O aumento da taxa Selic para 7,50% anunciado ontem pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) levou o país à quinta colocação entre as maiores taxas de juros reais do mundo, segundo levantamento elaborado pelo economista Jason Vieira, da consultoria MoneYou.
A taxa de juros brasileira, descontada a inflação e projetada para os 12 meses, chegou a 1,7%, após o ajuste de 0,25 ponto percentual oficializado pelo colegiado federal. De acordo com a pesquisa, os números estão acima do apurado em países como Hungria (1,4%), Grécia (1,1%), Suíça (0,9%) e Índia (0,6%), mas são inferiores ao visto na Argentina (3,8%), China (2,8%), Rússia (2,3%) e Chile (1,7%).
A Argentina também é detentora do maior patamar de juros dos últimos 12 meses (descontada a inflação dos últimos 12 meses), com 4,2% ao ano, seguido por China (3,8%), Chile (3,4%), Hungria (2,7%) e Polônia (2,2%). O Brasil está na 13ª colocação, com uma variação de 0,9%.
O ranking de juros mundiais realiza um comparativo entre as taxas praticadas em 40 países do
mundo, e os classifica conforme as taxas de juros nominais determinadas pelos respectivos
bancos centrais e as projeções médias de inflação futura (Ex Ante) das respectivas autoridades
monetárias.
Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.