Conta de Temer foi usada para pagar propina a preso da Lava Jato, diz MPF

Foto: Agência Brasil
Jornal GGN – O Ministério Público Federal acredita que o ex-ministro Henrique Alves, preso esta semana em uma operação desdobramento da Lava Jato, recebeu meio milhão de reais em propina da OAS por meio da conta de campanha de Michel Temer, em 2014.
Segundo o MPF, pelo menos R$ 500 mil foram depositados no caixa de Temer e posteriormente transferidos para a conta do PMDB do Rio Grande do Norte, onde Alves concorria ao governo do Estado.
“A propósito, saliente-se que um dos repasses de valores ilícitos da OAS para a campanha de Henrique Eduardo Lyra Alves a Governador do Rio Grande do Norte em 2014, objeto de apuração no caso, foi de início pago justamente ao candidato a Vice-Presidente Michel Temer, que transferiu os valores ao Diretório Estadual do PMDB no Rio Grande do Norte, que os direcionou a Henrique Eduardo Lyra Alves”, diz o pedido de prisão do ex-ministro.
O documento ainda relata que Alves matinha uma conta na Suíça “para recebimento de propina”, fechada somente em março de 2015, quando a Lava Jato chegou ao Supremo Tribunal Federal. Os recursos da conta foram transferidos para os Emirados Árabes e Uruguai.
Alves foi preso no dia 6 passado, no âmbito da Operação Manus, que apura corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Informações da Lava Jato deram sustentação a essa investida da Polícia Federal com o MPF. O superfaturamento investigado chega a R$ 77 milhões.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Obviedades lulianas:

    Se a conta estava em nome de Temer e Temer a usava, eh claro que a conta era do preso!

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