Justiça

Detido pela PF tem trajetória atestada em ações bolsonaristas

Conforme revelou com exclusividade o jornalista Aguirre Talento, a Polícia Federal prendeu na noite desta quinta-feira (20) um dos líderes da invasão do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no 8 de janeiro, que estava foragido.

Diego Ventura, 38 anos, foi detido em Campos dos Goytacazes (RJ), durante a “assembleia nacional da direita brasileira”. Os federais receberam a informação de que ele participaria do evento e se prepararam para prendê-lo. 

Ele ficou conhecido entre militantes de direita radical como Diego da Direita Limpa Campos, movimento bolsonarista de Campos. Depois da derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, passou a viver em acampamentos nas portas dos quartéis. 

Trajetória

No fim de dezembro, ele chegou a ser detido pela Polícia Militar do Distrito Federal quando se dirigia ao STF portando itens como estilingues, rádios comunicadores e faca, mas foi solto no mesmo dia. 

Deste evento, Ventura partiu para ser um dos líderes da invasão do 8 de janeiro. O UOL identificou Ventura em vídeos do lado de fora do STF, chutando grades de contenção antes do início da invasão, e em imagens dentro do prédio. 

Ana Priscila Azevedo, outra liderança que estava com ele, informou o jornalista em sua matéria, foi presa em 10 de janeiro, mas Ventura conseguiu escapar. Foi apurado prejuízo material de R$ 20,7 milhões causado pela depredação. 

Presos do 8/1

Ventura se junta às 294 pessoas (86 mulheres e 208 homens) presas pela destruição provocada nos prédios dos Três Poderes e tentativa de golpe. Denunciadas chegam a 1.390 pessoas, no âmbito dos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos. 

Na Justiça Federal, a Advocacia Geral da União (AGU) moveu cinco ações para condenação definitiva de 178 indivíduos, três empresas, uma associação e um sindicato por financiamento ou participação nos atos golpistas. 

LEIA MAIS:

Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

Recent Posts

Papa Francisco recebe Dilma Rousseff no Vaticano

Os dois conversaram sobre o combate à desigualdade e à fome. Para Dilma, o papa…

3 horas ago

Exposição à poluição aumenta o risco de doenças cardíacas em moradores de São Paulo

Os pesquisadores constataram que pessoas que sofrem de hipertensão sofrem ainda mais riscos, especialmente as…

3 horas ago

Vídeo mostra a ação da polícia durante abordagem de Tiago Batan

Caso ganhou repercussão no interior de SP; jovem faleceu após ser baleado na região do…

4 horas ago

Roberto Campos Neto e o terrorismo monetário

É papel do Banco Central administrar as expectativas de mercado, mas o que o presidente…

5 horas ago

Museu do Trabalhador: Alfredo Buso conta como foi preso sem cometer crimes

Ex-secretário de obras de SBC, entrevistado da TVGGN anuncia absolvição do caso e lembra os…

5 horas ago

Justiça suspende julgamento de ex-policial que matou tesoureiro do PT

Defesa alega que comarca pode sofrer interferência devido à repercussão do assassinato e da influência…

6 horas ago