Esportes

Botafogo insiste: o futebol é um esgoto, por Percival Maricato

ESPORTE BRETÃO

Percival Maricato

BOTAFOGO INSISTE: O FUTEBOL É UM ESGOTO

O Botafogo, ou sai limpo ou sai esgoto, mais esgoto. O time (não aceito separar o time em clube e SAF do futebol) parece que gosta de ser manipulado por delinquentes .  Anos atrás o Fogão esteve envolvido em um escândalo de pirâmides que lesou milhares de infelizes por demais ingênuos, ação desonesta liderada pelo presidente na época. Depois vendeu o departamento de futebol para um tal de John Textor, “investidor” americano (socorro lei dos imigrantes), atual CEO da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube e em vez de pagar os credores propôs um tipo de recuperação judicial inventado no Congresso para uso dos clubes com diretorias incompetentes, com proposta de pagar os credores em 146 parcelas mensais ou 10% à vista (por falar em crime organizado). Agora, com seu time, digo, seu negócio indo mal, o tal do Textor vem a público dizer que os árbitros são todos comprados e por isso o Verdão está na liderança.

Chafurdar na lama?

Não obstante parte da cartolagem fazer do futebol um esgoto, há limites mínimos na conduta. Declarações que procuram explicar à torcida porque o time vai mal, devem ficar entre as quatro linhas (como dizia Bolsonaro, enquanto saia das linhas) e o que se espera é a reação dos que ainda se ativam com decência na gestão do esporte. Ou Textor diz o nome dos bois, ou deve ir para a cadeia, após ser expulso do futebol. E saindo da Papuda, onde encontrará outros dos seus, ser expulso do país. Os árbitros têm direito a dano moral coletivo. Até os infelizes torcedores do Fogão. Se Textor diz a verdade, 0,001% de chance, peço desculpas e me aposento.  Não aguentarei escrever sobre vômitos e tumores.

Liverpool 1 x 1 Manchester City

Num jogo espetacular, onde se disputava a liderança da Premier League, os dois melhores times da Inglaterra na atualidade empataram. Estádio cheio, futebol de primeira, poucas faltas, sem jogadores fazendo escândalos e rolando no gramado quando são tocados, ou rodeando e tentando intimidar o juiz à qualquer marcação deste, nada de “cera” por dez minutos ou mais por tempo de jogo quando um time está ganhando, deu gosto assistir a peleja. E os violentos, os hooligans? Estes, depois de alguns processos, multas e muita cadeia, ficaram bonzinhos, torcem como qualquer outro cidadão ou foram despejar sua violência em outra freguesia. Antes de recuperar o protagonismo técnico, o futebol brasileiro tem que resolver esses problemas de conduta, tem que ter jogo de futebol e não a maldita malandragem dentro do campo e o jeitinho fora dele, tem que afastar os dirigentes incompetentes e espertalhões.

São Paulo se classifica aos 50 do segundo tempo

O Tricolor do Morumbi ganhou do Ituano graças a um pênalti marcado pelo VAR, convertido em gol por Lucas aos 50 minutos do segundo tempo. Lucas é o tipo de jogador que qualquer torcedor gostaria de ter em seu time: é bom de bola,  simples, corre o tempo todo, passa energia aos demais, não fica fazendo mimimi em cima do juiz, respeita adversários.

Estupidez em campo e o Flamengo põe o Fluminense na roda

O Fluminense já vinha sendo dominado pelo Flamengo no clássico carioca deste domingo quando Tiago deu um carrinho criminoso em Cebolinha, do Mengo. Foi expulso e o Nense entrou na roda, como bem merece quem tem jogadores estúpidos, em todos os sentidos: violência e ignorância.

Percival Maricato é advogado.

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para dicasdepautaggn@gmail.com. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.

Percival Maricato

Percival Maricato é sócio do Maricato Advogados e membro da Coordenação do PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais

Percival Maricato

Percival Maricato é sócio do Maricato Advogados e membro da Coordenação do PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais

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  • O ex-jogador argentino Oscar Ortiz, campeão do mundo em 1978, deu uma entrevista ao documentário "Verdad o Mentira", sobre aquela Copa da Argentina, em que dizia, ao ser perguntado pela enésima vez sobre as circunstâncias nebulosas daquele torneio: "Hay drogas y hay diñero. Por lo tanto, si hay drogas y hay diñero, hay doping y hay suborno. Te contesté, o no?" Imediatamente foi procurado por meio mundo de gente, para esclarecer aquelas palavras. Amarelou, e saiu pela tangente, dizendo que havia falado de forma genérica, e nunca tinha testemunhado nada naquele sentido. Agora o Percival quer que o John Textor dê nome aos bois. O nome do boi é 'lavagem de dinheiro', Percival. Não seja ingênuo. Ou fique esperando que alguém vá matar a galinha dos ovos de ouro, abrindo o jogo da safadeza no futebol, para torná-lo um esporte honesto e praticado com lisura.

  • De onde saiu um maluco como esse?? O melhor é a descrição do final do texto. "Percival é advogado". Realmente, parece que assistiu um monte de filme de júri, e tá fazendo aquele discurso tendencioso (pra dizer o mínimo) e dissuadir os presentes a seu favor. Que texto, sem pé nem cabeça!

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