Foto: Agência Brasil
Jornal GGN – O advogado Antônio Cláudio Mariz, que faz a defesa de Temer no caso JBS, foi convidado pelo presidente da Comissão do Código de Processo Penal da Câmara, o deputado Danilo Forte (PSB-CE), para elaborar uma “proposta de regulamentação das delações premiadas e das conduções coercitivas”. É o que informa o Painel da Folha desta quarta (12).
Segundo a coluna, o parlamentar quer “incorporar a tese de Mariz ao relatório final sobre o novo código. O deputado falou com o criminalista na segunda (10), quando ele foi à CCJ apresentar a defesa de Temer na denúncia que nasceu da delação de Joesley Batista.”
Ao fazer a defesa de Temer e se posicionar contra o relatório de Sergio Zveiter, que apoia a investigação contra o presidente, Mariz criticou a Lava Jato e se colocou à disposição de elaborar um projeto de lei que regulamente a delação premiada.
O advogado expôs o que chamou de atuação “horrorosa e seletiva” do Ministério Público Federal, que é, além de aceitar delações sem provas, só inserir nos autos aquelas que atacam os denunciados. Isso porque, segundo Mariz, a Procuradoria Geral da República excluiu da denúncia depoimentos colhidos pela Polícia Federal que desmontam a denúncia contra Temer.
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Suspeita para queimar o criminalista
Como sàbiamente tem dito e escrito Lênio Streck "...sim, porque, como venho dizendo, defender a legalidade, hoje, é um gesto revolucionário " em tempos de Fraude a Jato e tribunal midiático - que acusa, julga e condena - as primeiras vítimas desse ativismo midiático-judicial são a justiça, a verdade e - claro - as pessoas acusadas, os que defendem essas pessoas, tenham elas cometido, ou não, as ilicitudes e crimes a elas imputados.
Nesta curta nota vemos dois graves erros e uma edição maldosa do fato noticiado.Os erros são do deputado Danilo Forte, ao convidar o renomado e repeitado advogado criminalista, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, para propor regulamentação de delações premiadas e conduções coercitivas no momento em que esse profissional se dedica à defesa de Michel Temer - atual ocupante da presidência da república e acusado de cometer crimes de corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa - de denúncia originada em gravações clandestinas e que pode ser reforçada por delações premiadas de assessores e pessoas próximas ao atual ocupante do Palácio do Planalto, assim como do criminalista, ao declarar que dispõe a elaborar um projeto de lei que regulamente a delação premiada.
No mérito faz sentido o convite feito pelo deputado, assim como a colaboração do advogado em elaborar tal regulamentação. Mas o momento e circunstâncias atuais, o convite do deputado revela um primarismo e analfabetismo parlamentar inomináveis. Já o advogado poderia, de forma discreta e elegante, declinar do convite ou não opinar neste momento, declarando-se impedido, já que está imbuído de defender Michel Tmer das acusações feitas contra ele pela PGR.
A edição maldosa da nota temo claro propósito de queimar a reputação do advogado, já que o deputado que o procurou é um insignificante do baixo clero, que apoiava Eduardo Cunha e Michel Temer.