Muitas acusações no último debate entre Trump e Biden, mas menos interrupções

Jornal GGN – O último debate presidencial das eleições dos Estados Unidos, entre Donald Trump, o republicano e atual presidente, e Joe Biden, o candidato democrata, aconteceu na noite desta quinta-feira, dia 22, e teve momentos marcantes.

O número de interrupções diminuiu, principalmente depois da regra do debate de calar o microfone do oponente quando um candidato está falando. Mas as acusações entre os candidatos tiveram seu lugar garantido. Os temas quentes, como racismo, imigração, covid-19 e ligações com Rússia e China esquentaram o embate.

Racismo foi colocado no debate com o questionamento da moderadora que disse que era uma realidade que as famílias negras eram obrigadas a conversar com seus filhos a respeito de condutas específicas para evitar atos racistas violentos.

Biden compreendeu o questionamento e disse os EUA carregavam o ‘racismo estrutural’ e acusou Trump de jogar ‘combustível em cada incêndio racista’ e que ele é um dos presidentes ‘mais racistas da história’.

Trump se defendeu dizendo ser a pessoa menos racista ali presente e que ninguém fez mais à comunidade negra do que ele.

Outro ponto bem delicado para a administração Trump foi colocado no debate: imigração. Crianças migrantes foram tratadas de forma desumana e separadas dos seus pais. O mundo inteiro acompanhou e criticou este comportamento do governo dos EUA. Biden criticou a xenofobia de Trump e que separar crianças de seus pais é um ato criminoso.

Trump se defendeu dizendo que ‘muitas dessas crianças não entram com seus pais, elas entram com criminosos, com coiotes’. Ao que Biden responde que isso não era verdade, pois que ‘foram arrancadas de seus pais e deixadas sozinhas sem nenhum lugar para ir’. ‘Isso é criminoso’, completou.

A pandemia foi outro tema tenso. Trump ficou nos chavões de sempre: doença que veio da China, vírus chinês, praga, permeando sua fala. E, como faz sempre, colocando dados sem fontes para enaltecer o enfrentamento feito pelo seu governo. Trump disse que 99,9% das pessoas jovens se recuperam da doença, sem demonstrar de onde vieram esses dados.

Biden disse que Trump não tinha e continua sem um plano para combater a pandemia. ‘Qualquer um que seja responsável por essas mortes não deveria ser presidente dos Estados Unidos’, disparou Biden.

O democrata defendeu uma reabertura econômica segura e se referiu a entrevista anterior de Trump, onde ele sabia da gravidade do coronavírus mas minimizou para evitar pânico.

Os países que mais entraram no debate foram Rússia e China, e ambos os candidatos fizeram acusações ao outro de manter relações com esses países. Biden dizendo que os dois estão ‘tentando interferir nas nossas eleições’, e que, se eleito, os fará pagar por isso.

Trump se vangloriou de seus feitos diplomáticos e disse que Obama deixou uma bagunça nas relações com a Coreia do Norte, e que ele hoje tem uma ótima relação com Kim Jong-Un.

Redação

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