No Reino Unido, o impasse se instala. Boris Johnson anunciou que vai renunciar, mas propôs permanecer no cargo até que os parlamentares conservadores escolham um novo líder.
Mas vários ministros já se afastaram de cumprir o papel de gestor. Johnson poderia, como David Cameron, considerar a perspectiva humilhante ou impraticável e, no lugar, optar por ir embora imediatamente. Caso assim o fizesse, seria necessário haver outro primeiro-ministro interino enquanto ocorre o processo de eleição da liderança do partido.
O vice-primeiro-ministro poderia desempenhar a função, como já o fez em outras ocasiões, mas caso decida se candidata à liderança seria uma desculpa para não assumir a função.
Outras opções para assumir o posto de primeiro-ministro interinamente é a própria Theresa May ou mesmo ministros do alto escalão.
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Um novo primeiro-ministro seria escolhido, primeiro, por deputados conservadores, e depois por membros do partido. Cabe a eles determinar um líder conservador pois o partido tem maioria na Câmara dos Comuns.
Um deputado poderia se candidatar ao cargo, bastando para isso ser indicado por oito colegas. Se mais de dois deputados se apresentarem com as indicações garantidas para concorrer à liderança, uma série de votações secretas será realizada. O de menos votação vai sendo eliminado, e assim sucessivamente, até restarem dois candidatos.
Quando somente restarem dois parlamentares na disputa, os membros do partido podem fazer sua escolha final antes do prazo estabelecido pelo Comitê.
Em 2019, quando Johnson substituiu Theresa May, todo o processo de liderança levou cerca de seis semanas.
Caso um novo líder conquiste a confiança dos Comuns, então não seria obrigatória a convocação de uma eleição geral.
Muitos parlamentares seniores devem apresentar seus nomes, incluindo Rishi Sunak, Liz Truss, Penny Mordaunt, Ben Wallace e Sajid Javid. Até agora, a procuradora-geral, Suella Braverman, disse que pretende se candidatar, enquanto o veterano defensor do Brexit e fixador de bancada Steve Baker disse que está sendo instado por colegas a fazê-lo também. O presidente do comitê seleto de relações exteriores, Tom Tugenhadt, e o ex-ministro Jake Berry também indicaram que vão se candidatar.
Com informações do The Guardian.
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