Justiça

Fux pede vista e interrompe julgamento da desoneração da folha

Fux pede vista e interrompe julgamento da desoneração da folha

Da Agência Brasil

Por André Richter – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem cinco votos para manter a decisão individual do ministro Cristiano Zanin que derrubou a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios até 2027. A Corte começou a julgar nesta sexta-feira (26) no plenário virtual se a liminar de Zanin será referendada.

Até o momento, o placar da votação está 5 votos a 0 pela manutenção da decisão, que foi motivada por uma ação da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que representa o governo federal na Justiça.

Além de Zanin, os votos foram proferidos pelos ministros Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Edson Fachin.

Apesar dos votos, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista feito pelo ministro Luiz Fux. Não há data para a retomada do julgamento. A suspensão da desoneração continua em validade.

Na ação protocolada no STF, a AGU sustentou que a desoneração foi prorrogada até 2027 pelo Congresso sem estabelecer o impacto financeiro da renúncia fiscal. A petição foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias.

A ação também contestou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que invalidou o trecho da Medida Provisória (MP) 1.202/2023. A MP derrubou a desoneração previdenciária para pequenas e médias prefeituras.

Ao aceitar os argumentos da AGU, o ministro Cristiano Zanin entendeu que a aprovação de desoneração pelo Congresso não indicou o impacto financeiro nas contas públicas.

“O quadro fático apresentado, inclusive com a edição de subsequentes medidas provisórias com o objetivo de reduzir o desequilíbrio das contas públicas indicam, neste juízo preliminar, que há urgência em se evitar verdadeiro desajuste fiscal de proporções bilionárias e de difícil saneamento caso o controle venha a ser feito apenas ao final do julgamento de mérito”, justificou Zanin.

Mais cedo, o Senado recorreu da decisão de Zanin e pediu que o ministro reconsidere sua decisão.

LEIA TAMBÉM:

Redação

Redação

Recent Posts

Tapetão na Sabesp, por Simão Pedro, Eduardo Fonseca e Amauri Pollachi

Estadão ignora que a maioria dos paulistanos é contra o referido projeto de lei que…

1 hora ago

Virginia Rodrigues celebra artistas negros em ‘Poesia e Nobreza’

Trabalho destaca fundamental contribuição de artistas negros para a música brasileira. Disco chega às plataformas…

2 horas ago

RS debaixo d’água: O problema não está nas nuvens, por Felipe Costa

Não é de hoje que os empresários e os governantes gaúchos cometem barbeiragens grosseiras e…

2 horas ago

A “arapuca” armada por Campos Neto para sabotar a queda dos juros, por Lauro Veiga Fº

Seus objetivos foram alcançados ontem, mas não sem custos para o próprio BC e para…

2 horas ago

A água, o duro acaso mineral (por Camões e Drummond), por Romério Rômulo

Um tempo de espanto, tão jacente / que a memória de tudo vê ainda /…

2 horas ago

Luís Nassif: a guerra decisiva contra os juros abusivos

A redução dos juros permitirá que a riqueza financeira possa cumprir sua missão: investir em…

3 horas ago