Subir os juros agora seria vantajoso, diz Deutsche Bank

Sinais de que a inflação elevada podem comprometer investimentos e consumo fazem com que o aumento dos juros neste momento seja bem vindo, diz o Deutsche Bank em relatório. Contudo, deve-se ter alguns pontos em mente durante o debate:

– É sabido que a medida pode melhorar a credibilidade do governo ao deixar claro que não existe uma postura leniente sobre o tema, mas deve-se ter em mente que juros maiores afetam o fluxo de dólares no país, derrubando a cotação da divisa norte-americana, e melhora a rentabilidade de alguns fundos de investimento.

– Não existem outras medidas que possam ser adotadas para combater a inflação?

 

Abaixo, nota divulgada por Beatriz Olivon, da Exame.com

 

Banco Central deve agir para restaurar a credibilidade do regime de metas de inflação”, afirma o Deutsch Bank em relatório

São Paulo – Para o Deutsche Bank, o governo tem mais a ganhar que a perder elevando a taxa de juros agora. Em relatório assinado pelo analista José Carlos Faria, o banco explica que há sinais de que a inflação elevada está prejudicando as perspectivas para investimentos e para o consumo, por minar a confiança e a renda disponível – por isso a elevação da taxa de juros na reunião do Comitê de Política Monetária que termina hoje seria bem-vinda. 

O banco espera uma decisão unânime pela alta nas taxas básicas de juros na reunião de hoje. A expectativa do Deutsche Bank  é que o Copom eleve a Selic em 0,25 p.p. na reunião  – da atual taxa de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano.

“Acreditamos que o Banco Central deve agir para estancar a deterioração nas expectativas de inflação e restaurar a credibilidade do regime de metas de inflação, umas vez que a inflação está significativamente acima da meta de 4,5% desde a metade de 2010”, afirma o relatório do Deutsche Bank. 

O Deutsche Bank comenta que apesar de acreditar que uma alta de 0,25 p.p. é mais provável graças às preocupações do governo em relação a lenta recuperação, o mercado continua esperando uma alta de 0,50 p.p. . Um aumento maior poderia acrescentar credibilidade e abreviar o ciclo total, segundo o banco, que mantém sua previsão em elevação de 0,25 p.p. em decorrência de sinais dados pelo BC de que a Selic vai flutuar em níveis menores que no passado. 

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Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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