O significado de alguns ditados populares, sem tapar o sol com a peneira

Sugerido por IV AVATAR

Do Blog Tok de História – Rostand Medeiros

DITADOS POPULARES E SEUS SIGNIFICADOS – SEGUNDO CASCUDO

Publicado em 16/01/2013

 

Luís da Câmara Cascudo

Luís da Câmara Cascudo

Muitas vezes usamos certas expressões, mas não temos ideia do que elas significam.

São ditados ou termos populares que através dos anos permaneceram sempre iguais, significando exemplos morais, filosóficos e religiosos.

Tanto os provérbios quanto os ditados populares constituem uma parte importante de cada cultura.

Historiadores e escritores sempre tentaram descobrir a origem dessa riqueza cultural, mas essa tarefa nunca foi nada fácil.

O grande escritor Luís da Câmara Cascudo já dizia que: “os ditados populares sempre estiveram presentes ao longo de toda a História da humanidade”. No Brasil isso não é nenhuma novidade. Muitas vezes ocorrem expressões tão estranhas e sem sentido, mas que são muito importantes para a nossa cultura popular.

Veja aqui algumas dessas expressões ou ditados populares:

Bicho-de-sete-cabeças

Tem origem na mitologia grega, mais precisamente na lenda da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal foi uma das doze proezas realizadas por Hércules. A expressão ficou popularmente conhecida, no entanto, por representar a atitude exagerada de alguém que, diante de uma dificuldade, coloca limites à realização da tarefa, até mesmo por falta de disposição para enfrentá-la.

Com o rei na barriga

A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em nossos dias refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma.

Ver (ou adivinhar) passarinho verde (MAS PODE SER AZUL, AMARELO, VERMELHO, ROXO E POR AÍ VAI!)

Significa estar apaixonado. O passarinho em questão é uma espécie de periquito verde. Conta uma lenda que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada. Assim, o casal de apaixonados tinha grandes chances de burlar a vigilância de um paizão ranzinza.

TN500_corda_hw11

Com a corda toda

Antigamente, os brinquedos que possuíam movimento eram acionados torcendo um mecanismo em forma de mola ou um elástico, que ao ser distendido, fazia o brinquedo se mexer. Ambos os mecanismos eram chamados de “corda”. Logo, quando se dava “corda” totalmente num brinquedo, ele movia-se de forma mais agitada e frenética. Daí a origem da expressão.

Favas contadas

De acordo com Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava, na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem tivesse o maior número de favas brancas estaria eleito. Atualmente, significa coisa certa, negócio seguro.

Orelha

Fazer ouvidos de mercador

Orlando Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. No caso, fazer ouvidos de mercador é uma alusão a atitude desse algoz, sempre surdo às súplicas de suas vítimas.

Tapar o sol com a peneira

Peneira é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objecto é permeável à luz. A expressão teria nascido dessa constatação, significando atualmente um esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.

O pomo da discórdia

A lendária Guerra de Troia começou numa festa dos deuses do Olimpo: Éris, a deusa da Discórdia, que naturalmente não tinha sido convidada, resolveu acabar com a alegria reinante e lançou por sobre o muro uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição “à mais bela”.

Como as três deusas mais poderosas: Hera, Afrodite e Atena disputavam o troféu, Zeus passou a espinhosa função de julgar para Páris, filho do rei de Troia  O príncipe concedeu o título a Afrodite em troca do amor de Helena, casada com o rei de Esparta.

A rainha fugiu com Páris para Tróia, os gregos marcharam contra os troianos e a famosa maçã passou a ser conhecida como “o pomo da discórdia” – que hoje indica qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si.

Afogar o ganso

No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima. Daí a origem da expressão, que se refere a um homem que está precisando fazer sexo.

9580b6b2adcd

Ave de mau agouro

Diz-se de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças. O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Na antiga Roma, a predição dos bons ou maus acontecimentos (Avis spicium, em Latim) era feita através da leitura do vôo ou canto das aves. Os pássaros mais usado para isso eram a águia, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves.

Santa do pau oco

Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

Mais vale um pássaro na mão que dois voando

Significa que é melhor ter pouco que ambicionar muito e perder tudo. É tradição de antigos caçadores. Eles achavam melhor apanhar logo a ave que tinham atingido de raspão, antes que ela fugisse, do que tentar atirar nas que estavam voando e errar o alvo.

Apressado come cru

Quando não existia o forno microondas, era preciso muito tempo para a comida ficar pronta, ou então comê-la crua. Nessa época, a culinária japonesa ainda não estava na moda e comida crua era vista com maus olhos. Assim, a expressão passou a ser usada para significar afobamento, precipitação.

Chorar as pitangas

Pitangas são deliciosas frutinhas cultivadas e apreciadas em todo o país, especialmente nas regiões norte e nordeste do país. A palavra deriva de pyrang, que, em tupi-guarani, significa vermelho. Sendo assim, a provável relação da fruta com lágrimas, vem do fato de os olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas, quando se chora muito.

1235758726_foto_de_roque_medeiros_071

Farinha do mesmo saco

“Homines sunt ejusdem farinae” esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.

Aquela que matou o guarda

Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro “Inconfidências da Real Família no Brasil”, de Alberto Campos de Moraes.

Sangria desatada

Diz-se de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.

Colocar panos quentes

Significa favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro. Em termos terapêuticos, colocar panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular desde tempos remotos. Recomenda-se sobretudo nos estados febris, pois a temperatura muito elevada pode levar a convulsões e a problemas daí decorrentes. Nesses casos, compressas de panos encharcados com água quente são um santo remédio. A sudorese resultante faz baixar a febre.

Cor de Burro quando foge - BRASIL ESCOLA

Cor de burro quando foge

A frase original era “Corra do burro quando ele foge”. Tem sentido porque, o burro enraivecido, é muito perigoso. A tradição oral foi modificando a frase e “corra” acabou virando “cor”.

Pagar o pato

A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste e o jogador (em um cavalo) deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia era que pagava pelo animal sacrificado. Sendo assim, passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga por algo sem ter qualquer benefício em troca.

De pequenino é que se torce o pepino

Os agricultores que cultivam os pepinos precisam de dar a melhor forma a estas plantas. Retiram uns “olhinhos” para que os pepinos se desenvolvam. Se não for feita esta pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira porque criam uma rama sem valor e adquirem um gosto desagradável. Assim como é necessário dar a melhor forma aos pepinos, também é preciso moldar o caráter das crianças o mais cedo possível.

Salvo pelo gongo

O ditado tem origem na na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.Só que, às vezes, ao abrir os caixões,os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época).

Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo. Atualmente, a expressão significa escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.

images

Elefante branco

A expressão vem de um costume do antigo reino de Sião, situado na atual Tailândia, que consistia no gesto do rei de dar um elefante branco aos cortesões que caíam em desgraça. Sendo um animal sagrado, não podia ser posto a trabalhar. Como presente do próprio rei, não podia ser vendido. Matá-lo, então, nem pensar. Não podendo também ser recusado, restava ao infeliz agraciado alimentá-lo, acomodá-lo e criá-lo com luxo, sem nada obter de todos esses cuidados e despesas. Daí o ditado significar algo que se tem ou que se construiu, mas que não serva para nada.

Comer com os olhos

Soberanos da África Ocidental não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam sozinhos. Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, “comendo com os olhos”. A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos. Hoje o ditado significa apreciar de longe, sem tocar.

Amigo da onça

Segundo estudiosos da língua portuguesa, este termo surgiu a partir de uma história curiosa. Conta-se que um caçador mentiroso, ao ser surpreendido, sem armas, por uma onça, deu um grito tão forte que o animal fugiu apavorado. Como quem o ouvia não acreditou, dizendo que , se assim fosse, ele teria sido devorado, o caçador, indignado, perguntou se, afinal, o interlpcutor era seu amigo ou amigo da onça. Atualmente, o ditado significa amigo falso, hipócrita.

Estar com a corda no pescoço

O enforcamento foi, e ainda é em alguns países, um meio de aplicação da pena de morte. A metáfora nasceu de anistias ou comutações de pena chegadas à última hora, quando o condenado já estava prestes a ser executado e o carrasco já lhe tinha posto a corda no pescoço, situação que, de fato, é um sufoco. Hoje, o ditado significa estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros.

Como sardinha em lata

A palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha, conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm coladas umas às outras. Por analogia, usa-se a expressão popular sardinha em lata para designar a superlotação de veículos de transporte público.

Pior-cego

O pior cego é o que não quer ver

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.

Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos.

O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. Atualmente, o ditado se refere a a alguém que se nega a admitir um fato verdadeiro.

Andar à toa

Toa é a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama. Hoje, o ditado significa andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.

Casa de mãe Joana

Este dito popular tem origem na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”.

O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

Onde judas perdeu as botas

Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore.

Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca as botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro.

A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos. Atualmente, o ditado significa lugar distante, inacessível.

Quem não tem cão caça com gato

Se você não pode fazer algo de uma maneira, se vira e faz de outra. Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

artworks-000003750370-rzi45v-crop

De pá virada

Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.

A origem da palavra é em relação ao instrumento, a pá. Quando ela está virada para baixo, é inútil não serve para nada. Hoje em dia, “pá virada” tem outro sentido. Refere-se a uma pessoa de maus instintos e criadora de casos ou a um aventureiro.

Deixar de Nhenhenhém

Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

Estar de paquete

Situação das mulheres quando estão menstruadas. Paquete, já nos ensina o Aurélio, é um das denominações de navio. A partir de 1810, chegava um paquete mensalmente, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. E a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava. Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Foi até escrita uma “Convenção Sobre o Estabelecimento dos Paquetes”, referindo-se, é claro, aos navios mensais.

Pensando na morte da bezerra

Estar distante, pensativo, alheio a tudo.

Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar “pensando na morte da bezerra”. Consta que meses depois veio a falecer.

Não entender patavina

Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.

Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

Jurar de pés junto

A expressão surgiu das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para confessar seus crimes.

Emanuele Filiberto di Savoia

Emanuele Filiberto di Savoia

Testa de ferro

O Duque Emanuele Filiberto di Savoia, conhecido como Testa di Ferro, foi rei de Chipre e Jerusalém. Mas tinha somente o título e nenhum poder verdadeiro. Daí a expressão ser atribuída a alguém que aparece como responsável por um por um negócio ou empresa sem que o seja efetivamente.

Erro crasso

Na Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes Triunviratos, tínhamos: Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os Partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a cair. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um “erro crasso“.

Lágrimas de crocodilo

O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima. Daí a expressão significar choro fingido.

Fila indiana

Tem origem na forma de caminhar dos índios americanos, que, desse modo, encobriam as pegadas dos que iam na frente.

Passar a mão pela cabeça

Significa perdoar, e vem do costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronuncia a bênção.

Gatos pingados

Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo fervente em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos.

Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão “gatos pingados” passou a significar pequena assistência sem entusiasmo ou curiosidade para qualquer evento.

pestanas

Queimar as pestanas

Antes do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar num momento de descuido queimar as pestanas. Por essa razão, aplica-se àqueles que estudam muito.

Sem papas na língua

Significa ser franco, dizer o que sabe, sem rodeios. A expressão vem da frase castelhana “no tener pepitas em la lengua”. Pepitas, diminutivo de papas, são partículas que surgem na língua de algumas galinhas, é uma espécie de tumor que lhes obstrui o cacarejo. Quando não há pepitas (papas), a língua fica livre.

A toque de caixa

A caixa é o corpo oco do tambor que foi levado para a a Europa pelos árabes. Como os exercícios militares eram acompanhados pelo som de tambores, dizia-se que os soldados marchavam a toque de caixa. Atualmente, refere-se a uma tarefa que se tem de fazer rapidamente, eventualmente a mando de alguém ou mesmo à força.

Maria vai com as outras

Dona Maria I, mãe de D. João VI (avó de D. Pedro I e bisavó de D. Pedro II), enlouqueceu de um dia para o outro . Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar: “Lá vai D. Maria com as outras”. Atualmente aplica-se a expressão a uma pessoa que não tem opinião e se deixa convencer com a maior facilidade.

ArquivoExibir

Fonte: CASCUDO, Luís da Câmara. Locuções Tradicionais no Brasil. São Paulo, Editora Global/2008.

Fonte internet – http://saibahistoria.blogspot.com.br/2010/07/blog-post.html

VEJA UMA SEGUNDA PARTE SOBRE ESTE TEMA EM NOSSO TOK DE HISTÓRIA – http://tokdehistoria.wordpress.com/2013/10/03/ditados-populares-e-seus-significados-ii/

http://tokdehistoria.wordpress.com/2013/01/16/ditados-populares-e-seus-significados-segundo-cascudo/

 

Redação

39 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. afogar o ganso

    Fantástico este Câmara Cascudo!

    Quanto à expressão “afogar o ganso”, qualquer um que tenha visto uma relação sexual entre o ganso e a gansa sabe que:

    a) – o macho faz manobras prá lá e prá cá, até conseguir subir na gansa – ambos dentro d’água;

    b) – em cima da gansa, o objetivo então é o de entumescer um tubo que o macho tem na cloaca, parecido com uma rede circular o qual, depois de entumescido, é introduzido na cloaca da gansa, depois de algumas manobras;

    c) – a partir daí, o Cascudo tem razão no que diz: isto é, o ganso após muitas tentativas consegue com o bico segurar um tufo de penas da cabeça da gansa para então forçar a cabeça dela para dentro da água, em objetivas tentativas de afogamento. A gansa fica sem ar e, em desespero, move todos os músculos inclusive os que circundam a cloaca, contribuindo assim para o orgasmo do ganso.

    d) – estas tentativas de impedir  a respiração de quem está na parceria com o intuito de potencializar o orgasmo não é atitude gratuita dos gansos, pois, como se sabe, o sufocamento parcial pode forçar ao orgasmo nos seres vivos. Tanto isto é verdade que naqueles enforcamentos (de homens jovens) no passado, uma das ocorrências que deixava o público assistente perplexo era o aumento no volume da calça perto da braguilha indicando que o enforcado ficou com o pênis ereto; e, na sequência, a ejaculação – a qual, como também se sabe, costumava ser recolhida por gente que fazia remédios (feiticeiros, benzedeiras, e outros). Mulheres jovens enforcadas também tinham orgasmo, é óbvio. 

    Alguém narrou, certa vez (aonde foi que li?) que Foucault em certa ida aos EUA  teria participado, nas horas de folga, de sexos grupais nalguns dos quais um dos rituais finalísticos era apertar a garganta de quem estava na parceria.

     

    1. ATENÇÃO!

      Achei bom voltar aqui para mencionar  que não sou adepto de afogamentos, nem de enforcamentos por quaisquer meios. Que os gansos se resolvam da maneira deles – mas, para seres humanos julgo dispensável o recurso a sofrimentos para a obtenção de prazer.

      Menciono que já li notícias informando  mortes causadas por essa prática de esganar (apertar o pescoço, impedindo a respiração) pessoas em parceria sexual que por esse meio buscavam mais satisfação.   

      1. Império dos Sentidos

        Isso acontece no final do filme “Império dos Sentidos” (“L’Empire du Sens”, de  Nagisa Oshima), quando a mulher enforca seu parceiro numa cena de sexo. Baseou-se numa história verdadeira, ocorrida em Tóquio em 1936. Foi o primeiro filme com cenas de sexo explícito a passar na rede comercial de cinemas. No Brasil era Ditadura Militar e o filme foi proibido sem mais. Passou no MASP, numa Semana de Arte. As filas davam a volta na Avenida Paulista. Quem chegou às dez da manhã de um domingo, só conseguiu entrar na sessão das 20 horas. Nos espasmos da Ditadura, o filme foi liberado para o circuito comercial. Passou no finado Cine Belas Artes. Embora tenha provocado um grande debate intelectual, nunca um filme de arte teve tanta audiência. Na verdade, o povo não estava interessado nas querelas intelectuais, queria mesmo ver “aquilo dentro daquilo”.

  2. Pitanga

    A pronúncia em tupi era  pi ‘ tãg (wikipedia, pitanga, etimologia) que significa vermelho.

    Se tinha coisa boa no mundo era a pitanga!

    Era uma fruta não-comercializável porque frágil e a fruta não durava muito. Deste modo, “chorar as pitangas” também poderia significar “chorar por aquilo que não tem mais, que se perdeu”.

    Ficheiro:Pitanga1.jpg

    A foto está em

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitanga

    1. sacanagem, não

      “Não é amargo, nem azedo e nem muito doce, é suave’.

      Maracujá muito apreciado no norte e no nordeste do Brasil

      “É bem grande, é bem grosso mesmo. Chega a ter entre 15 e 20 centímetros de comprimento.’

      Dona de casa cobra R$ 2 para visitas ao pé de maracujá em formato fálicoFruto foi plantado no quintal de uma casa em São José de Ribamar (MA). Quem quiser filmar tem de pagar R$ 20; para fotografar o preço é R$ 15.

      A dona de casa Maria Rodrigues de Aguiar Farias, 53 anos, está cobrando uma taxa de visitação ao maracujazeiro que ela plantou no quintal de sua casa, em São José de Ribamar (MA), há dois anos. O interesse pela pequena plantação dela foi motivado pela fruta, que cresce em formato de órgão sexual masculino.
      “Desde que descobriram que tinha uma fruta assim no meu quintal, muita gente começou a querer ver com os próprios olhos. Era muita gente mesmo. O problema é que, para chegar ao quintal, as pessoas tinham de passar por dentro da minha casa. Em uma dessas visitas, levaram o meu celular”, disse Maria ao G1.
      Depois do prejuízo provocado pelo pequeno furto, a dona de casa resolveu limitar a visitação. “Passei a cobrar R$ 2 para visitantes; R$ 15 para fazer fotografias; e R$ 20 para fazer filmagem”, afirmou ela.
      Dona Maria disse que o maracujazeiro está em plena produção. “Tem maracujá demais. Tem mais de 40 frutos lá. Eles ficam amarelinhos quando amadurecem.”
      Até os primeiros maracujás em formato de pênis surgirem no quintal dela, a vida era pacata e calma, mas depois da inusitada plantação, a dona de casa passou a ser reconhecida nas ruas da cidade onde mora. “Era muita gente na minha casa. Chegava a ficar sem comer para conseguir olhar todas as pessoas que faziam visitas”, disse ela.

      Frase popular: ‘Com a mão naquilo, aqulo na mão … (‘acho que isso não vai prestar’)

      Perguntada se provou o tal maracujá fálico, dona Maria respondeu, inicialmente, que tinha provado a fruta. “Comi a polpa, que parece melão ou abacate. Eu cortei de comprido e experimentamos. Não é amargo, nem azedo e nem muito doce, é suave”.
      Mas, depois, dona Maria voltou atrás, em meio a risos, dizendo que nem ela e nem sua família ainda tiveram coragem de experimentar o sabor do inusitado fruto. “Não comemos ainda, não. Mas já que plantei, plantei para comer, não é para deixar na árvore”, disse a dona de casa.

      Pesquisa Científica

      Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão acompanhando, há pouco mais de um mês, o desenvolvimento do maracujá que cresce em formato de órgão sexual masculino.
      “A dona de casa nos disse que o maracujá surge no formato ovalado e depois se desenvolve com aquele formato. É a primeira vez que temos notícias de um fruto com essas características aqui no Maranhão”, disse Marcelo Cavallari, pesquisador de recursos genéticos vegetais da Embrapa.
      Os maracujás que estão no quintal da dona de casa têm a coloração verde. “O aspecto é saudável, não está doente. Tirando o formato, é sadio. O tempo de maturação costuma ser de um mês a um mês e meio, mas está demorando mais para amadurecer”, disse Cavallari.
      Filomena Antonia de Carvalho, coordenadora de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Maranhão, visitou a casa de Maria Rodrigues ainda em janeiro deste ano. “Não temos condições de avaliar o que aconteceu com o maracujá, por isso acionamos os pesquisadores da Embrapa. Fizemos, então, uma segunda visita ao local com eles.”


      “É bem grande, é bem grosso mesmo. Chega a ter entre 15 e 20 centímetros de comprimento. Não há motivo para que o maracujá não seja consumido por causa do formato, mas também não sabemos como é por dentro”, disse Cavallari.
      Ele explicou que a dona de casa precisa assinar um termo de anuência prévia de provedor, o que permitirá fazer genéticas do fruto.

      Fonte: Do G1 | G1 | Glauco Araújo | 03/03/2011

      ***

      Toni Francisco, nego véi,

      To desconfiado que o mano Luciano Hortêncio cultiva esta espécie fálica no seu quintal para, depois, espalhar as sementes no seu amado Parque Ecológico do Rio Cocó e, assim, elevar o número de visitantes que dimuiram a frequência, em razão da profunda mágoa com a ação dos aventureiros que querem destruir aquela belezura.

      Tô certo ou tô errado?

      O que que tu achas?

      1. Artigo muito interessante, em princípio, posto que ele busca elucidar a origem de conhecidas expressões. Todavia, para (ao menos) uma expressão ele me parece incompleto, senão totalmente inexato. Refiro-me à explicação que o autor dá à expressão “O pior cego é o que não quer ver”. Pesquisei o nome desse médico que operava em Nîmes, em 1647, um suposto Vicent de Paul D’Argenrt (estranha grafia porque em francês seria Vincent, e o nome Argenrt não existe na língua francesa) nos melhores motores de busca franceses e nada encontrei. Nada. Ora, conhecendo bem os franceses como conheço, sei que um personagem e fato assim constariam, não apenas de verbetes no Wikipédia, como também em outras obras que exaltassem o gênio cirúrgico da França.

        Some-se a esta explicação, o disparate de citar “um transplante de córnea” em meados do século 17! a primeira citação de possibilidades de transplante da córnea na França Muito no condicional) surgiu no livro de Guillaume Pellier de Quengsy (1751-1835), um oftalmologista célebre de Montpellier, em 1789. O primeiro caso de um transplante de córnea bem sucedido foi feito pelo oftalmologista austríaco Eduard Konrad Zirm (1887-1944) no dia 7 de dezembro de 1905. Logo, a explicação do autor sobre esse transplante de Nîmes em 1647 é uma pura invenção (provavelmente saída da imaginação de algum autor), sem o menor fundamento histórico, e que lança uma grande sombra de dúvida quanto à veracidade das outras explicações dadas neste artigo.

      2. Artigo muito interessante, em princípio, posto que ele busca elucidar a origem de conhecidas expressões. Todavia, para (ao menos) uma expressão ele me parece incompleto, senão totalmente inexato. Refiro-me à explicação que o autor dá à expressão “O pior cego é o que não quer ver”. Pesquisei o nome desse médico que operava em Nîmes, em 1647, um suposto Vicent de Paul D’Argenrt (estranha grafia porque em francês seria Vincent, e o nome Argenrt não existe na língua francesa) nos melhores motores de busca franceses e nada encontrei. Nada. Ora, conhecendo bem os franceses como conheço, sei que um personagem e fato assim constariam, não apenas de verbetes no Wikipédia, como também em outras obras que exaltassem o gênio cirúrgico da França.
        Some-se a esta explicação, o disparate de citar “um transplante de córnea” em meados do século 17! a primeira citação de possibilidades de transplante da córnea na França Muito no condicional) surgiu no livro de Guillaume Pellier de Quengsy (1751-1835), um oftalmologista célebre de Montpellier, em 1789. O primeiro caso de um transplante de córnea bem sucedido foi feito pelo oftalmologista austríaco Eduard Konrad Zirm (1887-1944) no dia 7 de dezembro de 1905. Logo, a explicação do autor sobre esse transplante de Nîmes em 1647 é uma pura invenção (provavelmente saída da imaginação de algum autor), sem o menor fundamento histórico, e que lança uma grande sombra de dúvida quanto à veracidade das outras explicações dadas neste artigo.

  3. costume judaico de abençoar cristãos-novos??

    Algum engano aí: o cristão-novo era justamente aquela pessoa judia que, percebendo a pressão em volta em Portugal contra o povo judeu, acatou a decisão real de D. Manoel de virar cristão em cerimônias em praças públicas com  registro de batismo, troca de nome, e tudo o mais.

    Portanto, não faz sentido dizer que o ditado “passar a mão pela cabeça” tem origem no  “costume judaico de abençoar cristãos-novos”.

    Mais a respeito de cristãos-novos em

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%A3o-novo

    1. vermelho em tupi

      Numa pesquisa rápida encontrei para “vermelho” apenas pitang ou pirang, em tupi.

      Em verdade, o que ainda não encontrei disponível na internet é um dicionário tupi-guarani para a gente tirar nossas dúvidas. 

  4. Em 2009 no blog do Nassif

    Em 2009 no blog do Nassif rendeu muitos comentários a expressão 

    “Correr atrás do prejuízo”

    Quem souber procurar lá, vai se divertir bastante com a quantidade de textos que o assunto rendeu.

  5. asfixia autoerótica

    DACID CARRADINE AFOGAVA O GANSO

    Esposa alega que o ‘ator apresentava comportamento sexual potencialmente fatal’.

    O ator David Carradine de 72 anos, morreu de asfixia acidental após realizar uma forma muito perigosa de masturbação, conhecida como “asfixia autoerótica” – um jogo sexual no qual os participantes sentem prazer ao serem parcialmente estrangulados.

    Carradine – que estava em Bangcoc filmando “Stretch” – foi encontrado morto por uma camareira dentro de um armário na suíte do hotel com cordas amarradas em seu pescoço, genitais e pulsos.

    Os fãs prestam-lhe homenagem na calçada da Fama em Los Angeles

    No sábado, o corpo do ator foi transportado para Los Angeles. Sua viúva, Annie Bierman, casada com Carradine desde 2004, planeja realizar nos Estados Unidos uma autópsia independente. A família do ator pediu que o FBI participe da investigação de sua morte. Tato o empresário de Carradine, Chuck Binder, quanto seus familiares acreditam, ao contrário que afirma a polícia tailandesa, que os astro de “Kill Bill” tenha sido assassinado.

    O ator David Carradine chegou a ser indicado como melhor ator coadjuvante, no Globo de Ouro, por sua participação em “Kill Bill Vol. 2. º, do diretor Quentin Tarantino, à direita, que o trouxe de volta a primeira time do estrelato.

    A atriz Marina Anderson, de 56 anos, ex-mulher do ator,  afirmou que Carradine, apresentava “um comportamento sexual potencialmente fatal”, nos documentos do divórcio do casal de atores em 2003, Marina alegou que sua recusa em participar de jogos sexuais teria causado o fim do casamento.

    John Arthur Carradine, o ator David Carradine é o filho mais velho do lendário ator John Carradine, e faz parte de uma família toda de atores, que inclui ainda seus irmãos, filhas e sobrinhas.

    A LENDA

    John Arthur Carradine, o ator David Carradine é o filho mais velho do lendário ator John Carradine, e faz parte de uma família toda de atores, que inclui ainda seus irmãos, filhas e sobrinhas.

    Ele ganhou destaque após estrelar “The Deputy”, na Broadway, nos anos 60. Atuou num dos primeiros filmes de Martin Scorsese, “Boxcar Bertha” (que no Brasil ganhou a tradução de “Sexy e Marginal”), de 1972, em “Esta Terra é Minha Terra” (1976), de Hal Ashby, pelo qual foi indicado para o Globo de Ouro em 1977, e “O Ovo da Serpente” (1977), de Ingmar Bergman, entre muitos outros.

    Criada por Bruce Lee, a série “Kung fu” foi indicada a sete prêmios Emmy apenas em sua primeira temporada; Carradine foi premiado em 1973 por sua atuação contínua no seriado como o mestre de artes marciais Kwai Chang Caine.

    Nos dois filmes “Kill Bill”, de Quentin Tarantino, ele interpretou o personagem título, que é morto pela personagem de Uma Thurman com “o golpe dos cinco pontos que explodem o coração”. 
    De acordo com o site IMDB, Carredine deixa sete filmes inéditos prontos, que atualmente se encontram em fase de pós-produção. 

    O ator trabalhava em várias produções por ano e em seu currículo constam mais de 200 filmes e seriados de TV que tiveram sua participação. No final dos anos 70, teve sua carreira prejudicada pelo abuso de álcool e drogas.

    Fontes: Daily TelegraphO GloboThe SunG1Folha Online

  6. Logo o Carradine?

    Em “O ovo da serpente” o comportamento do personagem já era bem disgramado, né, jns?

    Porém, na vida real eu julgava que ele era bem comedido, puxa vida!

    1. Brandon Lee

      Professor,

      O vídeo, com o filho do Bruce, a lenda, está repleto de clichês, mas não deixa de ser interessante.

      Brandon atua em um cenário montado em torno de um bar e restaurante e reage a provocações infantis.

      [video:http://youtu.be/2tXoudzC2Lk%5D

      Um dos meus irmãos teve a honra de conhecê-lo, pessoalmente, em um restaurante nos EUA.

      Abs.

  7. “SANTO DO PAU OCO”
      Conforme

    “SANTO DO PAU OCO”

      Conforme exaustivamente se diz no Rio Grande do Sul, expecialemte na região das missões, os padres jesítas esculpiam imagens de “santos” em troncos “ocos”, e então entravam ou se escondiam dentro deles, da onde aconselhavam e ameaçavam os indíginas, com o intiuito de torna-los dóceis e “cristãos” .

  8. Os ditados populares em imagens

    Essas fotos são do livro “Pequeno Dicionário Ilustrado de Expressões Idiomáticas”, dos fotógrafos Everton Ballardin e Marcelo Zocchio, publicado em 1999 pela Editora DBA.

    Veja abaixo essas imagens e tente descobrir a qual ditado cada uma delas se refere (as respostas estão no final).

     

    [ditos-populares-em-fotos-29.jpg]

    Entrar pelo cano –

     

    [ditos-populares-em-fotos-01.jpg]

    Enfiar o pé na jaca –

    [ditos-populares-em-fotos-02.jpg]

    pau na máquina –

     

    [ditos-populares-em-fotos-03.jpg]

    tirar a água do joelho –

    [ditos-populares-em-fotos-04.jpg]

     

    trocar os pés pelas mãos –

     

    [ditos-populares-em-fotos-06.jpg]

    pagar o pato –

     

    [ditos-populares-em-fotos-08.jpg]

    marcando touca –

     

    [ditos-populares-em-fotos-11.jpg]

    trocando as bolas –

    [ditos-populares-em-fotos-12.jpg]

     

    procurar pêlo em ovo –

     

    [ditos-populares-em-fotos-13.jpg]

    pisando em ovos –

     

    [ditos-populares-em-fotos-14.jpg]

    molhar o biscoito –

    [ditos-populares-em-fotos-17.jpg]

     

    encher lingüiça –

     

    [ditos-populares-em-fotos-18.jpg]

    chutar o balde –

     

    [ditos-populares-em-fotos-19.jpg]

    chorar sob o leite derramado –

     

    [ditos-populares-em-fotos-21.jpg]

    fumar uma bomba –

     

    [ditos-populares-em-fotos-22.jpg]

    bater as botas –

     

    [ditos-populares-em-fotos-23.jpg]

    agasalhar o croquete –

     

    [ditos-populares-em-fotos-26.jpg]

    joão sem braço –

     

    [ditos-populares-em-fotos-27.jpg]

    se lixando –

     

    [ditos-populares-em-fotos-28.jpg]

    com o pé atrás –

     

    [12045_foto.jpg]

    engolindo sapo –

    [12044_foto.jpg]

     

    pendurar as chuteiras –

     

    [12043_foto.jpg]

    chá de cadeira –

    [12048_foto.jpg]

     

    com a corda no pescoço –

     

    [12054_foto.jpg]

    tempestade em copo d’água –

    [12059_foto.jpg]

     

    mala sem alça –

    [12061_foto.jpg]

     

    Queimando a rosca

     

    [12062_foto.jpg]

    segurando vela –

    [12063_foto.jpg]

     

    com a faca e o queijo na mão –

    [Com_a_m_o_na_roda.jpg]

     

    com a mão na roda –

     

    [11-acertando-na-mosca.jpg]

    acertar na mosca –

    [sem-pe-e-cabeca.jpg]

    sem pé nem cabeça –

    [12-descascando-o-abacaxi.jpg]

     

    descascando o abacaxi –

     

    [20-minhoca-na-cabeca.jpg]

    com minhoca na cabeça –

     

    [21-pedra-no-sapato.jpg]

    pedra no sapato –

    [31-pisando-na-bola.jpg]

     

    pisando na bola –

    [18-carta-fora-do-baralho.jpg]

     

    carta fora do baralho –

     

    [22-testa-de-ferro.jpg]

    testa de ferro –

     

    [36-soltando-a-franga.jpg]

    soltando a franga –

     

    [andar-na-linha.jpg]

    andando na linha –

     

    [quebra-galho.jpg]

    quebra-galho –

     

    [barba-de-molho.jpg]

    pôr a barba de molho –

     

    [32-uma-mao-lava-a-outra.jpg]

     

  9. “Mata a cobra e mostra o pau”

    Nassif,

     

    Quando se diz hj que o um sujeito “mata a cobra e mostra o pau” o objetivo é dizer que ele é decidido, faz o qie promete etc.

    No entanto, como me ensinou meu avô materno, na roça o significado era justamente o oposto. Quem mata a cobra e mostra o pau é o enganador. O enganador tenta ludibriar os tolos mostrando o pau com que diz que teria matado a cobra. Afinal, por que não mostra a cobre morta?

    Por que será que essa mudança de entendimento ocorreu?

    um abraço,

     

    Marcelo MIterhof

  10. Cor de burro quando foge

    Com o perdão de Câmara Cascudo, o maior folclorista do Brasil, a expressão “cor de burro quando foge” não tem nada a ver com “corra de burro quando foge”, até por que o burro não é, nem nunca foi, um animal perigoso. A história é mais simples, e bem mais interessante, e vem do interior de Minas: diz-se que um homem tinha um burro cinza, que um dia fugiu. O homem saiu à procura do burro, e cruzou com um viajante pela estrada. Perguntou-lhe se havia visto um burro passar por ali, ao que o viajante indagou: “Um burro preto?”. Apesar de que seu burro era cinza, o caboclo respondeu: “Sim, um burro preto”. “Ele seguir por aquele lado”, disse o viajante. O caboclo andou na direção indicada, e logo encontrou um homem sentado junto a uma porteira. “Viu um burro passar por aqui?”, perguntou ao homem. “Um burro marrom?” respondeu o homem da porteira com outra pergunta. “Sim, um burro marrom”, disse o caboclo. “Ele foi por aquelas bandas”, disse o homem da porteira. E assim o caboclo prosseguiu na procura do burro, perguntando daqui e dali, e as pessoas diziam ter visto um burro branco, amarelado, pintado, tordilho, zulo e não importa quantas cores mais, e o caboclo sempre respondia que sim, que era um burro daquela cor. Por que o que ele queria era reaver um burro, fosse ou não o seu, e fosse da cor que fosse. Por isso, a “cor de burro quando foge” designa uma cor inespecífica, que ninguém consegue definir exatamente qual seja. É isso. Agora, se o caboclo conseguir reaver seu burro? Não sei, nem nunca ninguém descobriu…

  11. Feito nas cochas

    O ditado feito nas coxas é da época dos escravos , para fazer as telhas de barro os escravos faziam as telhas nas coxas  e não ficavam muito boas por que eram feitas com rapidez sem muito acabamento, por isso o ditado feito na coxas para coisas mal feitas.

    1. dito popular

      SOBRE O FEITO NAS COXAS: a primeira parte está correta, a segunda é que cada um ou uma tem o seu volume de perna, então, o encaixe não ficava tão perfeito. Por este motivo, eventuais problemas o dito aparecia – FEITO NAS COXAS

      1. Você quer vender seu rim?

        Você quer vender seu rim? Você está procurando uma oportunidade de vender seu rim por dinheiro devido à queda financeira e você não sabe o que fazer, então entre em contato conosco hoje no uffure Hospital e (2.000.000 USD = 6.998.864.04BRL) Nós providenciaremos rim.
        Nosso hospital é especialista em cirurgia renal e também lidamos com compra e venda. O transplante de rim doador com um correspondente vivo. Estamos localizados na Índia.usa e na Nigéria Se você está interessado em comprar ou vender rins, não hesite em contactar-nos através de
        Email: [email protected]
        Esperando por sua resposta.

        DETALHES PESSOAIS NECESSÁRIOS
        Nomes completos dos pais / responsáveis:
        Nome:

        Era:

        Sexo:

        Data de nascimento:

        Número de telefone:

        Profissão / Profissão:

        Língua:

        Renda mensal:

        Relação:

        Motivo da venda:

        Grupo sanguíneo:

        Genótipo:

        Quantidade Você quer vender seu rim:

        País:

        Estado:

        Endereço de e-mail:

        Descendente:

        Esperamos ouvir você logo que você recebeu este e-mail agora.

  12. Chorar as pitangas

    Matéria interessante, mas na explicação do provérbio “Chorar as Pitangas” a matéria afirma que o termo pitanga deriva da palavra “tupi-guarani” pyrang.

    Na verdade nunca existiu a língua “tupi-guarani”. Existiu sim a língua guarani e a língua tupi. Tupi-guarani refere-se a um tronco linguístico. Assim sendo, o correto seria afirmar que a palavra deriva do termo “pyrang” que em tupi antigo significa vermelho.

     

  13. Muito bom. Gostei de todos.

    Muito bom. Gostei de todos. Curioso que às vezes utilizamos essas expressões e quando descobrimos seus significados acabamos surpreendidos 🙂 

  14. Muito bom. Gostei de todos.

    Muito bom. Gostei de todos. Curioso que às vezes utilizamos essas expressões e quando descobrimos seus significados acabamos surpreendidos 🙂 

  15. Verdadeira história de vida sobre mim Miss maria patricial e a fundação nacional do rim, que me ajudou a vender um dos rins depois de se registrar, eu vendo um dos meus rins por dinheiro e o hospital me pagou uma quantia de US $ 450.000,00 dólares. Poucos dias antes do transplante acontecer, eu costumava ser muito pobre e acho difícil para mim comer, me deparei com um testemunho sobre como a Fundação Nacional dos Rins compensou-o pesadamente por causa de seu rim por um sean ken que disse qualquer um quem está interessado
    deve dar-lhe um julgamento para se registrar com a fundação nacional de rim e voltar a depor, eu copiei o e-mail como ([email protected]) e enviei-lhes um email em menos de três horas recebi uma resposta da fundação e nós negociei e dei um passo corajoso, e me registrei como eles disseram, o que me custou dinheiro, fazendo todos os acordos necessários e eles me deram um hospital que está disposto a comprar meu rim, em poucos dias eu fui pago como acordado pelo Nós dois e uma data foram levados para a operação e operado em mim para salvar o paciente sem quaisquer problemas e eu tenho meu dinheiro de saldo, agora estou financeiramente resolver e firme, por favor não hesite em entrar em contato com o hospital (nationalkidneyfoundation.nig @ gmail.com)
    Meu problema financeiro acabou na vida e estou feliz vivendo agora.

  16. Artigo muito interessante, sem dúvida, ele elucida a origem de conhecidas expressões. Todavia, para outras ele me parece incompleto, senão totalmente inexato. Refiro-me à explicação que o autor dá à expressão “O pior cego é o que não quer ver”. Pesquisei o nome desse médico que operava em Nîmes, em 1647, um suposto Vicent de Paul D’Argenrt (estranha grafia porque em francês seria Vincent, e o nome Argenrt não existe na língua francesa) nos melhores motores de busca franceses e nada encontrei. Nada. Ora, conhecendo bem os franceses como conheço, sei que um personagem e fato assim constariam, não apenas de verbetes no Wikipédia, como também em outras obras que exaltassem o gênio cirúrgico da França.

    Some-se a esta explicação, o disparate de citar “um transplante de córnea” em meados do século 17! a primeira citação de possibilidades de transplante da córnea na França Muito no condicional) surgiu no livro de Guillaume Pellier de Quengsy (1751-1835), um oftalmologista célebre de Montpellier, em 1789. O primeiro caso de um transplante de córnea bem sucedido foi feito pelo oftalmologista austríaco Eduard Konrad Zirm (1887-1944) no dia 7 de dezembro de 1905. Logo, a explicação do autor sobre esse transplante de Nîmes em 1647 é uma pura invenção (provavelmente saída da imaginação de algum autor), sem o menor fundamento histórico, e que lança uma grande sombra de dúvida quanto à veracidade das outras explicações dadas neste artigo.

  17. Artigo muito interessante, em princípio, posto que ele busca elucidar a origem de conhecidas expressões. Todavia, para (ao menos) uma expressão ele me parece incompleto, senão totalmente inexato. Refiro-me à explicação que o autor dá à expressão “O pior cego é o que não quer ver”. Pesquisei o nome desse médico que operava em Nîmes, em 1647, um suposto Vicent de Paul D’Argenrt (estranha grafia porque em francês seria Vincent, e o nome Argenrt não existe na língua francesa) nos melhores motores de busca franceses e nada encontrei. Nada. Ora, conhecendo bem os franceses como conheço, sei que um personagem e fato assim constariam, não apenas de verbetes no Wikipédia, como também em outras obras que exaltassem o gênio cirúrgico da França.

    Some-se a esta explicação, o disparate de citar “um transplante de córnea” em meados do século 17! a primeira citação de possibilidades de transplante da córnea na França Muito no condicional) surgiu no livro de Guillaume Pellier de Quengsy (1751-1835), um oftalmologista célebre de Montpellier, em 1789. O primeiro caso de um transplante de córnea bem sucedido foi feito pelo oftalmologista austríaco Eduard Konrad Zirm (1887-1944) no dia 7 de dezembro de 1905. Logo, a explicação do autor sobre esse transplante de Nîmes em 1647 é uma pura invenção (provavelmente saída da imaginação de algum autor), sem o menor fundamento histórico, e que lança uma grande sombra de dúvida quanto à veracidade das outras explicações dadas neste artigo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador