Aécio usou supermercado em BH para lavar dinheiro e comandou esquema de R$ 110 milhões, diz PF

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Aécio Neves (PSDB) liderou uma organização criminosa com a intenção de comprar apoio político de outros partidos para sua candidatura à presidência, em 2014. Para isso, captou junto ao grupo que controla a JBS cerca de R$ 110 milhões em doações legais e ilegais. O dinheiro foi distribuído entre aliados do tucano no DEM, Solidariedade e PTB. Para entregar os recursos, o esquema teria usado até supermercados de Belo Horizonte. É o que afirma a Polícia Federal no âmbito da Operação Ross.

“O grupo criminoso liderado pelo senador Aécio Neves teria agido de forma a ‘comprar’ o apoio de diversos partidos e candidatos para a campanha presidencial do PSDB nas eleições de 2014, como o PTB, com a interlocução dos deputados federais Cristiane Brasil e Benito Gama, além do tesoureiro do partido Teixeira Magalhães Filho, o Solidariedade, com o envolvimento do deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), além do DEM, em que houve a interlocução com o Senador Agripino Maia, e outros já referidos”, afirmou a PF.
Para a PF, Aécio “solicitou e recebeu direta e indiretamente o valor indevido de pelo menos R$ 128.049.063,00 do grupo J&F, sendo R$ 109.344.238,00.” Os recursos foram repassados aos partidos alinhados com Aécio: “R$ 20 milhões para o PTB, R$ 15 milhões para o Solidariedade e R$ 2 milhões para o DEM, além de R$ 9 milhões para “diversos candidatos e partidos menores”.
“O recebimento dos recursos indevidos pelos membros da associação criminosa foi embasado na prática de crime de corrupção e viabilizados por intermédio da lavagem dos recursos financeiros, seja pela realização de doações eleitorais oficiais, por meio da simulação da prestação de serviços e emissão de notas fiscais fraudulentas, pela utilização de doleiros para a realização de entregas em espécie e depósitos em contas correntes de pessoas físicas, ou ainda pelo emprego de supermercados para a realização de entregas em espécie”, escreveu a PF.”
Em troca, Aécio prometeu a Joesley Batista “influência no futuro governo federal, que seria viabilizada pelo grupo político ‘comprado’, além de ter atuado para a restituição de créditos de ICMS junto ao governo de Minas Gerais”, acrescentou a PF.
Nesta terça (11), a PF fez operação de busca e apreensão em endereços de Aécio, de sua irmã Andréa Neves e do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Houve pedido de prisão preventiva mas a Justiça negou.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Podem anotar: não vai dar em

    Podem anotar: não vai dar em nada.

    Esse sujeito é imprendível. O que garante ele é a quantidade de segredos que tem sobre a política brasileira, especialmente do PSDB.

    É um gangster perigoso que mataria até a própria mãe para não ir para a cadeia.

  • operação ofusca Bozogate

    Marmita requentada para ofuscar o BOLSOGATE. Até parece que os  Neves deixariam algum pozinho de evidência depois da matriarca ter sido presa.

  • seção de recados

    São um dos mais importantes exemplos, dos tempos atuais, de que: A justiça tarda, mas não falha; de que galinha de casa não se corre atrás; de que com ferro fere, com ferro será ferido; de que quem tanto faz, tanto leva; de que olho grande não entra na China; de que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura; que castigo anda a cavalo; etc...

  • Ontem ...
    Ontem este site criticou O Globo pelo tratamento dado ao juiz Darlan.
    Hoje usa os verbos no passado para o senador Neves...
    Não que eu goste dele.

  • Comprou todo o estoque de óleo de peroba e outros produtos para

    lustrar os caras de pau. Que tenha deixado um tanto nas prateleiras para novos governantes

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