“O menino do Bandolim”, um mergulho na vida de Ian Coury

por José Carlos Peliano

Seria uma história igual às demais sobre a infância e a juventude de um menino de cidade, contando ano a ano seus interesses, brincadeiras, modo de viver, amigos, colégio, outras aventuras. Não fosse a história de Ian Coury, menino saído das notas musicais de seu pai e companheiros de rodas de choro. Desde então ao ouvir as canções vindas do pandeiro do pai e dos instrumentos dos outros do grupo, reunidos quase sempre na casa da família nos finais de semana, que o menino se encantava com o ritmo, os sons de cada instrumento, as canções variadas, de olhos bem arregalados, ouvidos sintonizados, pés e mãos batucando o que sentia.

Seu interesse e alegria saltava aos olhos de todos os que o conheciam a ponto de querer começar a tocar um instrumento para poder participar não só da roda de choro com o pai, mas também de ensaiar sozinho as trilhas musicais que lhe pousavam na cabeça vindas sabe-se lá de onde. E assim foi. Seu pai deu-lhe de presente um bandolim usado de um amigo comovido pela satisfação que o menino demonstrava pela música. O presente abriu um novo horizonte para o menino repleto de sonhos e amanhãs compassados pelo interesse musical.

O namoro instrumental pelo bandolim começou a revelar um novo mundo de encanto, descobertas e surpresas. Nascia o menino do bandolim. Quantas e quantas vezes deixou de participar das brincadeiras com os amigos para ficar em casa viajando pelas cordas, notas e acordes do bandolim. Este passou a ser seu divertimento e amigo preferido. Dava-lhe conhecimento musical, interesse rítmico, passatempo harmonioso, pesquisa sonora e mais que tudo entretenimento pessoal.

Não deixou os amigos e colegas de colégio, no entanto, guardava tempo para vê-los e estar com eles entre brincadeiras, jogos e papos. Mas aos poucos levou consigo o amigo bandolim para mostrar a eles seu desempenho musical. O contágio pegou a todos de surpresa a ponto de muitas vezes organizar pequenas rodas onde passava as canções do momento.

O tempo passou, o interesse musical aumentava mais e mais, seguindo o seu progressivo aperfeiçoamento ajudado por amigos do pai que sabiam tocar bandolim. As notas escolares não destoavam das notas musicais em ritmo, harmonia e sucesso. O menino do bandolim conseguia combinar os estudos do colégio com os estudos da Escola de Música de Brasília por onde passou para desenvolver seu dom inato.

Para ganhar um novo bandolim, presente dos pais pelo reconhecimento de seu esforço, trabalho e domínio musical e escolar, foi um passo. A partir de onde sua caminhada ao que hoje representa no cenário musical de Brasília e região segue célere para alcançar de vez o circuito nacional.

Na plateia encontram-se pelo menos alguns grandes músicos nacionais que o conhecem, com ele já tocaram e apoiam seu virtuosismo, como Armandinho Macedo, que prefacia o livro, (“O gosto pela música, a paixão pelo instrumento, foi assim comigo e assim vejo desenrolar na vida de Ian que desde pequenino trocou brinquedos e a molecagem por um atrativo maior que passa a ser o alimento necessário de seu dia a dia”), Nélson Faria, que apresenta o livro, (“Tenho certeza que ouviremos muitas e muitas histórias desse “bandol-Ian” que conquistará o mundo com seu talento e sua música que, por mais séria e profissional que seja, terá sempre impregnada em si a alma doce e singela do eterno “menino do bandolim”), Hamilton de Hollanda e Toninho Horta.

O livro encontra-se em fase final de produção e estará brevemente em pré-venda no site da Editora Patuá, SP, com lançamento previsto para os primeiros quinze dias de dezembro deste ano.

Redação

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