Superávit primário totaliza R$ 13,4 bilhões em abril

Jornal GGN – O governo brasileiro conseguiu economizar para efetuar o pagamento dos juros da dívida pública: de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o superávit primário consolidado pelo setor público (governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais) em abril chegou a R$ 13,4 bilhões. Ao longo do período, os governos regionais e as empresas estatais apresentaram superávits de R$10,6 bilhões, R$2,6 bilhões e R$ 208 milhões, respectivamente.

No ano, o superávit primário acumulado chega a R$32,4 bilhões, abaixo do saldo positivo de R$42,5 bilhões contabilizado no primeiro quadrimestre de 2014. No acumulado em doze meses, registrou-se déficit primário de R$ 42,6 bilhões (equivalente a 0,76% do PIB – Produto Interno Bruto), comparativamente ao déficit de R$ 39,2 bilhões (0,7% do PIB) visto em março.

Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$ 2,2 bilhões em abril, ficando bem abaixo dos R$ 69,5 bilhões registrados em março. Segundo a autoridade monetária, a redução foi influenciada pelo menor número de dias úteis e o resultado favorável de R$ 31,8 bilhões das operações de swap cambial no mês, ante um resultado desfavorável de R$ 34,5 bilhões em março. No acumulado no ano, os juros nominais somam R$146,1 bilhões, comparativamente a R$ 80,2 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$ 377,3 bilhões (6,71% do PIB), reduzindo-se 0,39 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao observado em março.

O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$11,2 bilhões em abril. No ano, o déficit nominal soma R$ 113,6 bilhões, comparativamente a déficit de R$ 37,6 bilhões no mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, o resultado nominal deficitário alcançou R$ 419,9 bilhões (7,47% do PIB), 0,33 p.p. do PIB inferior ao registrado no mês anterior.

De acordo com o BC, o superávit nominal de abril refletiu reduções de R$ 8 bilhões na dívida bancária líquida e de R$ 5,3 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e que foram parcialmente contrabalançadas pelos aumentos de R$ 1,7 bilhão na dívida mobiliária e de R$367 milhões no financiamento externo líquido.