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Emprego industrial varia -0,2% em julho

Jornal GGN – O total de cidadãos ocupados assalariados na indústria registrou uma variação negativa de 0,2% em julho frente ao mês anterior, segundo a série livre de influências sazonais divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esta foi a terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, acumulando uma perda de 0,7% ao longo do período. Com esses resultados, a média móvel trimestral assinalou variação negativa de 0,2% no trimestre encerrado em julho frente ao nível do mês anterior e permaneceu com a trajetória ligeiramente descendente iniciada em abril último.

O emprego industrial mostrou variação negativa de 0,8% no índice mensal de julho de 2013 (comparado a julho de 2012), 22º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde fevereiro último (-1,2%). No índice acumulado para os sete meses de 2013, o total do pessoal ocupado na indústria também assinalou recuo de 0,8%. A taxa acumulada em 12 meses recuou 1,1% em julho, repetindo o resultado observado no mês anterior, mas apontou queda menos intensa do que as registradas em fevereiro (-1,5%), março (-1,4%), abril (-1,3%) e maio (-1,2%).

A comparação com julho do ano passado mostra redução no contingente de trabalhadores em 12 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu na região Nordeste (-4,3%), pressionado pelas taxas negativas em 12 dos 18 setores investigados, com destaque para as indústrias de calçados e couro (-8,3%), alimentos e bebidas (-3,6%), minerais não-metálicos (-7,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-14,4%), vestuário (-3,3%), produtos de metal (-8,0%), borracha e plástico (-6,5%), produtos têxteis (-4,6%) e indústrias extrativas (-6,4%).

Outros resultados negativos ocorreram na Bahia (-7,4%), Rio Grande do Sul (-2,1%) e Pernambuco (-5,3%). O primeiro foi influenciado pelas quedas nos setores de calçados e couro (-27%) e de minerais não-metálicos (-22,9%). O segundo foi pressionado pelos ramos de calçados e couro (-10,1%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-22,1%). O último por conta das perdas em alimentos e bebidas (-7,1%) e borracha e plástico (-28,3%).

O Estado de Santa Catarina registrou crescimento de 1,3% em julho, e apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país, impulsionado pelos setores de borracha e plástico (8,4%), produtos de metal (9,3%), máquinas e equipamentos (2,4%), madeira (5,3%), meios de transporte (7,8%) e vestuário (1,1%).

Setorialmente, o índice mensal mostra que o pessoal ocupado assalariado recuou em 12 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de calçados e couro (-5,5%), produtos de metal (-3,5%), máquinas e equipamentos (-2,5%), outros produtos da indústria de transformação (-3,6%), produtos têxteis (-3,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,5%). Os principais impactos positivos ocorreram em alimentos e bebidas (1,8%), borracha e plástico (3,4%) e meios de transporte (1,5%).

O emprego industrial no ano registrou taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 13 dos 18 setores investigados. Entre os locais, a região Nordeste (-4,3%) apontou o principal impacto negativo, seguida por Rio Grande do Sul (-2,4%), Pernambuco (-7,4%), Bahia (-5,3%) e São Paulo (-0,3%). Paraná (0,9%) e Santa Catarina (1,0%) exerceram as pressões positivas mais importantes no acumulado dos sete meses do ano.

Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de calçados e couro (-5,4%), vestuário (-3,7%), outros produtos da indústria de transformação (-4,2%), produtos têxteis (-3,7%), máquinas e equipamentos (-1,8%) e madeira (-5,1%), enquanto alimentos e bebidas (1,9%) e borracha e plástico (2,9%) responderam pelas principais influências positivas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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