Categories: Energia

Acidentes ambientais e custos da exploração offshore

Por Edmar de Almeida e Helder Consoli, do Blog Infopetro

Ao longo da história da indústria do petróleo, verifica-se a necessidade de que as empresas que atuam no setor avancem suas atividades do upstream em direção a novas fronteiras de exploração. Neste sentido, observa-se a trajetória da indústria que iniciou suas atividades de exploração em terra e, a partir do final dos anos 1930, no mar. A escassez do petróleo implica que as empresas busquem tal matéria-prima em condições geológicas mais complexas.

A medida que a indústria evolui sobre estas novas fronteiras de exploração, os desafios tecnológicos se modificam e os riscos da atividade aumentam e se tornam evidentes, enquanto as demandas tecnológicas não são perfeitamente atendidas. Deste modo, é necessário que o ambiente institucional, correspondente ao momento da indústria, se adapte a estes novos desafios de maneira a permitir que a exploração e produção de petróleo ocorram em níveis de segurança adequados, evitando acidentes, danos ao meio ambiente e à sociedade.

O forte crescimento da participação da exploração e produção offshore implica na necessidade de avanços tecnológicos e adaptação institucional aos desafios intrínsecos desta fronteira tecnológica. Este segmento apresenta um potencial de expansão muito importante nos próximos anos, em particular no Brasil, na Costa Oeste da África e, em menor medida, no Golfo do México. A necessidade de mudanças regulatórias relativas ao setor ficou evidente a partir do acidente na plataforma Deepwater Horizon, em abril de 2010. Segundo estimativas, o período de 87 dias de vazamento de petróleo, derramou o equivalente a 5 milhões de barris no mar do Golfo. O relatório final da Oil Spill Commission aponta que as principais causas do acidente decorreram da imprudência da BP, visando a redução de custos nas operações da plataforma, e da fragilidade institucional dos órgãos responsáveis pela garantia da segurança operacional nos Estados Unidos. (…) O texto continua no Blog Infopetro.

Ronaldo Bicalho

Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ronaldo Bicalho

Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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