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Merrill Lynch desembolsa US$ 160 milhões em processo de discriminação racial

Jornal GGN – O Merrill Lynch, um dos maiores bancos norte-americano de investimentos e provedor de serviços financeiros, concordou em pagar US$ 160 milhões para resolver um processo de preconceito racial após oito anos, segundo o jornal The New York Times.

A soma seria a maior já distribuída aos demandantes de um processo de discriminação contra um empregador dos Estados Unidos. O Merrill, que foi recentemente adquirido pelo Bank of America, também concordou em aceitar conselhos de empregados negros para melhorar suas chances de sucesso como corretores da instituição.

A empresa se recusou a confirmar os termos do acordo preliminar, divulgado pela advogada dos empregados em Chicago. Mas calcula-se que o montante, disponível a todos os corretores e estagiários negros, é maior do que o oferecido por outras corporações processadas funcionários que sofreram preconceito racial – incluindo gigantes como Texaco e Coca-Cola, também de acordo com a advogada. Outras empresas de Wall Street também já se envolveram em processos parecidos, como Morgan Stanley, com recentemente pagou US$ 16 milhões a funcionários por exigir determinado tipo de roupa a seus corretores negros e hispânicos.

Entre as muitas voltas no caso foi a admissão em um depoimento da Merrill primeiro chefe executivo negro, E. Stanley o ‘ Neal, que corretores negros podem ter mais dificuldade, porque a maioria dos potenciais clientes da empresa era branca e não poderia confiar em sua riqueza para os corretores que não eram.

“Estamos trabalhando em direção a uma resolução muito positiva de uma ação movida em 2005 e realçando oportunidades para consultores financeiros afro-americanos” disse Bill Halldin, porta-voz da Merrill Lynch, nesta terça-feira (27). Quando o primeiro processo foi apresentado à justiça, em 2005, somente um em cada 75 corretores no Merrill. Um dos processantes, George Mc Reynolds afirmou que vários deles receberam ajuda de seus gerentes no início, mas foram condenados ao ostracismo por colegas de trabalho.

McReynolds, agente de longa data em Nashville, ainda trabalha para Merrill, oito anos depois de tomar o passo difícil de processar seu empregador. Agora, aos 68 anos, disse que esperava para preencher um assento no Conselho de liderança que o Merrill concordou em criar para assessorar a empresa na contratação e tutoria dos negros.

Como a maioria das empresas de Wall Street, Merrill foi dominado por homens brancos — sua força de corretagem foi chamada “marinha irlandesa” — e sua história é pontilhada com disputas sobre a aceitação de mulheres e minorias. A empresa recorreu da decisão do Supremo Tribunal, mas a audiência foi negada. A data do julgamento foi definida para janeiro de 2014, mas Merrill decidiu resolver, ao invés de arrastar a luta por mais tempo.

Redação

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