Riqueza do 1% superou a de 99% da população em 2015

Da Agência Brasil

A riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99% restantes em 2015, um ano mais cedo do que se previa, informou hoje (18) a organização não governamental (ONG) Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

“O fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da população aumentou de forma dramática nos últimos 12 meses”, diz relatório da ONG britânica intitulado Uma economia a serviço de 1%.

www.youtube.com/watch?v=T-mECbNgrf4

“No ano passado, a Oxfam estimava que isso fosse ocorrer em 2016. No entanto, aconteceu em 2015, um ano antes”, destaca no texto.

Para mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos, a organização estima que “62 pessoas têm tanto capital como a metade mais pobre da população mundial”, quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade.

 

A dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, onde vão se encontrar os líderes políticos e representantes das empresas mais influentes do mundo, a Oxfam pede a ação dos países em relação a essa realidade.

“Não podemos continuar a deixar que milhões de pessoas tenham fome, quando os recursos para ajuda estão concentrados, no mais alto nível, em tão poucas pessoas”, afirma Manon Aubry, diretora dos Assuntos de Justiça Fiscal e Desigualdades da Oxfam na França, citada pela agência de notícias France Presse (AFP).

Segundo a ONG, “desde o início do século 21 a metade mais pobre da humanidade se beneficia de menos de 1% do aumento total da riqueza mundial, enquanto a parcela de 1% dos mais ricos partilharam metade do mesmo aumento”.

Para combater o crescimento dessas desigualdades, a Oxfam pede o fim da “era dos paraísos fiscais”, acrescentando que nove em dez empresas que figuram entre “os sócios estratégicos” do Fórum Econômico Mundial de Davos “estão presentes em pelo menos um paraíso fiscal”.

“Devemos abordar os governos, as empresas e as elites econômicas presentes em Davos para que se empenhem a fim de acabar com esta era de paraísos fiscais, que alimenta as desigualdades globais”, diz Winnie Byanyima, diretor-geral da Oxfam International, que estará em Davos.

No ano passado, vários economistas contestaram a metodologia utilizada pela Oxfam. A ONG defendeu o método utilizado no estudo de forma simples: o cálculo do patrimônio líquido, ou seja, os ativos  menos a dívida.

A pequena localidade suíça de Davos vai acolher, a partir da próxima quarta-feira (20), líderes políticos e empresários para debater a 4ª Revolução Industrial.

Esta 46ª edição do fórum, que termina em 23 de janeiro, ocorre no momento em que o medo da ameaça terrorista e a falta de respostas coerentes para a crise de refugiados na Europa se juntam às dificuldades que a economia mundial encontra para voltar a crescer e à forte desaceleração das economias emergentes.

Segundo o presidente do fórum, Klaus Schwab, a “4ª revolução industrial refere-se à fusão das tecnologias”, principalmente no mundo digital, que “tem efeitos muito importantes nos sistemas político, econômico e social”.

Redação

Redação

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  • ae fosse fácil desapropriar

    ae fosse fácil desapropriar esses poucos,

    isso certamente já teria sidfofeito..

    é o sistema economico em si que é concenrtrador....

  • E aqui, no Brasil, temos que parar de

    drenar dinheiro da saúde e educação para pagar juros e swaps, nossa situação já passou do aceitável a muito tempo. A politica econômica governista desde a era fhc até os tempos atuais é roubo descarado do bolso dos mais pobres para sustentar meia duzia de parasitas do dinheiro publico.

  • solução para o fim da pobreza.

    Pobres, parem de ter filhos, pois isto só serve para fornecer mão-de-obra barata para o eterno deleite destes exploradores.

    Viver bem eles viverão sempre, pois nada muda, então ao menos não deixem como legado ao mundo seus/nossos filhos como futuros trabalhadores a serem sugados, explorados e descartados, mais cedo ou mais tarde.

    Essa é, infelizmente, a dura realidade.

    Ou vocês acreditam em papai noel, coelhinho da pascoa e em tucano?

  • Distribuir renda? - quá, quá, quá!

    Doa a quem doer, a bufunfa continua indo direto ao bolso dos 1% que têm máquina atratora de dinheiro no bolso.

    E nós outros temos de continuar ralando sem cessar, para continuar mandando mais grana prás excelências poderem usufruir, oh, céus!

  • Eu li essa matéria, e a

    Eu li essa matéria, e a princípio me revolta.

    Mas se vc ler no Fora dePauta uma colocação, que eu coloquei e comentei, ''digo eu '', vc entenderá.--ou chegará perto de entender.

              E que se note: Educação tem muito a ver com isso. Mas não é só.Repito : não é só,mas é o princípio.

  • privatizações

    Dando uma olhada no relatório, vi que eles abordaram a questão da concentração de renda no Brasil, como exemplo, e mencionam que um dos problemas da concentração foram algumas "privatizações duvidosas", as quais "beneficiaram" o enriquecimento de alguns empresários. Do que será que estão falando, hein...

  • Avante LAMBUZADOS....

    A contribuição dos LAMBUZADO$ e suas FALCATRUA$ (Mal Feito$ ?????) foi de suma importância para reforçar os 1%...rsrsrsrsrs...

  •  
    Os mais velhos já diziam:

     

    Os mais velhos já diziam: Não fosse pelos colaboracionistas, minoria alguma seria capaz de subjugar as maiorias.

    Orlando

  • Há quem defenda esses

    Há quem defenda esses capitalistas ferozes, como se esses também fera fossem, no máximo são gatinhos com síndrome de leão. Boa parte desses mega-bilionários ganharam e ganham seus lucros no mercado financeiro, ou seja, sem produzir um único alfinete, e empregando poquíssimas pessoas, cabe numa sala o corpo de funcionários. 

    A pergunta que nós devemos nos fazer é, isso é justo? Uma única pessoa merece receber tanto dinheiro assim proveniente da produção de cada um de nós e pagar tão pouco de volta para a sociedade?

    Eu respondo, não, não é justo, quem lucra no mercado financeiro deve pagar altas taxas de impostos, porque retira seus rendimentos sem produzir nada, muitas vezes lucrando com a desgraça alheia, haja vista a grande crise de 2008, imagino que em 1929 não tenha sido diferente.

    E os mega-bilionários dos negócios, aqueles que produzem, esses não se cansam de dizer que produziram, que fizeram jus a cada centavo que produziram, ok, há uma certa verdade aí, bem pequena, mas há. Eles não produziram sozinhos, não conseguiram entender ainda que cada funcionário seu é um sócio, que, quase em 100% dos casos é ludibriado por um contrato que não condiz com a realidade do trabalho que fornece. Os mega-bilionários empresários, esses também deveriam pagar impostos na ordem de 50% ou mais. Aí, após essa minha opinião, muitos capitalistas sem capital virão aqui dizer que se isso for feito fugirão do país que lhes cobrarem tanto, que irão produzir em outro lugar. No entanto não é bem assim que as coisas ocorrem, quem realmente tem o dom dos negócios saberá captar o lucro desejado sem necessidade de explorar ninguém.

    A que serve uma pessoa com 20, 30, 80 bilhões de dólares na conta? Chega um ponto que isso já não faz a menor diferença, mas os grandes empresários, mesmo pagando impostos na casa dos 60% por exemplo, irá compensar isso produzindo mais, os demais pensarão em viver de renda, mas essa sim tem de ser muito, mas muito mais cara para se lucrar. 

    Não há como diminuir essa monstruosa desigualdade sem distribuir melhor esse bolo, era para esperar o bolo crescer para distribuir, ele já cresceu, na verdade já está muito maior que a forma que o contém, é hora de fazermos as coisas diferentes, ninguém acumula essas riquezas sozinho, dependem dos funcionários que ajudam na produção dos consumidores que geram os lucros e, gostando ou não, do governo que organiza e regulamenta.

    Distribuir renda é tornar o mundo um lugar melhor, sem miséria, sem tanto sofrimento, uma sociedade mais justa, onde todos possam ser tudo aquilo que desejam ser, e não o que essa elite cruel determina.

     

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