MP instaura inquérito para apurar racionamento de água em São Paulo

Jornal GGN – O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil para apurar denúncias sobre rodízio ou corte na distribuição de água em diversos municípios de São Paulo pela Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), sem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tenha decretado estado de racionamento.

O inquérito nº 43.0739.0005266/2014-6 foi aberto pela Promotoria da Habitação e Urbanismo da Capital, a pedido do promotor Mauricio Antonio Ribeiro Lopes. A portaria assinada por ele no dia 29 de maio pede que a Sabesp se posicione sobre o fornecimento de água pomovido nos últimos 90 dias, em especial da zona norte da mancha metropolitana paulista – região que assiste ao colapso do Sistema Cantareira, que abastece cerca de 9 milhões de pessoas. 

A Promotoria quer saber qual o volume de água destinado ao abastecimento da capital, o número de pessoas afetadas pelos rodízios impostos, a situação do fornecimento de água na atualidade, o prognóstico para os próximos seis meses e todas as demais informações necessárias à compreensão do problema.

Essa semana, a Sabesp informou que o volume morto do Cantareira, usado para suprir a demanda diante da crise no Estado, deve se esgotar até o final de outubro. Sem perspectivas de chuva nos próximos meses e sem alternativas de mananciais para substituir o Cantareira com urgência, Alckmin tem evitado, ao máximo, decretar racionamento.

A Secretário da Casa Civil e a Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado também forma intimadas a fornecer dados à Promotoria no prazo de 10 dias. As informações são do Ministério Público de São Paulo. A portaria sobre a instauração do inquérito está disponível aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  • Alto Tietê

    Uma questão que muito pouco foi abordada até agora é a circunstância de o Sistema Alto Tietê começar a apresentar também um status muito preocupante. Escrevi sobre isso hoje aqui: https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/um-novo-capitulo-da-crise-da-agua-em-sao-paulo-sistema-alto-tiete-chega-a-apenas-30-de-capacidade

  • O Ministério Público de São Paulo

    ainda vai definir em qual gavetão o tal inquérito irá mofar.

     

  • pelo que acabei de ver no STF...

    recomendo que não contem com qualquer seriedade da parte dos envolvidos e comprem ações da Sapesb

    • p proposital...

      protegida em todos os sentidos de qualquer punição e da obrigação de pagar qualquer coisa a a quem quer que seja,

      excluindo-se, é claro, acionistas

  • Ei, MP: Que tal apurar também outras coisitas?

    Recordando 2001, e o que ocorre nos sistemas de abastecimento de energia elétrica e água nos últimos anos, podemos aferir que segundo o noticiário e pelas análises brilhantes da imprensa corporativa, podemos chegar as seguintes conclusões, ou melhor, fomos esclarecidos, nem precisamos pensar:

    a) Falta de água ou de energia em governo neoliberal

         causa: seca histórica.

       solução: a população deve imediatamente fazer uma redução drástica do consumo de água e energia elétrica, trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes, reduzir banhos, economizar água e eletricidade, apagar a luz, etc.

         responsável: Desperdício da população, São Pedro Petralha e mudanças climáticas.

    b) Redução do nível dos reservatórios da hidrelétricas (sem falta de energia)

       causa:  falta de planejamento do governo federal, populismo tarifário e eleitoral.

      solução: reclamar que construiram (e, absurdo, estão usando!) fontes alternativas de geração elétrica mais caras, como usinas termeelétricas, eólicas, etc., o que certamente será pago pela população.  Providenciar um levantamento detalhado de eventuais atrasos em obras de usinas e linhas de transmissão de maneira a estimular a população contra tudo que aí está, sair as ruas e principalmente votar corretamente, ou seja no candidato da oposição no pleito para presidente.

       responsável: Governo Federal incompetente e suas agências aparelhadas.

     

     

  • realmente inacreditável...

    até JB, que negou o recurso, teve que se segurar para não manifestar sua revolta ante tanta proteção da parte de alguns

  • Se o sistema foi bem ou mal
    Se o sistema foi bem ou mal administrado, o MP não tem nada com isso.
    O julgamento é político e através do voto direto.
    O MP, fora de suas atribuições, só quer aparecer e ficar bem foto.

    Depois vão querer saber porque não levam o MP a sério.

  • Eita que os tucanos vao

    Eita que os tucanos vao acabar com a pobreza do Tukanistao privando-os do precioso liquido. Se pelo menos a capital do tucanistao fosse na beira do mar, neguinho engolia, no desespero, umas chicaras de agua salgada, ao menos naoo morria de sede.     

    Orlando

  • Logo, logo algum promotor

    Logo, logo algum promotor bundudo, em SP tem cada um, senta em cima do inquérito e pede arquivamento... 

  • Eh so falar pro MP que Sao

    Eh so falar pro MP que Sao Pedro odeia Sao Paulo.

    Funcionou tantas vezes quando se tratava dos paulistanos que nao pode falhar agora!

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