Produtor do filme sobre Lula desmonta suspeitas da Lava Jato

Jornal GGN – Luiz Carlos Barreto, um dos cineastas responsáveis pelo filme “Lula, o filho do Brasil”, enviou um e-mail ao site Conversa Afiada desmontando as suspeitas criadas pela Lava Jato em concluiu com a grande mídia sobre o patrocínio da Odebrecht ao projeto.
“(…) quero deixar claro que jamais solicitamos ou nos foi oferecido qualquer espécie de tráfico de influência da área da Presidência da República junto a eventuais patrocinadores, cujos contatos foram estabelecidos diretamente pelos nossos agentes de captação”, afirmou.
Em reportagens publicadas em 4 e 5 de janeiro, feitas sob a perspectiva dos investigadores, o Estadão dá a entender que a Odebrecht pode ter sido favorecida pelo governo petista em troca de doação para a realização do filme. O jornal destacou que a empreiteira não queria aparecer entre os patrocinadores, situação que, na prática, não foi aceita.
“Houve uma solicitação para que não incluíssemos o nome da empresa nos créditos do filme e dos materiais publicitários, condição essa que não foi, por nós, aceita, visto que é de praxe dar ao patrocinador, como uma das contrapartidas de seu investimento, seu logo nos créditos de apresentação do filme e também nos materiais publicitários”, disse Barreto.
Ele ainda explicou que a produção não aceitou incentivos fiscais através da Lei Rouanet para não levantar polêmica de que Lula, ainda presidente, estaria sendo beneficiado por mecanismos de renúncia fiscal.
Leia, abaixo, a nota completa.
A respeito da notícia veiculada no site do jornal Estado de São Paulo (Estadão), na qualidade de responsável pela produção do filme “Lula, o filho do Brasil”, tenho a esclarecer o seguinte:
A captação de recursos necessários à realização do projeto teve como decisão central não se recorrer aos mecanismos de Renúncia Fiscal (leis Rouanet e audiovisual) para não nos acusarem de utilizar recursos públicos para contar a história de vida do Presidente Luiz Inácio (Lula) da Silva, em pleno exercício do cargo.
A partir dessa decisão principal e levando em conta o elevado custo da produção, inicialmente estimado entre 10 e 12 milhões de reais, tomamos outra importante decisão: não concentrar a nossa captação em poucos patrocinadores, pulverizando ao máximo a captação.
Esta nova decisão nos causou um alongamento no tempo para realizar as captações,  todas registradas em contratos e devidamente documentadas.
No caso da Odebrecht, houve uma solicitação para que não incluíssemos o nome da empresa nos créditos do filme e dos materiais publicitários, condição essa que não foi, por nós, aceita, visto que é de praxe dar ao patrocinador, como uma das contrapartidas de seu investimento, seu logo nos créditos de apresentação do filme e também nos materiais publicitários.
Elucidadas essas questões, quero deixar claro que jamais solicitamos ou nos foi oferecido qualquer espécie de tráfico de influência da área da Presidência da República junto a eventuais patrocinadores, cujos contatos foram estabelecidos diretamente pelos nossos agentes de captação. Portanto, se alguém se arvorou em cobrar apoio à Odebrecht para o filme, o fez por sua auto-recreação.
Abaixo, segue a lista de patrocinadores, co-produtores e apoiadores do filme Lula, o Filho do Brasil, todos devidamente creditados no longa e nos materiais de divulgação.
Patrocinadores: Senai; Camargo Correia; GDF Suez; EBX; OAS; Brahma; Volkswagen; Odebrecht; Souza Cruz; JBS; Hyundai; Estre Ambiental S/A.
Co-Produtores: Globo Filmes; Tele-Imagem; Locall; EspaçoZ; Intervideodigital; Europa Filmes; Downtown Filmes.
Apoiadores: Ticket; Oi.
Luiz Carlos Barreto
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

View Comments

  • A Leva Jetons deveria investigar os títulos de doutor do Lula

    Quem sabe possam achar que as universidades estrangeiras também possam ter sido subornadas pelas empreiteiras (FHC iria gostar). Outra sugestão é a de investigar a administração Obama, já que ele disse que "Lula é o cara", pode ter Odebrecht ai no meio.

    A mediocriadade os torna ridículos e assim a mídia velha decai, ouvindo aos tolos e falando aos ignóbeis.

  • Desmonta, nada

    Desmonta nada, basta alguém ter dito que ouviu dizer de alguém que ouviu falar que houve desvio que um promotor qualquer entra com a ação, um juiz amigo condena e três juízes mais amigos ainda confirmam. A Glória Pires que se cuide.

  • SÉRGIO FERNANDO MORO E SUA

    SÉRGIO FERNANDO MORO E SUA QUADRILHA DE PROCURADORES PERDERAM O SENSO DO RIDÍCULO.ESTES CARAS NÃO SE TOCAM?

  • QUE DIZ A PF DO PSDB, SOBRE O

    QUE DIZ A PF DO PSDB, SOBRE O FILME DOS PORQUINHOS DA LAVAJATO DO MORO? 

    Aquele filme(?) mequetrefe, na verdade, um filmete publicitário de segunda linha, em que, além dos patrocinadores terem se escondido, seria apenas de vergonha? O filme que pretendia enaltecer a fraudulenta ação de meia dúzia de concurseiros deslumbrados e liderados por um juizeco de rodapé metido a delegado de quarteirão. Na vida real, o tal heroi de merda, é desmoralizado pelo advogado Tacla Duran. Personagem que no filme é omitido, assim como foram escondidos os patrocinadores.

    É de mutretas perpetradas pelos lavajatairos do moro, que os bate-cabeças, concurseiros da polícia federal do psdb, deveriam se ocupar. Aliás, até hoje, nós brasileiros e patrões desses rapazes, estamos no aguardo do resultado, ou, da notícia de qual descaminho ocorreu com aquelas 1/2 Tonelada de pasta base de cocaína apreendida no helipóptero do Perrela, amigo e parceiro do Aécio do Pó. ! Alô! ...Alô! ...Fala PF! ...Estamos na escuta. Fala cara!...

    Orlando

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