A privatização do setor elétrico paulista foi coordenada pelo então vice-governador Geraldo Alckmin e pelo atual presidente da Eletropaulo, Eduardo Bernini. A idéia, na época, foi tirar os passivos das empresas privatizadas e transferir para as remanescentes.
O correto seria dirimir todas as pendências antecipadamente, para impedir perda de valor. No caso da CTEEP (Transmissora Paulista), além da pendência com a Eletrobrás (em torno de dívidas que presumivelmente seria da Eletropaulo), há um passivo potencial de R$ 1,5 bilhão, referente a compromissos com aposentadorias. O cálculo é em cima do valor presente dos fluxos de aposentadorias a serem bancados pela empresa.
Esses dois fatores é que espantaram os investidores no último leilão.
Apesar do Secretário de Planejamento de São Paulo garantir que a ação da Eletropaulo (tentando passar para a CTEEP dívidas junto à Eletropaulo) não traz risco nenhum, um dos grandes candidatos ao leilão consultou três grandes escritórios de advocacia. Opinião unânime: é caso perdido, a dívida terá que ser assumida pela CTEEP. Lembre-se que o beneficiário dessa ação -a Eletropauloé dirigida por Eduardo Bernini, que foi o responsável pela modelagem do setor elétrico paulista.
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