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Painel internacional

BP deve substituir presidente por norte-americano


O conselho da British Petroleum (BP) deve nomear na segunda-feira um norte-americano, Robert Dudley, como seu executivo-chefe, substituindo Tony Hayward, cujos repetidos tropeços durante os três meses de derramamento de óleo da companhia no Golfo do México, indispôs autoridades estaduais e federais, bem como os moradores do litoral do Golfo. A nomeação prevista de um norte-americano para dirigir a companhia sediada em Londres, que foi confirmada por uma pessoa próxima ao conselho da BP, assinala o quão vital os Estados Unidos se tornaram para a BP. Cerca de um terço dos poços de petróleo e gás da empresa, refinarias e outros interesses empresariais estão nos Estados Unidos, e 40% dos seus acionistas são norte-americanos.

A medida também seria um reconhecimento por parte do conselho que, embora o petróleo tenha parado de jorrar no golfo, lidar com as consequências do acidente da plataforma Deepwater Horizon – de dezenas de bilhões de dólares em indenizações a possíveis acusações criminais e novas regras sobre perfurações marítimas – provavelmente vai dominar a agenda da empresa durante anos. “É no melhor interesse da empresa seguir adiante com nova liderança”, disse a pessoa próxima ao conselho de administração, que falou sob condição de anonimato, porque não estava autorizada a discutir as mudanças.

Dudley, 54, que cresceu no Mississippi e passava os verões pescando e nadando no Golfo, foi o responsável pela reação da BP ao derramamento no mês passado. Antes disso, ele era mais conhecido por administrar a parceria da companhia na Rússia, onde ele uniu em 2008 os parceiros de negócios da BP e o governo russo, sobre o controle da operação. Essas experiências podem ajudá-lo em seu novo trabalho, que exigirá habilidades políticas consumadas para convencer a todos, desde o Presidente Obama aos pescadores ociosos, que a BP vai garantir o pagamento integral da limpeza e segurança na perfuração e exploração de poços em águas profundas.
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E mais:
China investe fortemente no Brasil, em busca de peso político
Bancos alemães escondem exposição à dívida grega
Economia global desacelera
Mensagem de Obama aos eleitores: as coisas podem piorar

China investe fortemente no Brasil, em busca de peso político

Bem aqui, ao longo das areias douradas que embelezam o litoral atlântico em 175 milhas ao norte do Rio de Janeiro, a China está forjando uma nova realidade econômica. Bem além de um porto onde os trabalhadores estão construindo um píer de duas milhas de comprimento para acomodar navios enormes conhecido como Chinamaxes – que vão transportar minério para a voraz indústria de aço da China, além de um ancoradouro para os navios-tanque levarem petróleo a Pequim, uma cidade de fábricas está brotando em uma ilha de quase o dobro do tamanho de Manhattan. Muitas das estruturas serão construídas com investimentos chineses: uma usina siderúrgica, um estaleiro, uma fábrica de automóveis, uma fábrica para produção de óleo e equipamentos de gás.

O projeto do porto recorda a China na última década: um esforço mundial em explorar recursos para usar no vasto setor de manufatura do país. Mas a cidade industrial representa algo novo: um esforço agressivo para investir em indústrias no exterior e reforçar a imagem do país e sua influência política. Chamem de “diplomacia do dólar” ao estilo chinês. Os investimentos no Brasil refletem a a estratégia “de saída” da China, que visa garantir recursos naturais para fins de desenvolvimento e proteger as estatais do país de um crescimento mais lento em casa. Animada com mais de US$ 2 trilhões em reservas cambiais, a China tem direcionado suas estatais a buscar o mundo por oportunidades.
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Bancos alemães escondem exposição à dívida grega

Os bancos espanhóis estão salvos do impacto direto da crise grega. Os dados divulgados pelo Banco da Espanha, como parte dos testes de resistência, mostram como a exposição ao risco soberano grego dos bancos espanhóis é mínima, ao contrário de outros países da área do euro. Excluindo-se os bancos gregos, a França é o país com mais risco declarado: 10,977 bilhões de euros (dos quais 4,937 bilhões são do BNP Paribas, 4,001 bilhões da Société Générale, 1,185 bilhão ao BPCE, e 854 milhões do Crédit Agricole). A Alemanha é o segundo mais exposto, com mais de 5 bilhões de euros, mas o número é incompleto, pois grande parte das instituições alemãs escondeu os números.

No entanto, confiando não apenas nos títulos de dívida pública, mas também em empréstimos a outras entidades e empresas públicas, o risco agregado do setor bancário espanhol na Grécia é de apenas 801 milhões de euros, dos quais apenas 300 milhões do Santander e nove milhões da fusão entre Bancaja e Caja Madrid estão na carteira de negociação. O Santander, com esses 300 milhões de euros, e o BBVA, com 293 milhões de euros, são os que têm mais exposição. O banco basco, no entanto, explicou que esse valor é de apenas um terço da dívida, e a maioria são empréstimos por operações comerciais.
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Economia global desacelera

A nova normalidade da economia mundial pode estar chegando, com os EUA, Europa e China desacelerando simultaneamente. Após o estímulo de políticas e recomposição de estoques puxando as principais economias para fora da recessão, com crescimento de 5% no primeiro trimestre, elas estão caminhando displicentemente em direção a uma expansão mais fraca, ao mesmo tempo em que mostram sinais de evitar um duplo mergulho. O crescimento global pode ser em média de 3,25% a 3,5% nos próximos três a cinco anos, bem abaixo do ritmo de 4,7% dos cinco anos que levou à queda em 2008, estima Stephen Roach, presidente não executivo do Morgan Stanley Asia.

Por trás da desaceleração na taxa de crescimento de longo prazo não inflacionário: redução de consumo nos EUA e consolidação fiscal na Europa, bem como o enfraquecimento dos empréstimos bancários e empregos. O crescimento chinês também pode decair, com pais mais populoso do mundo reorientando sua economia para além da produção e exportações. “Os ventos pós-crise vão frear a tendência de crescimento no produto interno bruto mundial em 1 a 1,5 ponto percentual”, disse Roach em Nova York, que também leciona na Universidade de Yale.

A nova normalidade significa que os investidores podem ter de aceitar retornos menores e maior volatilidade em seus portfólios, de acordo com Mohamed El- Erian, diretor executivo da Pacific Investment Management, em Newport Beach, California, gestor do maior fundo mundial em títulos, que ajudou a cunhar o termo.
” Isto implica uma menor receita nominal global “do que o média histórica de 6 a 8 por cento , disse ele.
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Mensagem de Obama aos eleitores: as coisas podem piorar

O presidente Barack Obama, que ascendeu à Casa Branca prometendo a “mudança em que você pode acreditar”, agora está dizendo aos eleitores que não devem mudar nada. Sua mensagem para as eleições de outono, que aparentam ser sombrias para os democratas, é que os republicanos causaram os problemas econômicos da nação, mas ele e os democratas estão começando a resolvê-los. Então, adiante com os democratas e não voltem para o GOP (como o Partido Republicano também é chamado nos EUA).

“Esta é uma escolha entre as políticas que nos levaram para a confusão ou as que estão nos levando para fora dela”, disse Obama recentemente em Las Vegas. O problema é que está difícil vender isso aos eleitores, que viram pouco progresso. O desemprego está perto de dois dígitos e as pesquisas mostram que muitos eleitores decidiram culpar as políticas de Obama, e não seu antecessor.

Obama freqüentemente usa o argumento de que os republicanos tiveram sua chance de dirigir, então conduziram o carro para uma vala e não devem pegar as chaves de volta. Mas os eleitores podem concluir que os democratas, que controlam a Casa Branca e as duas câmaras do Congresso, tiveram sua chance ao volante também, e não foram muito longe. “Do ponto de vista do público norte-americano, as pessoas responsáveis neste momento são as pessoas que detêm o problema”, disse Andrew Kohut , diretor do apartidário Pew Research Center. O desafio de Obama nos próximos quatro meses é transformar essa percepção.
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Luis Nassif

Luis Nassif

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