Defesa de Lula tem acesso a dados eletrônicos da Operação Spoofing

Jornal GGN – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve acesso aos arquivos hackeados em 2019 referentes à Operação Spoofing – e o controle sobre o que é selecionado pelos advogados se deu por meio da assinatura de um termo de responsabilidade.

“Será redigido um Termo de Responsabilidade em que o advogado e o assistente técnico designados assumirão o compromisso, sob as penas da lei, de que somente selecionarão os arquivos que digam respeito direta ou indiretamente à defesa do reclamante, não havendo arquivos que digam respeito exclusivamente a terceiros”, diz memorando elaborado por policial que integra a articulação para o cumprimento da decisão, que foi mantida pelo ministro Ricardo Lewandowski, em julgamento com outros quatro ministros da Corte, em 09 de fevereiro.

“A relação dos arquivos selecionados será encaminhada ao Poder Judiciário para conhecimento e medidas que entenda cabíveis, salientando que este subscritor [policial] e os peritos criminais designados não têm como aferir o que seria relevante ou não aos interesses da defesa”, diz o ofício.

O tema ganhou força uma vez que o ex-presidente Lula tem divulgado diálogos de procuradores e do ex-juiz Sergio Moro no aplicativo Telegram, que foram extraídos a partir do acesso autorizado pelo STF – tais trechos têm sido divulgados em relatórios elaborados por um perito particular e anexados publicamente no procedimento em tramitação no Supremo.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a lista de itens selecionados conta com arquivos que eram trocados pelos procuradores no Telegram, como versões de minutas de acordos e ofícios, e outros roteiros de trabalho, e arquivos de 176 pessoas hackeadas, incluindo ministros, magistrados, congressistas e até do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de seus filhos, conforme argumentação da Procuradoria-Geral da República, já vencida no Supremo.

O hacker que confessou ter invadido os celulares de autoridades em 2019, Walter Delgatti Neto, que confessou ter feito as invasões aos celulares em 2019, declarou em entrevista que apenas o procurador Deltan Dallagnol, mantinha na época da invasão cibernética os arquivos de conversas no sistema do aplicativo, e que não encontrou conversas relacionadas ao presidente Bolsonaro e aos filhos ao invadir os perfis que mantinham.

Redação

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