Por Tamára Baranov
Manuel Bandeira, o poeta dos amores esquecidos, representa a produção literária de Pernambuco. De estilo simples e direto, foi o mais lírico dos poetas com temática do cotidiano e universal. Alma romântica, mesmo procurando a alegria de viver, melancolia, angústia e solidão são sentimentos constantes em sua obra sem deixar de lado o erotismo. Solitário, nunca chegou a casar, dizendo que havia ‘perdido a vez’. Sofrendo de tuberculose, a certeza de deixar de existir a qualquer momento é constante em sua obra. Fez parte da Semana de Arte Moderna de 1922, embora não tenha comparecido, deixou o ‘Os Sapos’ para ser lido no evento.
Em 1959, Joaquim Pedro de Andrade estreou como diretor de cinema filmando, em preto e branco, o cotidiano comum do poeta em seu pequeno apartamento, a modéstia do seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas de seu bairro, por um Rio de Janeiro triste e vazio. A fotografia de ‘O Poeta do Castelo’ é de Afrodísio de Castro. Os versos são lidos pelo próprio poeta, e ouve-se sua voz no primeiro poema: ‘Belo belo minha bela. Tenho tudo que não quero. Não tenho nada que quero’. O segundo poema é ‘Testamento’, um passeio pelo coração do poeta. Enquanto declama ‘Vou-me embora pra Pasárgada’, um dos seus mais famosos poemas, Bandeira caminha pela Avenida Presidente Wilson como que indo para o seu paraíso imaginário. O documentário é considerado um dos precursores do Cinema Novo.
Manuel Bandeira e os cineastas Joaquim Pedro de Andrade e Domingos Oliveira
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Instantes do poetaço
Bela homenagem de Joaquim Pedro que filmas instantes do poeta querido. Bandeira que vive sobriamente, com parcimônia. O que a educação brasileira causou de estragos de la pra ca... o rei da camorote e seus seguidores, estão para nos deixar perplexos.
Pois é, a simplicidade
Pois é, a simplicidade continua a ser o predicado dos iluminados, dos que são eternos. Os insignificantes são passageiros, o que nos conforta.