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Premiê grego faz apelo por dívidas, mas impasse econômico continua

Jornal GGN – O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, fez um apelo por mais rapidez no processo para concluir o acordo para que o país receba recursos em troca de reformas com os credores da zona do euro, depois de reunião com a premiê alemã, Angela Merkel nesta quinta-feira (22).

O breve encontro durante uma cúpula da União Europeia em Bruxelas – o primeiro desde a viagem de Tsipras a Berlim em março – ocorreu numa “atmosfera positiva e construtiva”, segundo autoridades locais.
Pouco progresso foi feito em negociações sobre um programa detalhado de reformas econômicas da Grécia, em parte porque Atenas tem negado a representantes de seus credores acesso a dados governamentais confiáveis.
A autoridade grega não deu detalhes da conversa mas disse que foi notado o significativo progresso feito desde o encontro de Berlim até hoje. O primeiro-ministro pediu para que os procedimentos acelerem de modo que a decisão de 20 de fevereiro, que prevê um primeiro acordo provisório até o final de abril, possa ser implementado.
Antes da reunião, a expectativa era de que Merkel pressionaria Tsipras para se apressar sobre o plano de reformas econômicas, cruciais para destravar os recursos internacionais de resgate.
Representantes da União Europeia disseram antes da reunião desta quinta-feira esperar que Merkel passasse a mensagem de que ela quer manter a Grécia na zona do euro e evitar um catastrófico calote da dívida. Mas, para alcançar isso, o governo de Tsipras deve fazer compromissos sobre medidas detalhadas para tornar sustentáveis as finanças gregas.
Porém, já nesta sexta-feira (24), ministros das Finanças da zona do euro fizeram um duro alerta à Grécia de que seu governo esquerdista não receberá mais ajuda até que concorde com um plano completo de reforma econômica, no momento em que Atenas se aproxima da falência.
Após uma dura manhã de negociações com o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, o presidente do Eurogrupo de ministros das Finanças, Jeroen Dijsselbloem, fechou as portas para um pedido de dinheiro antecipado em troca de reformas parciais.
Ele também afirmou que os 7,2 bilhões de euros restantes em fundos congelados de resgate não estarão mais disponíveis depois de junho, e que os credores da Grécia não falarão sobre financiamento de longo prazo e alívio da dívida até que Atenas finalize o acordo provisório em sua totalidade.
Redação

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