A indústria brasileira ampliou sua produção em 0,1% no mês de abril, resultado que não ajuda a compensar as perdas registradas ao longo do ano, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, a melhora no comportamento da indústria é insuficiente para compensar as perdas do passado: “O ganho acumulado de 1,4% nesse período de fevereiro a abril não elimina nem a queda de 1,9% registrada em janeiro. Mesmo que nos últimos 6 meses a indústria tenha mostrado 5 taxas no campo positivo, ainda assim está 1,5% abaixo de fevereiro de 2020 e 18% abaixo do ponto mais alto da série, em maio de 2011”.
O setor registrou seu terceiro avanço consecutivo, acumulando ganhos de 1,4%. Entretanto, o segmento acumula queda de 3,4% nos quatro primeiros meses deste ano e, no período de 12 meses, o acumulado caiu 0,3% – primeiro resultado negativo desde março de 2021 (-3,1%).
Ao longo do mês, o segmento avançou em 16 das 26 atividades, com destaque para o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com crescimento de 4,6%. Outras atividades que contribuíram para a variação positiva de abril foram bebidas (5,2%) e outros produtos químicos (2,8%).
Entre as dez atividades com redução, produtos alimentícios (-4,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%) exerceram os principais impactos.
Duas das quatro grandes categorias econômicas tiveram alta, bens de consumo semi e não duráveis (2,3%) e bens intermediários (0,8%). Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (-9,2%) e de bens de consumo duráveis (-5,5%) tiveram recuos nesse mês, ambos interrompendo dois meses seguidos de crescimento na produção.
A melhora está relacionada ao fim das restrições sanitárias, mas os fatores que dificultam a retomada seguem os mesmos, como o aumento do custo de produção e o impacto da escassez de algumas matérias-primas.
PIB cresce 1% no primeiro trimestre, aponta IBGE
Redução de taxa de importação não vai baixar preços do feijão, do arroz e da carne
Desemprego cai para 10,5% em abril, aponta IBGE
Inundadas, penitenciárias tiveram de transferir detentos para andares mais altos e não têm condições de…
Hamas aceitou uma proposta de cessar-fogo entre o Egito e o Catar para interromper a…
Em comunicado, grupo de conservadores afirma que posições do tribunal contra Israel são ‘ilegítimas e…
Após secas causadas pelo La Niña, chuvas trazidas pelo El Niño podem afetar abastecimento da…
O chefe do Executivo reiterou o desejo de fazer tudo o que estiver ao alcance…
O governo Dilma gastou R$ 3,5 mi pelo trabalho, abandonado após reforma ministerial; inundações, secas…
View Comments
Desde 2011 para cá o País não obteve níveis de crescimento condizentes com suas necessidades. O setor industrial apresenta tempos de retorno mais amplos do que a maioria dos serviços e comércio. Sem os investimentos, a indústria vai reduzindo a participação na realização do PIB e vive esse sobe e desce, medido por essas avaliações. O que cada um desses segmentos referidos representariam, caso fosse apresentado um gráfico mostrando com precisão essa participação, revelaria melhor os significados desses índices. A questão da evolução da renda na sociedade implica, não apenas em relação à indústria, na conformação do mercado consumidor. Tanto o consumo doméstico como o consumo corporativo, integram essa conformação. Caso considerar-se, que indústria no sentido mais profundo é a aplicação do domínio de conhecimento nas técnicas de produção. São poucas as indústrias a se enquadrar, existem fábricas com equipamentos modernos, algumas até 4.0 , mas indústria indústria mesmo, talvez não existam tantas. Sem a decisão sobre qual futuro terá o País num mundo em constante mudança, será difícil mudar essa realidade.