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Preço do petróleo volta a afetar mercado; índice sobe 0,66%

Jornal GGN – A variação do preço do petróleo voltou a ditar as operações na bolsa de valores, e o índice brasileiro conseguiu fechar no azul apesar da instabilidade. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em alta de 0,66%, aos 38.630 pontos e com um volume negociado de R$ 5,330 bilhões.

Entre outras notícias, o mercado foi afetado pelo anúncio de um pacote de estímulos pelo governo nacional, além da alta do petróleo no mercado externo.

Segundo informações da Agência Brasil, as medidas de estímulo ao crédito que injetarão R$ 83 bilhões na economia. Algumas ações de estímulo foram anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff, no encerramento da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. A medida que, segundo o governo, terá mais impacto sobre a economia é a agilização da aplicação dos recursos do Fundo de Infraestrutura do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) em empreendimentos da área e a simplificação da emissão de debêntures de infraestrutura, que liberará até R$ 22 bilhões. Essa medida, no entanto, necessita de aprovação do Congresso Nacional.

Em segundo lugar, está a autorização para que parte da multa rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) possa ser usada como garantia para o crédito consignado – com desconto das parcelas diretamente no salário – por trabalhadores do setor privado. A expectativa do governo é que a medida resulte na injeção de R$ 17 bilhões em crédito.

Em seguida, vem a abertura da linha de crédito para refinanciar as prestações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), que deverá resultar em empréstimos de R$ 15 bilhões.

Em termos acionários, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) chegaram a disparar mais de 12%, mas perderam o ritmo e fecharam em alta de 0,66%, a R$ 4,60. Os papéis ordinários (PETR3) chegaram a saltar 11,5%, mas fecharam em queda de 0,31%, a R$ 6,52.

Além do avanço do preço do petróleo (a cotação do barril do petróleo WTI subiu 2,85%, a US$ 33,22 no mercado americano), o desempenho da estatal foi afetado pelo anúncio da empresa de um corte em áreas e cargos de chefia, prevendo economizar R$ 1,8 bilhão por ano. Por outro lado, o fundo soberano da Noruega decidiu colocar seu investimento na Petrobras sob observação.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 0,14%, a R$ 4,08 na venda. As operações do dia foram marcadas pela instabilidade, devido à movimentação dos preços do petróleo, pela decisão do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) em manter a taxa básica de juros e pelo tom brando empregado pelo Banco Central brasileiro na ata da primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em 2016.

Na quinta-feira, a autoridade monetária norte-americana manteve os juros entre 0,25% e 0,5% e chamou atenção para preocupações com os desenvolvimentos na economia global. A alta dos preços do petróleo também manteve a busca por negócios ligados a matérias-primas, em meio a expectativas de um acordo para cortar a produção do óleo no cenário de grande oferta mundial.

No Brasil, a cotação do dólar ganhou força diante de menores apostas de alta de juros pelo Banco Central, uma vez que a autoridade monetária brasileira empregou um tom considerado mais brando na ata referente à reunião realizada na última semana – na ocasião, os juros ficaram estáveis em 14,25% ao ano.

Para sexta-feira, os analistas aguardam o resultado primário e nominal do setor público consolidado no Brasil; índice de preços ao consumidor no Japão; vendas no varejo da Alemanha; índice de preços ao consumidor e ao produtor na França; índice de preços ao consumidor na zona do euro; índice de custo de emprego e o PIB (Produto Interno Bruto) de 2015 nos Estados Unidos.

 

(Com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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