Categories: Meio Ambiente

A contaminação de Paulínia

Da EPTV

Indenização por contaminação em Paulínia ultrapassa os R$ 600 mi

Empresas são condenadas a pagar tratamento médico de ex-funcionários e filhos

As empresas Shell do Brasil e Basf S/A foram condenadas, nesta quinta-feira (19), a pagar pelo tratamento médico de ex-trabalhadores contaminados por produtos agrotóxicos na unidade de fabricação, em Paulínia. As indenizações por danos morais chegam a R$ 622 milhões. Com juros e correção, no entanto, o valor pode chegar a R$ 761 milhões. O atendimento está restrito à Região Metropolitana de Campinas e à cidade de São Paulo.

A decisão, passível de recurso, foi dada pela Justiça do Trabalho de Paulínia é fruto de uma ação civil pública conjunta movida pelo Ministério Público, desde 2007, abrange também os filhos de funcionários nascidos durante ou após a prestação de serviços dos pais, no período entre a década de 70 até o ano de 2002.

De acordo com a sentença da juíza Maria Inês Corrêa Cerqueira César Targa, da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, a cobertura médica deve incluir consultas, exames e todo o tipo de tratamento, além de internações. Cada ex-funcionário e seus respectivos filhos também deverão receber o montante de R$ 64,5 mil. Segundo Maria Inês, as empresas deverão arcar, no total, com um custo aproximado de R$ 1 bilhão e 100 milhões de reais.

A Shell e a Basf têm 5 dias, a partir de 19 de agosto, para publicar um edital de convocação dos trabalhadores e descendentes nas duas maiores emissoras de TV do país, em duas oportunidades.

Após a publicação, os trabalhadores terão prazo de 90 dias, a partir de 30 de agosto, para apresentarem documentos comprovando a condição de ex-empregados das empresas Shell, Cyanamid ou Basf (sucessora da Cyanamid), ou de terceirizados ou autônomos que trabalharam na unidade fabril de Paulínia, independente do trânsito em julgado.

Luis Nassif

Luis Nassif

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