Os Estados Unidos terão uma mulher negra formando parte da Suprema Corte pela primeira vez em sua história. A escolhida para romper com esse tabu foi Ketanji Brown Jackson, teve seu nome indicado pelo presidente Joe Biden no dia 25 de fevereiro.
Nesta quinta-feira (7/4), o Senado realizou a votação da sua indicação, que foi aprovada por 53 parlamentares a favor e 47 contra.
A juíza também será a terceira pessoa negra a formar parte da Suprema Corte. Antes dela, dois homens negros formaram parte da máxima instância do Poder Judiciário estadunidense: o primeiro foi Thurgood Marshall, indicado em 1967 por Lyndon Johnson, e que ocupou o cargo até 1991, e o segundo foi Clarence Thomas, indicado em 1991 por George H. Bush, justamente para substituir Marshall, e que forma parte do tribunal até hoje – portanto, será a primeira vez que este contará com dois magistrados negros atuando simultaneamente, entre seus nove membros.
Segundo o diário britânico The Guardian, a aprovação de Brown Jackson superou o equilíbrio de forças no Senado estadunidense, já que tanto o Partido Democrata (do atual presidente Joe Biden) quanto o Partido Republicano (oposição) possuem 50 senadores cada. Para conseguir o placar favorável, os democratas contaram com três votos republicanos favoráveis à indicação de Biden, dos senadores Mitt Romney (de Utah), Lisa Murkowski (Alaska) e Susan Collins (Maine).
Ketanji Brown Jackson tem 51 anos e é bastante conhecida no país por sua atuação destacada na Corte de Apelações do Distrito de Columbia, e reconhecida por suas posturas liberais. Ela substituirá o juiz Stephen Breyer, de 83 anos, que também pertencia ao bloco liberal do tribunal. A chegada da juíza à Suprema Corte também traz uma história nesse sentido, já que ela trabalhou como assessora de Breyer no início de sua carreira jurídica.
A posse de Ketanji Brown Jackson deve acontecer em julho deste ano, semanas depois da aposentadoria de Stephen Breyer, que deve ser oficializada em junho, logo após o início do verão no hemisfério norte.
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Boa noite! Sou negro, antes eu era a favor de cotas identidaria para as minorias nos diversos lugares da sociedade. A questão é que independente da cor ou sexo, a pessoa faz parte do sistema. E quem tem o mínimo de conhecimento de história sabe de pessoas negras, mulheres ou lgbtq tão reacionários, quanto qualquer branco ou hetero. Barack Obama e Joaquim Barbosa são o exemplo do negro na posição errada. O critério tem que ser a competência e dignidade e não a identidade.