Caso Marielle: Ali Kamel explica como foi enganado por uma fonte ligada a Bolsonaro

Jornal GGN – Em uma nota interna para “dar os parabéns” aos repórteres do Rio de Janeiro, pela matéria sobre a citação de Jair Bolsonaro nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, o diretor-geral de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, explicou como foi enganado por uma fonte ligada diretamente ao presidente.

Ele revelou que a apuração começou no dia 1º de outubro, quando a editoria do Rio teve acesso a uma página do livro de ocorrências do condomínio Vivendas da Barra, o mesmo onde Bolsonaro e Ronnie Lessa, um dos suspeitos de morte de Marielle, têm residência.

O material mostrava que, horas antes do crime, no dia 14 de março de 2018, outro suspeito da cometer o assassinato de Marielle, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio dizendo que iria para a casa 58, do então deputado federal Jair Bolsonaro.

“Ali [no livro de ocorrências], estava anotado que, para entrar no condomínio, o comparsa dele, Elcio Queiroz, dissera estar indo para a casa 58, residência do então deputado Jair Bolsonaro, hoje presidente da República. Isso era tudo, o ponto de partida”, escreve Kamel.

Ele conta que, a partir do material, a editoria do Rio fez um “meticuloso trabalho de investigação”, que “comprovou que o porteiro que fez a anotação prestara dois depoimentos em que afirmou que ligara duas vezes para a casa 58,  tendo sido atendido, nas palavras dele, pelo ‘seu Jair.’”

O diretor-geral de redação da TV Globo segue dizendo que a equipe prosseguiu nas apurações, confirmando que Bolsonaro estava na Câmara dos Deputados, em Brasíila, no dia da morte de Marielle.

“A editoria pesquisou os registros da Câmara e confirmou que o então deputado estava em Brasília e participara de duas votações, em horários que tornavam impossível a sua presença no Rio. Pesquisou mais, e descobriu vídeos que o então deputado gravara na Câmara naquele dia e publicará em suas redes sociais. A realidade não batia com o depoimento do porteiro”, prossegue, destacando que essas informações foram colocadas na matéria que foi ao ar, no Jornal Nacional, no dia 29 de outubro.

Mais adiante, Kamel conta que, “em meio a essa apuração do Rio”, “uma fonte absolutamente próxima da família do presidente Jair Bolsonaro”, que teve o nome mantido em sigilo, “procurou” a emissora em Brasília “para dizer que ia estourar uma grande bomba, pois a investigação do Caso Marielle esbarrava num personagem com foro privilegiado”.

“A editoria em Brasília, àquela altura, não sabia das apurações da editoria Rio. Eu estranhei: por que uma fonte tão próxima ao presidente nos contava algo que era prejudicial ao presidente? Dias depois, a mesma fonte perguntava: a matéria não vai sair?”, conta Kamel.

Segundo ele, depois do contato da fonte próxima ao presidente, ele mandou a apuração voltar “quase à estaca zero e checar tudo novamente.”

Pouco tempo antes de a matéria ir ao ar, no dia 29 de outubro, às 19h, Kamel conta que a editoria do Rio confirmou que o Ministério Público do Rio de Janeiro tinha consultado o Supremo Tribunal Federal sobre a citação de Bolsonaro pelo porteiro.

“De posse de todos esses fatos, informamos às autoridades envolvidas nas investigações que a reportagem seria publicada naquele dia, nos termos em que foi publicada. Elas apenas ouviram e soltaram notas que diziam que a investigação estava sob sigilo”, conta.

Ele disse o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, também foi informado sobre a reportagem, e que a Globo pediu uma entrevista. O defensor do presidente aceitou falar em São Paulo, desmentindo o porteiro, porém sem falar da existência de um áudio da portaria.

“É importante frisar que nenhuma de nossas fontes vislumbrava a hipótese de o telefonema não ter sido dado para a casa 58. A dúvida era somente sobre quem atendeu e só seria solucionada após a decisão do STF e depois de uma perícia longa e demorada em um arquivo com mais de um ano de registros. E isso foi dito na reportagem”, completa Kamel.

“Hoje sabemos que o advogado do presidente, no momento em que nos concedeu entrevista, sabia da existência do áudio que mostrava que o telefonema fora dado, não à casa do presidente, mas à casa 65, de Ronnie Lessa. No último sábado, o próprio presidente Bolsonaro disse à imprensa: ‘Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano'”, destaca o representante da TV Globo questionando, em seguida, “por que os principais em esclarecer os fatos, sabendo com detalhes da existência do áudio, sonegaram essa informação?”

Para Ali Kamel a resposta foi dada logo após a publicação da reportagem do Jornal Nacional, do dia 29 de outubro, quando Bolsonaro gravou um vídeo, da Arábia Saudita, onde estava em viagem oficial, chamando os jornalistas da emissora de “patifes, canalhas e porcos”, ameaçando cassar a concessão da Globo em 2022.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o Ministério Público teve acesso às gravações que deram base à reportagem do Jornal Nacional (TV Globo) no dia 14 de outubro. Entretanto, somente horas depois de a matéria citando Bolsonaro ter ido ao ar, já no dia seguinte (30), é que o órgão solicitou oficialmente o exame da perícia e, duas horas depois, veio à público dizendo que o porteiro mentiu e que a ligação não fora feita para a casa 58 e sim 65, de Ronnie Lessa.

Em outra reportagem da Folha, peritos defendem que a análise apresentada pelo MP deixa lacunas. O presidente da Associação Brasileira de Criminalística, Leandro Cerqueira, afirmou que não é possível determinar se um arquivo foi apagado ou renomeado, sem acesso à máquina em que as gravações foram geradas.

A Associação Nacional dos Peritos Federais também disse ao jornal que teme o possível arquivamento do caso sem o devido exame pericial oficial, abrindo espaço para uma guerra de opiniões sobre o fato.

Ali Kamel chama atenção para esse fato, ou seja, a rápida perícia nos áudios, destacando que, no dia seguinte à reportagem, na quarta-feira (30), o Jornal Nacional revelou que “a perícia no sistema de interfone foi feita apenas um dia depois da exibição da reportagem e num procedimento que durou somente duas horas e meia, o que tem sido alvo de críticas de diversas associações de peritos.”

Leia a íntegra da nota:

Há momentos em nossa vida de jornalistas em que devemos parar para celebrar nossos êxitos.

Eu me refiro à semana passada, quando um cuidadoso trabalho da editoria Rio levou ao ar no Jornal Nacional uma reportagem sobre o Caso Marielle que gerou grande repercussão. A origem da reportagem remonta ao dia 1° de outubro, quando a editoria teve acesso a uma página do livro de ocorrências do condomínio em que mora Ronnie Lessa, o acusado de matar Marielle. Ali, estava anotado que, para entrar no condomínio, o comparsa dele, Elcio Queiroz, dissera estar indo para a casa 58, residência do então deputado Jair Bolsonaro, hoje presidente da República. Isso era tudo, o ponto de partida.

Um meticuloso trabalho de investigação teve início: aquela página do livro existiu, constava de algum inquérito? No curso da investigação, a editoria confirmou que o documento existia e mais: comprovou que o porteiro que fez a anotação prestara dois depoimentos em que afirmou que ligara duas vezes para a casa 58,  tendo sido atendido, nas palavras dele, pelo “seu Jair”. A investigação não parou. Onde estava o então deputado Jair Bolsonaro naquele dia? A editoria pesquisou os registros da Câmara e confirmou que o então deputado estava em Brasilia e participara de duas votações, em horários que tornavam impossível a sua presença no Rio. Pesquisou mais, e descobriu vídeos que o então deputado gravara na Câmara naquele dia e publicara em suas redes sociais. A realidade não batia com o depoimento do porteiro.

Em meio a essa apuração da Rio (que era feita de maneira sigilosa, com o conhecimento apenas de Bonner, Vinicius, as lideranças da Rio e os autores envolvidos, tudo para que a informação não vazasse para outros órgãos de imprensa), uma fonte absolutamente próxima da família do presidente Jair Bolsonaro (e que em respeito ao sigilo da fonte tem seu nome preservado), procurou nossa emissora em Brasilia para dizer que ia estourar uma grande bomba, pois a investigação do Caso Marielle esbarrara num personagem com foro privilegiado e que, por esse motivo, o caso tinha sido levado ao STF para que se decidisse se a investigação poderia ou não prosseguir. A editoria em Brasilia, àquela altura, não sabia das apurações da editoria Rio. Eu estranhei: por que uma fonte tão próxima ao presidente nos contava algo que era prejudicial ao presidente? Dias depois, a mesma fonte perguntava: a matéria não vai sair?

Isso nos fez redobrar os cuidados. Mandei voltar a apuração quase à estaca zero e checar tudo novamente, ao mesmo tempo em que a Editoria Rio foi informada sobre o STF. Confirmar se o caso realmente tinha ido parar no Supremo tornava tudo mais importante, pois o conturbado Caso Marielle poderia ser paralisado. Tudo foi novamente rechecado, a editoria tratou de se cercar de ainda mais cuidados sobre a existência do documento da portaria e dos depoimentos do porteiro. Na terça-feira, dia 29 de outubro, às 19 horas, a editoria Rio confirmou, sem chance de erro, que de fato o MP estadual consultara o STF.

De posse de todas esses fatos, informamos às autoridades envolvidas nas investigações que a reportagem seria publicada naquele dia, nos termos em que foi publicada. Elas apenas ouviram e soltaram notas que diziam que a investigação estava sob sigilo. Informamos, então, ao advogado do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef, sobre o conteúdo da reportagem e pedimos uma entrevista, que prontamente aceitou dar em São Paulo. Nela, ele desmentiu o porteiro e, confirmando o que nós já sabíamos, disse que o presidente estava em Brasília no dia do crime. Era madrugada na Arábia Saudita e em nenhum momento o advogado ofereceu entrevista com o presidente. 

A reportagem estava pronta para ir ao ar. Tudo nela era verdadeiro: o livro da portaria, a existência dos depoimentos do porteiro, a impossibilidade de Bolsonaro ter atendido o interfone (pois ele estava em Brasilia) e, mais importante, a possibilidade de o STF paralisar as investigações de um caso tão rumoroso. É importante frisar que nenhuma de nossas fontes vislumbrava a hipótese de o telefonema não ter sido dado para a casa 58. A dúvida era somente sobre quem atendeu e só seria solucionada após a decisão do STF e depois de uma perícia longa e demorada em um arquivo com mais de um ano de registros. E isso foi dito na reportagem. Quem, de posse de informações tão relevantes, não publica uma reportagem, com todas as cautelas devidas, não faz jornalismo profissional.

Hoje sabemos que o advogado do presidente, no momento em que nos concedeu entrevista, sabia da existência do áudio que mostrava que o telefonema fora dado, não à casa do presidente, mas à casa 65, de Ronnie Lessa. No último sábado, o próprio presidente Bolsonaro disse à imprensa: “Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano”.

Por que os principais interessados em esclarecer os fatos, sabendo com detalhes da existência do áudio, sonegaram essa informação? A resposta pode estar no que aconteceu nos minutos subsequentes à publicação da reportagem do Jornal Nacional.

Patifes, canalhas e porcos foram alguns dos insultos, acompanhados de ameaças à cassação da concessão da Globo em 2022, dirigidos pelo presidente Bolsonaro ao nosso jornalismo, que só cumpriu a sua missão, oferecendo todas as chances aos interessados para desacreditar com mais elementos o porteiro do condomínio (já que sabiam do áudio).

Diante de uma estratégia assim, o nosso jornalismo não se vitimiza nem se intimida: segue fazendo jornalismo. É certo que em 37 anos de profissão, nunca imaginei que o jornalismo que pratico fosse usado de forma tão esquisita, mas sou daqueles que se empolgam diante de aprendizados. No dia seguinte, já não valia o sigilo em torno do assunto, alegado na véspera para não comentar a reportagem do JN antes de ela ir ao ar. Houve uma elucidativa entrevista das promotoras do caso, que divulgamos com o destaque merecido: o telefonema foi feito para a casa 65, quem o atendeu foi Ronnie Lessa, tudo isso levando as promotoras a afirmarem que o depoimento do porteiro e o registro que fez em livro não condizem com a realidade. O Jornal Nacional de quarta exibiu tudo, inclusive os ataques do presidente Bolsonaro ao nosso jornalismo, respondidos de forma eloquente e firme, mas também serena, pela própria Globo, que honra a sua tradição de prestigiar seus jornalistas. Estranhamente, nenhuma outra indagação da imprensa motivada por atitudes e declarações subsequentes do presidente foi respondida. O alegado sigilo voltou a prevalecer.

Mas continuamos a fazer jornalismo. Revelamos que a perícia no sistema de interfone foi feita apenas um dia depois da exibição da reportagem e num procedimento que durou somente duas horas e meia, o que tem sido alvo de críticas de diversas associações de peritos.

Conto tudo isso para dar os parabéns mais efusivos à editoria Rio. Seguiremos fazendo jornalismo, em busca da verdade. É a nossa missão. Para nós, é motivo de orgulho. Para outros, de irritação e medo.

Ali Kamel

Redação

Redação

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  • Acho que o Porteiro deve ter telefonado não para a casa do Bolsonaro, mas para a casa do Lula, pois o Lula defende a legalização das milícias, é vizinho do Miliciano assassino Ronnie Lessa, os filhos do Lula condecoraram Milicianos e empregaram seus parentes em seus gabinetes parlamentares e tinha o Fabrício Queiroz como agregado da família e gerente do Rachid.

    O Lula está ligado ao assassinato da Marielle, assim como está ligado à morte do Celso Daniel. Ele deu o ITAQUERÃO de presente para o Curinthia, currou um homem na cadeia e sequestrou o Abílio Diniz. Ia me esquecendo do Triplex, dos Çitio de Atibaia e dos pedalinhos.

    • Você esqueceu o principal: o Lula depositou R$ 45 mil na conta da Micheque, e o maridão mito foi o último a saber!

      • As 7 cabeças da besta do apocalipse, mito-deus bollsonaro:
        1-cabeça politica (ferida de morte com a facada do adelio, mas que reviveu)
        2-cabeça economia
        3-religião
        4-moral e bons costumes
        5-forças armadas
        6-populismo (mito)
        7-midia

        No livro de apocalipse a besta que emerge do mar (nações) é o Bollsonaro, e a besta que emerge da terra (Israel) é o falso profeta.
        Bolsonaro será adorado por todos e colocara um chip na mão direita de toda a população.,,,

        bolsonaro é o annticristo

  • Se a fonte é assim tão próxima do presidente, poderia perfeitamente estar trabalhando no interesse de um grupo dentro do poder (eventualmente ligado ao próprio) contra outro, também de dentro do poder. Isso tudo pode ter sido uma manobra diversionista, contando que por enquanto eles têm o presidente do STF. São muitas suposições, mas o jornalismo tem suas limitações no que diz repeito a apurar os bastidores enquanto as coisas acontecem. Em geral, o que sabemos de bastidores - situações que já custaram coisas como a renúncia do Nixon (1974) nos EUA, por exemplo, e mais recentemente o fenômeno da Vaza Jato aqui - vem à luz algum tempo depois. Quando as coisas estão acontecendo, no calor das articulações de bastidor, a imprensa costuma ser útil para o lado que está no ataque. Não é isso o que acontece?

  • Nassif: essa tal do JardimBotânico não é aquele que "não é racista"? Quando PHA (de saudosa e sempre presente memória) disse verdades sobre o caso e a FamíliaDaBala foi escorraçado feito cão danado da TVSalomão, pelo representante do "Messias" (no Brás e cercanias). Será que "aqueles que não têm nome" (ainda PHA) vão fazer o mesmo com o famoso diretor?

  • Essa foi a desculpa mais esfarrapada que eu já ouvi. Então, uma fonte ligada ao Bolsonaro vem com uma história dessas e o jornalismo da Globo não desconfia que podia ser uma armadilha? Bem, agora que foi, por que não denunciam a fonte?
    No meu entender, é o jogo de morde e assopra (eu diria, morde de leve e alivia) que a Globo está jogando com Bolsonaro porque não tem outro jogo a jogar. O artigo de Luís Felipe Miguel sobre como a direita civilizada e hipócrita não consegue se desvencilhar da direita truculenta de Bolsonaro sem abrir espaço para a esquerda é muito bom a esse respeito.

  • o delegado Waldir deputado do PSL q foi retirado liderança na câmara federal, ta com jeito de ter sido essa fonte aí, hein, ele mesmo disse q sabia de muita coisa e ia explodir esse governo Bolsonaro.
    Com certeza, algum da turma do Bivar

  • Mas o Nassif não escreveu aqui que não tinha interfone lá? O Ali Kamel não soube da apuração do Nassif, ou enganaram o Nassif tb?

    • Mais uma vez
      (Renato Russo)

      Mas é claro que o sol
      Vai voltar amanhã
      Mais uma vez, eu sei
      Escuridão já vi pior
      De endoidecer gente sã
      Espera que o sol já vem

      Tem gente que está do mesmo lado que você
      Mas deveria estar do lado de lá
      Tem gente que machuca os outros
      Tem gente que não sabe amar

      Tem gente enganando a gente
      Veja nossa vida como está
      Mas eu sei que um dia
      A gente aprende

      Se você quiser alguém em quem confiar
      Confie em si mesmo

      Quem acredita sempre alcança".

  • Kkkkkkkkkkkk.Será?Como costuma dizer aquele colunista sergipano Global,mais lindo que os olhos de Julia Roberts:É,faz sentido.

    • Pelo amor de Deus,o "sergipano" está colocado no comentário apenas para focar a lindeza do cabra.Bahiano que sou,sergipano são nossos hermanos,aí não incluído aquele senadozinho fascitoide,com pendores gestapiano que nem lá é.Foi sentar praça e parece que gostou.

  • Dentre tantas questões levantadas no post "mutirão", ainda não se pode afirmar que mesmo Bolsonaro estando em Brasília, ele não pudesse atender à portaria.
    Isto só pode ser concluído depois de se investigar se o equipamento de portaria existente pode ser programado para ligar (direto ou via transferência) para um telefone qualquer, com DDD e DDI em qualquer lugar do planeta.
    Não se pode deixar de investigar onde estava exatamente o então deputado em torno do horário de entrada no condomínio (ex. entre 17:e 17:30h).
    Uma vez isso investigado e esclarecido, ainda resta investigar (caso ainda viável, depois de mais de ano) se alguém outro pode ter atendido na casa de Bolsonaro , pois a perícia Tabajara urgente urgentíssima do MP "abolsonarado" não comprova p#rr@ alguma.
    Até lá, uma das possibilidades é:
    1) Em janeiro de 2019, Ronnie Lessa (o vizinho) toma conhecimento por sua mulher de que há um registro de portaria comprometedor.
    2) A partir desta data, os bolsonaros passam a ter conhecimento da "bandeira".
    3) Ainda a partir de janeiro, eles pegam odispositivo de registro de áudio e o alteram e/ou fazem cópiados mesmos, eliminando as 2 mensagens comprometedoras e inserindo uma mensagem entre a portaria e a casa 65, que pode ter sido feita EM QUALQUER OUTRA DATA, anterior ou posterior.
    4) O envolvimento da casa 58, seja por atendimento do seu Jair ou de outra pessoa em sua casa assim desaparece pela eliminação dos áudios.
    5) Com experiência adquirida há mais de 3 décadas em conspiração de terrorismo e mutretqas miliciano-parlamentares, seu Jair fica confortavelmente plantado com a "contra-prova no bolso". Não pode falar nada pra não dar bandeira, mas fica no aguardo de um Ali-Kamel da vida.
    6) Quando chega o Kamel, ele saca a cópia (fajuta) do bolso e "impressiona" o MPE abolsonarado que mais que rapidamente convoca uma entrevista coletiva para exibir uma prova técnica (de m#rd@). Aí, para o presidente adolinquente, é só comemorar!
    7) O curioso é que alegando estar o processo em sigilo, como o MPE convoca uma coletiva sobre provas?
    Enfim, são 7 suspeitas possíveis que podem e devem ser investigadas (dentre outras mais).
    Até lá, o então deputado pode perfeitamente continuar suspeito.
    Até porque suas ligações milicianas são mais do que públicas e notórias.
    São indecentes!

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