Para Mercadante, governo precisa fazer ajuste fiscal

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje (19) que o governo terá que fazer um ajuste fiscal. Mercadante ainda defendeu a flexibilização do superávit primário e disse que, caso isto não ocorra, o governo terá que parar com os investimentos e o país terá um quadro de recessão e desemprego.

“Como fomos muito aplicados do ponto de vista fiscal ao longo da crise, estamos projetando um quadro de estabilização da dívida pública, acelerando investimento e desonerando a economia e, com isso, flexibilizando nosso superávit primário que continua sendo o objetivo fundamental para o ano que vem. O país vai ter que fazer ajuste fiscal,” disse. “Sempre tem gasto público para cortar, precisamos aumentar a eficiência do estado brasileiro, fazer mais com menos”, completou.

Para Mercadante é fundamental que o Congresso Nacional aprove a flexibilização do superávit. “Se o Congresso não construir essa flexibilização o que nos resta é parar os investimentos e entregar o superávit que vai nos jogar no quadro de recessão e desemprego. As empresas não pagariam o décimo terceiro salário caso o Estado deixe de repassar recursos para as obras como o investimento em energia, transporte, moradia, tudo isso que está em andamento”, concluiu.

O ministro participou, nesta manhã, do início das atividades dos grupos de trabalho constituídos para elaborar propostas de medidas de estímulo ao setor industrial. Os grupos vão reunir representantes de ministérios e do setor industrial. Entre as prioridades da agenda estão temas com infraestrutura, desburocratização, comércio exterior e inovação

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  • Mercadante, juros baixos

    Mercadante, juros baixos seria um dos caminhos para diminuir os gastos do governo.

    O governo terá coragem de peitar o rentismo ou fará os ajustes cortando nos mesmos setores que Armínio e Alexandre Rands indicaram?

    Se tiver que votar entre os rentistas autênticos e os covardes de meia tigela, votarei nos autênticos.

  • A desvalorização do câmbio já

    A desvalorização do câmbio já estabilizou a dívida pública, foi apenas o governo vender reservas que a dívida interna desabou.

    Fazer desoneração como o Mantega fez, melhor nem fazer, para beneficia Friboi, Gerdau, etc que nunca baixam preços, governo não pode subsidiar lucro dos grandões.

  • Ainda?

    Parece que ele tem inveja do inoperante ministro da justiça. Deixou de providenciar a recondução, a tempo, do ministro Henrique Neves, do TSE. Agora, a Presidenta corre o risco de enfrentar grandes problemas no Tribunal, pois o relator de suas contas será um ministro que não nega, aliás, faz questão de mostrar ser contra o PT. Irresponsabilidade da Casa Civil. A conversa MERCADISTA de ajuste fiscal é outra. Ainda continua ministro?  Vade retro!

  • “Como fomos muito aplicados

    “Como fomos muito aplicados do ponto de vista fiscal ao longo da crise...

    Todo mundo aplicadinho. Nem sei porque o Lobão não gosta dessa turma.

  • Ajuste fiscal

    Algum ajuste fiscal será feito.

    O não fazer daria argumentos às agências internacionais de avaliações de risco para a redução da confiabilidade dos investimentos no Brasil, resultando em aumento nos juros internacionais e redução na entrada de dólares e/ou aumento na saída. A SELIC cumpre sua parte nesse jogo.

    Mas um ajuste que não seja drástico e bem conduzido pode render bem. Como disse o Mercadante, num governo sempre há possibilidade de cortes.

    Manteria o grau de investimento e acalma o mercado financeiro que, gostemos ou não, tem seu peso na economia.

    Parece-me que dos males seria o menor.

    Passada essa ponte a próxima, aliás já em andamento, seria limar as arestas com o empresariado e abrir caminho para o investimento extremamente necessário para a retomada do desenvolvimento.

     

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