhão de BTUs e ainda congela o preço para os produtores locais nos mesmos US $ 1,4 dólares por milhão de BTUs dos tempos que os campos de gás argentinos não tinham consumidores para tudo o que os empresários acharam e canalizaram.

O caso da Argentina não é falta de planejamento é de falta de competência e de puro populismo latino

Enviado por: Andre Araujo

A crise energética da Argentina vem de décadas de não investimento e especialmente da total ausência de planejamento e políticas públicas nos anos Menem, quando a Argentina foi apresentada ao mundo como a catedral do neoliberalismo triunfante. Invés de construir novas usinas, Menem vendeu as velhas e ficou por aí, os novos donos não investiram em nova capacidade de geração e não havia qualquer populismo tarifário dessa década Menem-Cavallo. Se esse era o único problema porque os donos da geração , do gás e do petroleo não investiram?

Isso tudo não justifica o populismo tarifário do Governo Kirchner mas capacidade de geração, que é o problema argentino, não se constrói em dois ou três anos e portanto não se pode imputar ao atual Presidente a culpa pela falta de investimentos nos Governos anteriores

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • A crise energética da
    A crise energética da Argentina vem de décadas de não investimento e especialmente da total audência de planejamento e politicas públicas nos anos Menem, quando a Argentina foi apresentada ao mundo como a catedral do neoliberalismo triunfante. Invés de construir novas usinas, Menem vendeu as velhas e ficou por aí, os novos donos não investiram em nova capacidade de geração e não havia qualquer populismo tarifário dessa década Menem-Cavallo. Se esse era o único problema porque os donos da geração m , do gás e do petroleo não investiram?
    Isso tudo não justifica o populismo tarifário do Governo Kirchner mas capacidade de geração, que é o problema argentino, não se constroi em dois ou tres anos e portanto não se pode imputar ao atual Presidente a culpa pela falta de investimentos nos Governos anteriores.

  • Isso é populismo!!!!!
    Não é a
    Isso é populismo!!!!!
    Não é a mesma coisa mas, a tão falada crise energética no Brasil tem algo a ver c/ isso. É muito dificil conciliar modicidade tarifária p/ o consumidor e manter nível de investimento alto.
    Alguém uma hora vai roer a corda!!!

  • Sei que é um argumento muito
    Sei que é um argumento muito simplista mas, enfim, vamos a ele.
    A partir do momento que se remunera o investidor a níveis interessantes, c/ certeza, haverá investimentos em geração de energia. A remuneração está basicamente atrelada ao preço da energia pago ao gerador.
    Como virou moda algum tempo atrás, não existe almoço grátis.
    Não se terá grandes investimentos em geração se não houver remuneração ao investidor. E, não se remunera o investidor sem um preço de energia que seja minimamente atraente. Alguém tem que pagar a conta!!! Lembro de um evento do Projeto Brasil sobre energia onde a Dilma e o Tomalsquim diziam que o mais importante p/ eles era a modicidade tarifária. Pura balela!!!! Estamos vendo hj, depois do preço da energia ter praticamente dobrado que não se pode conciliar modicidade tarifária e politica de investimento.
    Como na Argentina, independente de qual governo é culpado, é tudo problema de falta de planejamento aliado a um populismo exarcebado.
    Nossa hora chegará!!!

  • A crise energética Argentina
    A crise energética Argentina demonstra a importância do PAC e permanente necessidade de acompanhamento da infraestrura de um país.

    Mas em tese a Argentina não deveria estar com problemas de energia poís o seu nível de produção ainda é inferior ao da década passada.

  • O problema em si nao foi a
    O problema em si nao foi a privatizacao, pelo q entendo ee q na Argentina nao haa agencias reguladoras para o setor, por isso nao haa uma melhor organizacao (i.e., nao foi um problema de estrategia do gov., como o q aconteceu no apagao do gov. FHC). Acho q foi a mesma descentralizacao dos "hermanos" q provocou a bancarrota q o pais sofreu... a descentralizacao q foi instituida pela constituicao.

  • Interessante é o
    Interessante é o desdobramento político para o Mercosul.
    A um mes atras, a Argentina vendeu gás para a Bolivia, porque o frio lá estava tambem causando estragos.
    Chile é dependente do gás argentino.

  • Oi Nassif
    Conhece a famosa
    Oi Nassif
    Conhece a famosa Lei de Murphy ?
    O que pode dar errado dará e no pior momento possível.
    E o caso argentino no setor energético.
    Agora cá entre nós , com um pouquinho de visão, com nossas vastas oportunidades no campo hidroelétrico, possibilidades de usinas nucleares modernas e com a integração da malha nacional de distribuição, além de escaparmos do nosso apagão é um passo a virar exportador de energia para nossa vizinha e parceira de Mercosul.
    ( )s Paulo

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