UFF diz a governo Bolsonaro que terá consequências graves com corte

Jornal GGN – A Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro, foi uma das instituições de ensino superior atacadas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que anunciou um corte de 30% das verbas federais por motivos de “balbúrdia” e supostamente não fazer “a tarefa de casa”. “Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade”, disse a instituição, em nota oficial, neste 1º de maio.

Respondendo diretamente aos ataques do ministro de Jair Bolsonaro, a UFF disse que defende “com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade”.

Entenda aqui: MEC corta verba de universidades que fazem “bagunça”

Ainda, ao contrário do que alegou o ministro sobre não apresentar bons resultados em rankins de universidades, a UFF lembrou que “é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC” e que detem “o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais”. “Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades”, continuou.

Leia, abaixo, a íntegra da nota da Universidade Federal Fluminense:

Nota oficial da UFF à comunidade sobre corte de verbas do orçamento

As Instituições Federais de Ensino Superior receberam pela imprensa a informação de que haveria novo bloqueio de verbas do orçamento discricionário de 2019. Os contingenciamentos não foram uniformes e três universidades sofreram mais: Universidade Federal Fluminense, Universidade de Brasília e Universidade Federal da Bahia. A UFF ainda não foi comunicada oficialmente da decisão do Ministério da Educação, mas foi constatado o bloqueio de 30% dos recursos disponíveis para manutenção das atividades, como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, luz, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros. Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.

A UFF é hoje uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento. A qualidade da UFF é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC e temos o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais. Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades.

Nossa universidade exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.

Faremos todo o esforço institucional ao nosso alcance para demonstrar ao Ministério da Educação a necessidade de reversão dos cortes anunciados.

Redação

Redação

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  • A piada dessa caricatura de ministro atacar as universidades federais por não apresentar bons desempenho.
    As federais sempre lideram em qualquer tipo de ranking de universidades. Nem dá para não falar na liderança das universidades públicas no país.

  • Para o bem das universidades pagas...
    nada melhor do que a escassez de vagas nas públicas

    governo bolsonaro quer de volta os excedentes, como na ditadura....................................

    naquela época, única alternativa era ir pra rua reclamar, levar porrada, morrer ou desaparecer

    hoje, podem contar com ofertas e mais ofertas de vagas nas particulares

    outro crime contra os brasileiros, obrigar ao estudo pago

  • Para que não aconteçam mais, que o presidente e o ministro deem o significado de o que deve ser considerado "balbúrdia" ou "fazer a tarefa de casa". Se preferirem facilitar podem ilustrar com suas relações familiares harmoniosas, de quem faz a tarefa de casa em seus próprios lares.
    Pois ingenuo que sou já não sei se balbúrdia é processar os pais, ser estúpido com quem pensa diferente, colocar filhos para concorrer com as mães, fazer a ex se socorrer em outro país, ensina a prole a faturar em cima dos salários de assessores e coisas do gênero. Sendo isto normalidade, balbúrdia seria usar redes sociais para causar discórdias, xingamentos, choques diplomáticos e proliferação de imagens que gente decente não publicaria? Deveriam liberar logo o EAD do "fisólofo" para nos ensinar a como ser otários completos.
    Mudem logo o slogan: "brasileiros para o fundo, mãos ao alto e Deus nos acuda".

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