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USP: a lei e a democracia continuam sendo desrespeitadas por baderneiros simpatizantes da maconha

Os esutudantes (rebelados) que invadiram a Reitoria da USP decidiram nesta quinta-feira resistir e não desocupar o local. A Justiça determinou a desocupação em 24 horas.. O impasse teve início quando a Polícia Militar, cumprindo sua missão consitucional, prendeu em flagrante, no interior do campus da Universidade de São Paulo (USP), três universitários por porte de maconha- crime previsto na Lei de Entorpecentes (Lei Federal 11343/06)- onde alguns estudantes, contrários à medida legal, resolveram, em protesto contra o que chamam de ‘radicalismo ditatorial’, além de entrar em confronto com os policiais ocupar, desde quinta-feira passada, o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, como se as dependências daquela universidade fosse um campo livre e autorizado para consumir drogas. Uma verdadeira falta de respeito à lei e à democracia. Exigem agora a retirada da PM do policiamento interno do local, apesar de convênio existente para que a PM patrulhe o local.

 Nesta terça-feira, 01/11, em nome da lei e da democracia, cerca de 200 estudantes participaram de um protesto a favor da permanência da PM no campus da universidade. A manifestação foi pacífica sendo permitido, inclusive, discurso dos contrários a tal posicionamento. “A ditadura acabou em 1984. Não é possível ficar com delírios e lutar contra fantasmas que não existem mais”, disse Márcio Góis, aluno do segundo ano de Filosofia. Ainda bem que nem tudo está perdido e há estudantes com tais pensamentos, não revanchistas. No discurso dos estudantes, que apoiam a presença da PM, foi dito que alguns colegas utilizam o campus para consumir e também traficar drogas. Profundamente lamentável tal denúncia.

Estudantes permanecem agora ocupando a Reitoria da USP desde da manhã desta quarta-feira, numa simples troca de posição do local ocupado. O radicalismo dos rebelados prossegue. Um grupo. derrotado em assembleia na USP, na noite anterior, decidiu ocupar o prédio da Reitoria. A decisão da nova invasão foi tomada após assembleia realizada, quando os universitários optaram por desocupar o prédio da administração da FFLCH. Os da ala radical não aceitaram o resultado e decidiram invadir o prédio da reitoria. Mais um desrespeito a um ato democrático. Querem, por certo, a universidade livre para consumir e traficar drogas sem serem importunados pela polícia. Será que os pais têm ciência disso? Dos mais de mil presentes na assembleia, 559 votaram a favor da desocupação e 458, contra. Os integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) deixaram o local após a votação, mas o grupo que encabeçou a invasão não aceitou a decisão. Na nota divulgada, o grupo que decidiu pela invasão do prédio da reitoria informou que uma nova direção do movimento de ocupação foi eleita sem, entretanto, informar o quórum da decisão. Com se vê mais uma atitude antidemocrática.

Certamente que a ‘corrente progressista’, que almeja a descriminalização e legalização de drogas no país está aplaudindo de pé o posicionamento dos revoltosos universitários. Não demora muito, se é que já não providenciaram, haverá uma marcha em apoio aos usuários e traficantes rebelados da USP. Neste contexto de revolta e polêmico debate, continuo, no entanto, firmemente acreditando que o melhor caminho é da prevenção. Por isso mesmo pais e responsáveis precisam estar permanentemente alertas antes que a desgraça definitiva ocorra com seus filhos e ter algum conhecimento dos sinais do uso do uso de drogas a seguir descritos, sendo que pode ocorrer a presença de todos os sinais ou apenas alguns deles, senão vejamos:

             – mudanças bruscas no comportamento;

             – falta de motivação para atividades cotidianas, inclusive esportes;

             – queda no rendimento escolar ou abandono dos estudos,

             – queda na qualidade do trabalho ou seu abandono;

             – inquietação, irritabilidade, agressividade, desconcentração, insônia, ou,

               ao contrário, depressão e sonolência;

             – atitudes impulsivas;

             – marcas ou hematomas nos braços;

             – olhos constantemente avermelhados;

             – boca ressecada;

             – palidez acentuada e dilatação da pupila;

             – idéias delirantes (mundo de fantasia);

             – troca do dia pela noite;

             – emagrecimento repentino, sem causas aparente;

             – sumiço de dinheiro e bens materiais em casa.

  

Nesse contexto, de prevenção ao uso de drogas, convém lembrar o trabalho, de mais de 15 anos, efetuado pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, no PROERD ( Programa Estadual de Resistência ao Uso Indevido de Drogas), junto a escolas de primeiro grau, já tendo diplomado, ao longo de todos esses anos, milhares de alunos, principalmente da rede pública de ensino, os menos aquinhoados, moradores de comunidades mais pobres onde a influência da ação de cooptação do tráfico é flagrante. Ressalte-se que a escola, uma importante agência de controle social, que influencia a formação cidadã do jovem, deve também desenvolver programas de prevenção, estabelecendo um intercâmbio democrático entre alunos, pais e professores, despertando, na comunidade escolar, uma consciência crítica em relação aos problemas que derivam do uso de drogas – o avanço do crack é preocupante hoje – aí incluídos o álcool e também o cigarro.

        A realidade é que se faz necessário que todas as forças do bem, numa postura de alerta máximo, invistam na prevenção e na repressão inteligente ao tráfico de drogas. Drogas não agregam valores sociais positivos. Portanto, todo cuidado é pouco quando o assunto é drogas. Está em jogo o futuro das novas gerações. Espera-se agora o bom senso dos baderneiros na desocupação do local antes que a polícia faça uso de sua força legal para dar cumprimento à decisão judicial.

                                                        

               Milton Corrêa da Costa é coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro

 

 

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